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Um jovem palestino morreu nesta sexta-feira (21) em confrontos com o exército de Israel na cidade de Jenin, norte da Cisjordânia ocupada, informou o ministério da Saúde palestino.

A vítima foi identificada como Salah al Buraiki, de 19 anos, atingida por um tiro no pescoço, de acordo com um comunicado do ministério.

O exército israelense afirmou que, durante uma operação na cidade da Cisjordânia, "suspeitos lançaram artefatos explosivos e atiraram contra as forças de segurança, que responderam com munição letal".

Os soldados "prenderam um indivíduo suspeito de envolvimento em atividades terroristas", afirma um comunicado das Forças Armadas de Israel.

Três palestinos ficaram feridos nos confrontos, informou o ministério palestino da Saúde.

A violência no conflito israelense-palestino aumentou nos últimos meses, com a intensificação dos ataques contra as forças israelenses e a multiplicação das operações militares do exército do Estado hebreu na Cisjordânia ocupada.

Mais de 100 palestinos morreram desde o início do ano, o balanço mais elevado na Cisjordânia em quase sete anos, segundo a ONU.

Nos últimos meses, o exército israelense executou operações praticamente diárias na área de Jenin e em outros pontos da Cisjordânia, após uma série de atentados em território israelense em março e abril.

Israel ocupa a Cisjordânia desde a Guerra dos Seis Dias em 1967.

O Exército israelense anunciou nesta sexta-feira que realizou vários disparos contra posições do Hamas, o movimento islâmico no poder em Gaza, em resposta aos tiros disparados a partir do enclave palestino contra soldados israelenses na fronteira.

Em um comunicado, as Forças Armadas de Israel informaram que ninguém ficou ferido.

Fontes de segurança palestinas em Gaza disseram à AFP que os disparos israelenses atingiram postos de observação militares em três locais na fronteira.

Essas mesmas fontes indicaram que nenhuma vítima havia sido relatada do lado palestino.

Há mais de um ano, muitos palestinos protestam, pelo menos uma vez por semana, ao longo da fronteira contra o bloqueio imposto há mais de dez anos por Israel e para exigir o direito de retorno às terras de onde fugiram ou foram expulsos com a criação do Estado hebreu em 1948.

O ministro da Saúde em Gaza disse que 15 pessoas, incluindo dois socorristas e "um jornalista" ficaram feridos nesta sexta-feira por tiros de soldados israelenses durante as manifestações na fronteira.

Pelo menos 264 palestinos foram mortos desde o início das manifestações ou em ataques de retaliação por parte de Israel. Dois soldados israelenses morreram no mesmo período.

Por outro lado, o Hamas pediu nesta sexta-feira à ONU que acelere o plano de levar a ajuda do Catar ao enclave palestino, no marco de uma trégua negociada com Israel por mediação do Egito.

Segundo o Hamas, a trégua prevê o alívio do bloqueio israelense em troca do retorno à tranquilidade na fronteira. Israel não comentou publicamente sobre este acordo.

Em novembro, o Catar, aliado do Hamas, prometeu dar cerca de US$ 15 milhões por mês em ajuda por seis meses.

Uma parte dos fundos foi usada para pagar os salários dos funcionários do Hamas, mas depois Israel se opôs.

"Os fundos do Catar e os fundos do Banco Mundial existem. Mas o ritmo da implementação do mecanismo das Nações Unidas é lento", disse à AFP Jalil al-Hayya, líder do Hamas.

Mais de dois milhões de pessoas vivem no enclave.

O Exército israelense afastou nesta quinta-feira (1°)do serviço operacional o oficial que estava no comando quando dois jornalistas da AFP foram agredidos por soldados na Cisjordânia ocupada, em 25 de setembro.

Esta decisão significa que o oficial não poderá realizar missões de campo, segundo um porta-voz do Exército. A decisão foi tomada enquanto a polícia militar continua a investigar os fatos.

O oficial da brigada Givati ​​"não agiu em conformidade com as regras morais" do Exército, disse o porta-voz. O Exército havia anunciado a suspensão deste oficial no dia seguinte aos acontecimentos, descritos como "graves" e "excepcionais".

Os dois jornalistas da AFP, o cinegrafista italiano Andrea Bernardi e o fotógrafo palestino Abbas Momani, cobriam os confrontos entre palestinos e soldados israelenses em Beit Furik perto de Nablus (norte da Cisjordânia) após um funeral, quando foram violentamente atacados por soldados israelenses.

Os soldados os agrediram e ameaçaram com suas armas. Andrea Bernardi foi jogado ao chão e mantido com um joelho no peito e uma pistola em seu rosto até que conseguisse mostrar sua credencial de imprensa.

Os jornalistas estavam identificados como membros da imprensa por seus equipamentos e coletes com a inscrição "press". Eles haviam sido previamente autorizados a aproximar-se da cena. Os soldados quebraram uma câmera de vídeo e duas câmeras fotográficas com suas lentes. Um celular também foi levado. Estes dispositivos foram devolvidos no sábado à AFP.

A cena foi filmada e postada online por uma empresa local. A AFP e a Associação que representa os jornalistas estrangeiros em Israel e nos territórios palestinos protestaram junto às autoridades israelenses.

Vários hackers atacaram a conta no Twitter do exército israelense, postando uma mensagem alarmante sobre um disparo de foguete contra uma instalação nuclear. "#ADVERTÊNCIA: possível vazamento nuclear na região depois que dois foguetes alcançaram a instalação nuclear de Dimona" (sul do país), afirma o tuíte.

O exército informou à AFP que vários tuítes incorretos foram postados nas últimas horas na conta de seu porta-voz em inglês (@IDFspokesperson). A conta difundiu posteriormente uma mensagem de desculpas e suprimiu os falsos tuítes.

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Um grupo de hackers partidários do regime sírio, o Exército Eletrônico Sírio (SEA), reivindicou esta operação postando tuítes como "Viva Palestina". O SEA multiplicou os ataques em 2013, principalmente contra as páginas das agências de notícias.

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