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A Dell anunciou que planeja comprar a empresa de armazenamento de dados EMC por US$ 67 bilhões (o equivalente a mais de R$ 250 bilhões). O negócio será o maior na história da indústria de tecnologia, informa o Financial Times. O acordo, que ainda está pendente a aprovação dos acionistas, fará da Dell um dos maiores fornecedores de produtos de computação empresarial.

A Dell, que também é a 3ª maior fabricante de PCs do mundo, pretende criar a maior companhia privada do setor. Em nota, o fundador e presidente da empresa, Michael Dell, considerou que a corporação ficará excelentemente posicionada para competir na nova geração tecnológica.

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A Dell começou, recentemente, a investir na computação para meios corporativos de pequenas e médias empresas, entrando em uma acirrada disputa de mercado com a IBM e a HP. Sob os termos do acordo, ela vai pagar o equivalente a US$ 33,15 por ação. Esse valor é cerca de 27% mais alto do que o preço pelo qual as ações da EMC estavam sendo negociadas antes da aquisição vir à tona.

Fundada há quase quatro décadas, a EMC é relevante para o ambiente corporativo. Ela é a responsável por implantar soluções empresariais, como computação em nuvem, backup, recuperação de dados e soluções em armazenamento. Com receita anual de US$ 53,6 bilhões, seu quadro de funcionários conta com 70 mil pessoas.

Em um estudo realizado pelo Gartner, os resultados mostram que a nuvem está-se tornando prioridade para as organizações, com 77% das empresas ingressando no universo das nuvens públicas, em 2011, e 78%, confirmando a implementação de estratégias de nuvem privada em 2014.

Em uma perspectiva local, o gerente-geral da EMC nas Filipinas, Ronnie Latinazo, afirmou que cada vez mais as organizações estão-se adaptando ao que esse conceito permite. “Há uma melhora no modo como as coisas estão sendo feitas nas Filipinas", diz ele.

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Latinazo observa que as empresas locais de diversos setores como utilities e imobiliário estão intensificando esforços para migrar para a nuvem.

A EMC ainda cita uma pesquisa realizada pela Associação de Empresas de Processamento das Filipinas, em que a TI-BPO e empresas de serviços compartilhados, e as agências governamentais, estão investindo em tecnologias em nuvem para melhorar a competitividade global e diminuir os custos.

"As organizações podem liderar a transformação, transformando-se”, finaliza o vice-presidente Corporativo e CTO Par Botes da EMC para Ásia-Pacífico e Japão Par Botes. 

A Syncplicity, provedora californiana de gerenciamento de arquivos na nuvem, é agora uma empresa da EMC. A companhia adquirida possui tecnologias que permitem compartilhar e sincronizar soluções que lidam com o grande volume de dados [Big Data] gerados a partir de mídias sociais e cloud computing. Os termos financeiros, no entanto, não foram revelados.

De acordo com a EMC, as soluções da Syncplicity foram construídas para o mercado Enterprise, permitindo aos usuários a interação e o compartilhamento de conteúdos em dispositivos móveis de qualquer tipo. 

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Ainda segundo a EMC, a Syncplicity será integrada ao Grupo de Inteligência da Informação da companhia, liderada por Rick Devenuti. “Com a aquisição, validamos o conceito de unificar empresas que lidam com o desafio de sincronizar e compartilhar informações na nuvem”, diz. “Com a Syncplicity, vamos acelerar a estratégia de colaboração", completa.

Durante o EMC World 2012, realizado em Las Vegas (EUA), Joe Tucci, CEO e chairman da EMC, reafirmou que aquisições são vitais na estratégia da fabricante e que constantemente são avaliadas novas compras. "Tanto o crescimento orgânico como o inorgânico fazem parte da nossa atuação. Investimos bilhões todos os anos para complementar nossa oferta e apresentar soluções inovadoras ao mercado", explica. 

(*) A jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da EMC

Brasil e México são as maiores operações da EMC na América Latina, sendo que a nacional é a de maior representatividade nos negócios da companhia, afirma Octavio Osorio, vice-presidente da EMC para América Latina. De acordo com ele, a região é favorecida pelos bons ventos da economia e registrou expansão de 20% no primeiro trimestre deste ano e foi responsável por 4% do resultado global da empresa, ou 400 milhões de dólares.

“Estamos crescendo e nossa meta é manter o ritmo. Segundo a consultoria IDC, nossa participação no mercado de armazenamento é de 31,8% e, seguramente, vamos aumentar essa marca”, assinala. Ele aponta que finanças e governo puxaram os bons desempenho e que, cada vez mais, as médias empresas passam a ter mais peso nesse cenário. “Todos querem estar no Brasil. As oportunidades são imensas”, afirma.

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Segundo Osorio, os parceiros tiveram importante papel no quadro. “A EMC estabeleceu que sua estratégia para crescer estaria baseada no canal. Selecionamos novos integradores na região e trabalhamos para impulsioná-los e temos colhido os benefícios”, observa. 

Na região, a maior parte dos negócios é resultado de vendas indiretas, especialmente nas médias empresas. No primeiro trimestre do ano, a participação do ecossistema teve incremento de 5% em comparação com igual período de 2011.

Mas, prossegue, a tendência é que esse número aumente já que a fabricante anunciou ontem (21) durante o EMC Fórum 2012, em Las Vegas (EUA), que abriu o mercado enterprise para os integradores. “É mais uma iniciativa para alavancar os negócios”, observa.

Para promover maior uso do armazenamento baseado em memória flash, a EMC anunciou reforço na área. A companhia comprou a XtremIO, startup que fabrica soluções com base em flash. Segundo a EMC, as plataformas NAND vão complementar uma série de sistemas e software da EMC baseados em flash.

O negócio, avaliado em 430 milhões de dólares, foi adquirido por meio de uma transação em dinheiro. Um relatório havia estimado, no mês passado, que o valor da empresa estaria entre 400 milhões de dólares e 450 milhões de dólares.

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"Esperamos que a tecnologia da XtremIO, uma vez introduzida no mercado, possibilite aos nossos clientes as vantagens do armazenamento flash”, afirmou Pat Gelsinger, presidente da EMC e diretor de operações, em um comunicado.

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