Tópicos | Enivaldo Quadrado

O doleiro Enivaldo Quadrado foi solto nesta quarta-feira (26). Segundo a assessoria de comunicação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o mandado de prisão temporária dele expirou e houve ainda pela manhã um despacho com mandado de soltura. Quadrado cumpria a prisão temporária na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

Ex-sócio da operadora Bônus-Banval, o doleiro foi preso em flagrante pela Operação Lava Jato da PF, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro estimado em mais de R$ 10 bilhões. Quadrado é apontado como laranja do também doleiro Alberto Youssef, que atuou no escândalo do Banestado - de evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990.

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Anteriormente, Quadrado tinha sido condenado no processo do mensalão a 3 anos e 6 meses de prisão. Ele cumpria pena alternativa em Assis, no interior paulista, antes de ser preso pela PF.

O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que acumula a presidência interinamente na sessão desta quarta-feira (21), proclamou seu voto como vencedor em relação ao crime de lavagem de dinheiro cometido por Enivaldo Quadrado, apesar de a votação no plenário ter acabado empatada. Quadrado é ex-sócio da corretora Bônus Banval, usada para repassar recursos do esquema a políticos do PP.

O voto de Barbosa condena Quadrado a 6 anos, 9 meses e 20 dias de prisão. Ele foi acompanhado por Luiz Fux, Gilmar Mendes e Celso de Mello. O revisor, Ricardo Lewandowski, defendeu pena de 3 anos e 6 meses de prisão. Os ministros Dias Toffoli, Rosa Weber e Cármen Lúcia tinham proposto pena de 4 anos e 8 meses, mas disseram adotar o critério de aproximar o voto de quem estivesse mais próximo, e os três declararam acompanhar o revisor.

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Na proclamação do resultado, porém, Barbosa apenas repetiu os termos de seu voto e o declarou vencedor. Nenhum ministro ou advogado fez questionamento à decisão do relator e presidente interino. Além da pena de prisão, o ex-sócio da corretora foi condenado ao pagamento de 260 dias-multa por este crime, valor superior a R$ 600 mil. Quadrado foi condenado também por formação de quadrilha. Neste caso, os cinco ministros que votaram fixaram a pena em 2 anos e 3 meses.

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