“A crise técnica no futebol do Náutico é provavelmente o principal fator para a queda de público e renda no Campeonato Pernambucano deste ano”. Essa foi a explicação dada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho para o maior esvaziamento dos estádios e perda de arrecadação no Hexagonal do Título 2015.
Parece exagero, e pode até ser. Mas o argumento do presidente da FPF tem base. O Náutico é o clube que mais ‘colaborou’ na queda do Campeonato Pernambucano. Se em 2014 o Timbu fechou o Hexagonal do Título com público de 41.203, em 2015 a redução foi drástica. Apenas 22.434 torcedores compareceram aos jogos do Timbu como mandante neste ano, o que computa uma diminuição de 18.769 pessoas nas partidas de futebol da Arena Pernambuco.
##RECOMENDA##“A crise do Náutico foi técnica. Se o futebol estivesse melhor levaria confiança ao torcedor e teria aumentado o número geral de pessoas nos estádios do Campeonato Pernambucano”, argumenta Evandro Barros Carvalho. A redução, entretanto, não é plenamente culpa do Alvirrubro, já que o déficit de arrecadação e público geral é maior.
Em relação a 2014, o Timbu teve uma queda de R$ 426 mil na arrecadação, enquanto o Pernambucano perdeu apenas R$ 256 mil. Por outro lado, a redução foi de 63.274 no público do Hexagonal do Título, mais de três vezes do que o Náutico foi responsável.
Baseado em um estudo feito pela FPF, Evandro Barros Carvalho associou a queda de público a quatro fatores em ordem de relevância. “Primeiro, a falta de mobilidade no Recife faz com que as pessoas evitem sair de casa. Segundo, a violência urbana, de fator apenas social como assaltos, sequestros... Terceiro, horário dos jogos, que, inevitavelmente, muitas vezes respeitam o padrão do televisionamento e encerram muito tarde, sem metrô e ônibus à disposição. E por último a parte técnica, o futebol em si”.