O Emmy Awards, a maior premiação da televisão norte-americana, retorna no domingo (19) para sua primeira cerimônia presencial desde o início da pandemia.
Além desta tão esperada volta - ainda que diante de um público pequeno e distante - existem várias possibilidades de novos recordes e uma série de momentos históricos para ficar de olho:
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Michael K. Williams, o eternamente lembrado Omar Little da série dramática da HBO "The Wire", morreu na semana passada.
A trágica notícia não influenciará a votação do júri, pois já havia encerrado quando foi anunciada a morte em Nova York, que se acredita ter sido por overdose.
Embora ele seja um dos favoritos na categoria de melhor ator coadjuvante em um drama por seu papel na série "Lovecraft Country".
Williams teve quatro indicações nas edições anteriores, mas nunca ganhou.
- Primeira trans? -
A série "Pose", que apresenta a cena cultural LGBTQIA+ em Nova York na década de 1980, falou bastante sobre o tema da representação diversa.
Há dois anos, seu protagonista Billy Porter se tornou o primeiro negro a ganhar o prêmio de melhor ator em drama.
No domingo, mais uma estrela do elenco tem chance de fazer história.
"MJ Rodríguez pode se tornar a primeira trans a ganhar o prêmio de melhor atriz", disse o jornalista do Los Angeles Times, Michael Ordona, à AFP.
"Mas a competição é forte porque acho que há muito interesse em Emma Corrin por sua interpretação da Princesa Diana" em "The Crown".
- Maior perdedor? -
"The Handmaid's Tale" foi o primeiro show streaming a ganhar o melhor drama no Emmy Awards. A adaptação da plataforma Hulu do romance distópico de Margaret Atwood repercutiu fortemente no júri em 2017.
Desde então, a série estrelada por Elisabeth Moss, que oferece uma caracterização comovente de uma América autoritária, perdeu tanto na crítica quanto nos prêmios.
Indicado para 21 categorias este ano, ela não ganhou nenhum dos prêmios técnicos já anunciados, o que significa que pode se tornar o maior perdedor em uma única edição do Emmy, caso saia de mãos vazias no domingo.
- Outro recorde para Netflix -
A Netflix precisa ganhar dez prêmios no domingo para fazer história como a maior vencedora do Emmy em um único ano. A CBS detém esse título desde 1974, quando ganhou 44 prêmios quando programas como "M * A * S * H" e "The Mary Tyler Moore Show" dominaram cerimônia.
Essa marca impressionante não parece inatingível para o líder de streaming, que já acumula trinta estatuetas em categorias técnicas.
A série "Gambito da Rainha", que alimentou a febre do xadrez, já conquistou oito prêmios em categorias como figurino e cinematografia, e está na luta para ganhar as estatuetas de melhor minissérie, melhor direção e melhor atriz neste domingo, com a indicação de Anya Taylor-Joy.
O drama real britânico "The Crown" está concorrendo ao maior prêmio da noite - melhor drama - e possui várias indicações para atuação por seu elenco, incluindo Emma Corrin, Josh O'Connor e Gillian Anderson, como a Princesa Diana, o Príncipe Charles e Margaret Thatcher.
- Correndo por fora -
Depois da edição virtual de 2020, por conta da pandemia, os indicados são convidados a voltar para uma cerimônia presencial, mas apenas os sortudos.
Cada indicação terá no máximo três convites para entrada em auditório com capacidade para 500 pessoas entre elas (a cerimônia normalmente acolhe entre 4.000 e 6.000 convidados).
Isso causou algumas limitações nas categorias de melhor drama, melhor comédia e melhor minissérie, que costumam ter um número maior de produtores.
Você pode imaginar que é o momento decisivo da sua carreira, você é indicado ao Emmy e fica sem convite e não pode ir à cerimônia?”, Disse o editor de prêmios da revista Variety, Clayton Davis.
"Isso vai acontecer com muitas pessoas", disse ele.