Bram Stocker, escritor irlandês mundialmente conhecido por ser o autor do romance Drácula, faleceu em 20 de abril de 1912. Às vésperas do centenário de sua morte, a Associação de Escritores de Horror dos EUA (Horror Writers Association) - que há 25 anos oferece doze estatuetas "mal-assombradas" para as melhores produções do gênero – acrescentou uma nova categoria ao Prêmio deste ano: a de Melhor Romance de Vampiros do Século.
O júri, liderado por Leslie Klinger - especialista na obra Drácula – elegeu o livro Eu Sou a Lenda (I am Legend, 1954) como a melhor obra da categoria. O livro, do escritor americano Richard Matheson, desbancou Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire, 1976), de Anne Rice, e o sucesso adolescente da saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer (composta pelos livros Twilight, 2005, New Moon, 2006, Eclipse, 2007 e Breaking Dawn, 2006).
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Com 58 anos de criação, Eu Sou a Lenda é também responsável pelo desenvolvimento do gênero zumbi e pela popularização do conceito de uma doença levar ao apocalipse. Na história, a população é infectada por uma bactéria que transforma todos em vampiros e o personagem Robert Neville é o único a se salvar da catástrofe. Num primeiro momento, o protagonista luta por sua sobrevivência para, em seguida, mesmo sem conhecimentos científicos, começar a investigar e buscar soluções para o problema.
A obra foi reproduzida no cinema em três versões distintas: O último homem da Terra (1964), The Omega Man (1971) e, mais recentemente, em Eu sou a Lenda (2007). Este último, protagonizado por Will Smith na pele de Neville.
O jornal britânico The Guardian afirmou que o autor, de 86 anos, não pode comparecer a cerimônia de premiação realizada em Salt Lake City, nos Estados Unidos. Num vídeo enviado como agradecimento ao prêmio, Matheson revela que se inspirou no Drácula para a sua ficção. “Quando era adolescente, assisti ao filme 'Drácula', com Bela Lugosi, e pensei: se um vampiro dá medo, o que seria de um mundo repleto deles?", relatou.