Tópicos | Eleições 2021

Em campanha nas prévias do PSDB para 2022, o governador João Doria causou desconforto no partido ao dizer nesta segunda, 23, no programa Roda Viva, da TV Cultura, que o senador Tasso Jereissati (CE), seu adversário interno, havia desistido da disputa. A declaração pegou de surpresa a direção executiva da sigla e foi desmentida por Tasso.

"Nunca conversei com quem quer que seja, nem tampouco conversei com o governador João Doria, pessoa que respeito, sobre essa questão. Portanto, fiquei surpreso com essa declaração, e no dia em que eu tiver, se tiver de fazer algum anúncio, eu mesmo farei", disse o senador cearense em nota enviada ao Estadão.

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A declaração de Doria aconteceu no mesmo dia que Tasso recebeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu escritório político em Fortaleza. O petista publicou a foto em suas redes sociais e classificou a conversa como um "diálogo importante" sobre a democracia.

Além de Doria e Tasso, também estão na disputa o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. A votação está marcada para o dia 21 de janeiro, mas apenas Doria e Leite estão de fato fazendo campanha e viajando pelo Brasil. O senador cearense tem feito apenas conversas por telefone com tucanos e participado de plenárias virtuais.

Nesta terça, Doria afirmou ter sido induzido ao erro e que deu a declaração com base em uma notícia veiculada em um portal de notícias. O governador pediu "desculpas" a Tasso, por quem disse ter "profundo respeito".

Também no programa da TV Cultura, o governador paulista fez uma série de críticas ao deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), que é seu desafeto na legenda. Doria, que já defendeu a expulsão do parlamentar, chamou o ex-governador mineiro de "covarde" e "pária dentro do PSDB" ao comentar a votação da PEC do voto impresso na Câmara.

Dos 32 deputados federais tucanos, 14 votaram na tese bolsonarista em defesa do voto do impresso. Aécio optou por abster.

O deputado, que foi candidato ao Palácio do Planalto em 2014, respondeu também por meio de nota.

"Doria é um desqualificado. Perdeu as condições de ser candidato à própria reeleição pela sua enorme rejeição e acha que pode comprar o PSDB para satisfazer o seu fetiche de ser candidato a presidente da República. Falta a ele dimensão e caráter para liderar qualquer projeto nacional", afirmou Aécio.

Em outro trecho da nota, o deputado federal disse que o governador de São Paulo "se ajoelhou de forma oportunista" aos pés de Bolsonaro implorando apoio e criou o "inesquecível" Bolsodoria.

Por fim, Aécio afirmou que Doria "traiu" o seu padrinho político, o ex-governador Geraldo Alckmin, da forma "mais covarde e humilhante possível".

Os eleitores de cinco municípios irão às urnas neste domingo (13) para eleger seus prefeitos. Em Sidrolândia (MS), Nova Pata do Iguaçu (PR), Petrolândia (SC), Campestre (MG) e Espera Feliz (MG), os prefeitos eleitos em 2020 tiveram o registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral de forma definitiva. Com isso, a legislação determina novas eleições.

De acordo com portaria publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para a definição da data das eleições suplementares, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) responsável pelo município levará em conta as condições sanitárias locais. E deverá, se for o caso, providenciar a observância das regras do Plano de Segurança Sanitária aprovado pelo TSE para a prevenção ao contágio pela covid-19.

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Candidatos

Em Campestre (MG) concorrem ao cargo de prefeito Marco Antonio Franco (DEM) e Rafael dos Santos (PV). Já em Espera Feliz (MG), disputam o comando municipal os candidatos Adrian Oliveira Silva (PDT), Bartholomeu Miranda (PSB) e Oziel Gomes da Silva (PSD).

Na cidade paranaense de Nova Prata do Iguaçu, os candidatos ao cargo de prefeito são Edilsom José Grassi (PSDB), Sandro Oltramari (PSB) e Sérgio Faust (PL). Por sua vez, em Sidrolândia (MS) os eleitores deverão escolher entre duas candidaturas: Vanda Camilo (PP) e Enelvo Felini (PSDB).

No município de Petrolândia (SC), os nomes que disputam a preferência do eleitorado são os seguintes: Ângela da Mota (MDB), Edson Padilha (Pode) e Irone Duarte (PP).

 

O PSOL de Pernambuco tem três pré-candidatos a prefeito do Recife em 2020. De acordo com a legenda, por deliberação de seu Diretório Estadual, no último dia 19 o partido acolheu os nomes do atual presidente estadual do PSOL, Severino Alves; do ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago e do ex-candidato a governador em 2014, Zé Gomes, como opções da sigla para a disputa. Uma discussão interna deverá definir quem será o candidato psolista na corrida eleitoral. 

O PSOL também definiu como prioridade a ampliação das bancadas nas Câmaras dos Vereadores da capital pernambucana e de Olinda. As chapas proporcionais, segundo comunicado do partido, devem ter Dani Portela, que concorreu ao Governo de Pernambuco em 2018, como candidata a vereadora no Recife e Eugênia Lima em Olinda. Outros nomes cogitados para a chapa proporcional são Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) e Ivan Moraes, que deve concorrer à reeleição. 

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"Os nomes apresentados deverão se submeter aos debates internos cujo primeiro encontro será em novembro. Até lá o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) estará aberto para que outros quadros políticos internos e da sociedade civil manifestem interesse em concorrer pela sigla à Prefeitura do Recife", detalha a nota do partido.

Nas eleições de 2020, o PSOL alega que "terá um perfil de oposição frontal ao governo de Bolsonaro e oposição de esquerda ao governo do PSB no Estado e na capital. A estratégia é formar uma frente de esquerda a partir da abertura de discussões com outras legendas da esquerda socialista em Pernambuco". 

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