Tópicos | Eleções 2014

O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, participou no último sábado (9) de debate no Fórum Social Temático sobre Energia. Os organizadores do evento, intitulado Energia: Para Que, Para Quem e Como?, convidaram os presidenciáveis deste ano para discutir a política energética. Ao citar elementos que considera importantes para a transição da matriz energética do país, o candidato defendeu o fortalecimento das fontes de energias renováveis e o abandono gradual das não renováveis.

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Para Eduardo Jorge, o Brasil deveria priorizar investimentos em fontes renováveis como a solar e a eólica. “A energia solar vai ser competitiva agora, do jeito que está caindo o preço e está subindo a tecnologia e a produção. Daqui a uns dez anos, ela vai ser competitiva com qualquer outro tipo de energia, talvez seja uma das mais limpas de todas”, avaliou. Segundo ele, o foco em biocombustíveis como o etanol também é uma possibilidade, desde que não haja prejuízos à produção de alimentos.

O debate ocorreu na Universidade de Brasília, onde os candidatos foram perguntados sobre os compromissos de seus programas de governo com a política energética, suas intenções de utilizar fontes de energia renováveis ou de continuar com alguns modelos energéticos atuais. De acordo com a organização do evento, oito candidatos à Presidência foram convidados. Dois compareceram (além de Eduardo Jorge, Zé Maria do PSTU esteve presente), e dois enviaram seus representantes (Eduardo Campos do PSB e Luciana Genro do PSOL).

“Sou ardorosamente favorável que nas grandes cidades brasileiras haja o pedágio urbano, porque o poluidor tem que ser pagador, ele tem que ajudar a transição dessa matriz. Tem que ter investimento em transporte público e limpo”, disse Eduardo Jorge, enfatizando que é necessário encontrar medidas para financiar a transição para um transporte menos poluidor, com incentivos a transportes sobre trilhos. “Não gastamos de forma eficiente a energia. Isso vale para tudo: a geladeira, a iluminação, o gasto com combustível”, disse.

Além de criticar a forma como o governo brasileiro vem lidando com o petróleo encontrado na camada do pré-sal, Eduardo Jorge propôs a substituição do programa de acordo nuclear que o Brasil tem com a Alemanha por um programa de cooperação em energia solar. “A Petrobras deveria transitar de uma petrolífera, datada para ser penalizada e cada vez mais taxada, para uma empresa de energia predominantemente renovável”, defendeu o candidato.

No Rio de Janeiro, o candidato participou do encerramento do Encontro Republica, que reuniu jovens de diversas partes do país. O candidato falou das propostas de governo do partido e respondeu perguntas dos participantes. Os pontos mais destacados por Eduardo Jorge foram o desenvolvimento  pautado na sustentabilidade, mesmo que alguns setores parem de crescer, e uma reforma política no país. "Precisamos mudar a política brasileira para que ela não seja tão perversa e não destrua os partidos de ideais diferentes, que estão sendo destruídos por esse sistema político", declarou. Ele disse que, se eleito,  a agricultura familiar, limpa e orgânica, com incorporação de tecnologia, será uma das prioridades do seu governo.

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Enquanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), vem sendo cada vez mais exaltado pelos seus correligionários no Estado, políticos filiados ao PSDB do senador Aécio Neves não parecem ter a mesma confiança em relação à eleição presidencial em 2014. Alguns prefeitos preferem evitar o assunto alegando falta de amadurecimento do senador, já outros, dizem publicamente e em alto tom que o socialista é o mais preparado para governar o país.

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Se depender de palanques estaduais em Pernambuco, Neves poderá ter dificuldades, se é que vai  se lançar candidato sozinho, sem formar chapa com Campos, como vem sendo especulado no meio político. Aqui em Pernambuco, os tucanos parecem divididos. Uns enaltecem o neto de Tancredo Neves, como o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) ou o vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho (PSDB), mas outros falam sem receios de ‘represarias’ que o governador é o mais indicado para o cargo a nível nacional.

“Eu acho que o governador de Pernambuco, mesmo eu não sendo do PSB, ele tem hoje muito mais condições de administrar este país pela forma que ele administra Pernambuco, por essa aproximação da população. Ele é um dos poucos governadores que vive mais fora do Palácio do que dentro e mais perto da população”, elogiou recentemente o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana (PSDB), em entrevista ao LeiaJá.

Outra correligionária de Aécio Neves, a prefeita de Condado, Mata Norte do Estado, Sandra Félix (PSDB), preferiu não opinar ainda sobre a candidatura do tucano, se resumindo em afirmar a necessidade de mais diálogo sobre o assunto. “Eu acho que a gente tem muito ainda o que amadurecer neste sentido. É preciso escutar as pessoas, é preciso que se tenha um amadurecimento maior e é por isso que eu, neste momento, não tenho uma opinião ainda formada sobre isso (...)”, desconversou.

Mesmo sem querer falar abertamente sobre o assunto a gestora citou Eduardo Campos em relação a este cenário da política. “Eu vou repetir o que o sabiamente o nosso governador diz: eu acho que o ano de fazer política é o ano que vem. A gente só vai poder ter esse cenário deslumbrado realmente a partir de 2014, então, por enquanto tudo ainda é muito cedo, tudo é muito novo”, disse Félix.

Já o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), também não tem demonstrado total segurança com Aécio encabeçado a disputa. “A nossa preocupação primeira não deve ser com Aécio, mas a possibilidade da disputa presidencial ser mais qualificada e mais democrática”, pontuou em entrevista o portal LeiaJá meses atrás. Já no início do mês de setembro, depois de um jantar entre Neves e Campos no Recife, Gomes demonstrou mais animação em relação à candidatura do correligionário visando uma possível parceria entre os dois políticos

Fontes integrantes do PSDB no Estado que preferiram não se identificar, afirmam que a candidatura de Aécio Neves é algo muito precoce e sem amadurecimento, por isso, não passa segurança para os tucanos em Pernambuco. “Me sinto totalmente insegura em relação a essa possibilidade. Agora, se ele formar uma chapa com Eduardo Campos tudo por ser mais provável. Enquanto isso, ele tem que amadurecer”, disse uma tucana de forma confidencial.

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