Tópicos | eleições 2008

O Ministério Público Federal (MPF) de Goiás divulgou ontem a lista das 196 páginas e 87 perfis removidos do Facebook no último dia 25 de julho. As contas foram excluídas da plataforma após uma investigação da empresa que identificou violação da política de autenticidade da rede social. Uma reportagem da agência de notícias Reuters apontou envolvimento de parte das páginas deletadas com o Movimento Brasil Livre (MBL).

No documento enviado ao MPF, o Facebook afirma que "essas páginas e contas faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas". A divulgação da lista foi motivada por um pedido do procurador da República Ailton Benedito. "Pelo grande interesse da sociedade nos fatos em apuração, o MPF dá publicidade e transparência às investigações e à lista recebida do Facebook", disse o procurador.

##RECOMENDA##

Regionais

Entre os nomes listados, estão quatro páginas regionais do MBL e três páginas de apoio ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. Também há páginas que simulam nomes de veículos de imprensa, como "G1 - O Portal de Notícias".

No Twitter, o vereador de São Paulo e coordenador nacional do MBL, Fernando Holiday (DEM), ironizou o fato de que alguns nomes da lista não têm títulos relacionados à política, como "Top Animes Forever" e "Vagas de Emprego".

Outro líder do movimento, Renan Santos, também fez piada com as páginas removidas em um vídeo no Facebook. Santos teve seu perfil pessoal removido pela plataforma.

Inicialmente, o Facebook havia divulgado que as contas excluídas faziam parte de uma rede que "escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação". Na ocasião, o Movimento Brasil Livre divulgou nota alegando perseguição ideológica da empresa e afirmou que as páginas desativadas somavam 500 mil seguidores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cumprindo o segundo mandato, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), pode ter comprado votos para garantir a primeira eleição em 2008. De acordo com a denúncia feita pela Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco (PRE-PE) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), o então candidato, através dos seus cabos eleitorais, inclusive a esposa Alessandra Vieira, prometeu dinheiro e benefícios para moradores de bairros carentes do município em troca de votos.

Segundo a PRE-PE, durante a execução de um mandado de busca e apreensão no local onde funcionava o comitê do candidato, foi encontrado um caderno que servia para registrar nomes, endereços e necessidades apontadas pelos eleitores. As informações eram coletadas pela esposa do prefeito e outro cabo eleitoral, Renato Júnior.

##RECOMENDA##

O caderno continha anotações como por exemplo, “1000 tijolos, 3 sacos de cimento, 8 votos”; “um trabalho após de ser eleito”; “já falou com Edson - 1000 tijolos”. Os registros, para a Procuradoria, comprovam o fato de que as notas eram organizadas de modo a permitir o acompanhamento do atendimento das solicitações dos eleitores, tudo com o intuito de angariar votos para o tucano.

Segundo depoimentos colhidos pela investigação, a esposa do prefeito, Alessandra Vieira, realizava visitas em localidades carentes, onde abordava pessoalmente os eleitores. Os benefícios, conforme orientação, deveriam ser recebidos no próprio comitê de campanha do então candidato. Para a PRE-PE, os documentos apreendidos, somados às declarações prestadas por testemunhas, indicam que Edson Vieira agiu de maneira ilegal.

Como o prefeito possui foro por prerrogativa de função, o processo tramita no TRE-PE. Se o Tribunal receber a denúncia, o prefeito passará a ser réu e será submetido a julgamento. A esposa dele e os demais cabos eleitorais acusados de participar do esquema serão alvo de um outro processo criminal, a ser julgado na primeira instância da Justiça Eleitoral.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando