Após a polêmica sobre possíveis mudanças nos desfiles oficiais durante o Carnaval do Recife, as agremiações de maracatu de baque virado aguardam por uma definição acerca da tradicional abertura do carnaval, realizada por elas - e com regência do mestre Naná Vasconcelos - há 16 anos. O modelo do evento está sendo discutido em reuniões junto à Prefeitura, ainda sem resultado definitivo. Em entrevista ao LeiaJá, nesta terça-feira (21), o secretário executivo de Cultura, Eduardo Vaconcelos, garantiu que o prefeito Geraldo Julio "não abre mão" desta tradição.
Já foram promovidas duas reuniões para a discussão de projetos para a realização da abertura que reúne dezenas de nações. Ante a falta de uma resposta concreta, até então, até Patrícia Vasconcelos, a viúva de Naná, idealizador da cerimônia, se manifestou nas redes sociais: "Luto para que esse movimento e espetáculo das Nações continue e frutifique. Anos de lutas, de sorrisos e de lágrimas. Lágrimas de emoção e de tristeza por cada não recebido na tentativa de dar continuidade ao movimento. Não à desconstrução nesse movimento", disse em carta aberta publicada no Facebook.
##RECOMENDA##O secretário executivo de Cultura do Recife, Eduardo Vasconcelos, disse que ainda serão realizadas outras reuniões com os representantes das nações para a definição do modelo desta abertura para 2018. E garantiu: "O prefeito Geraldo Julio não abre mão desta tradição deixada por Naná e pelas nações que hoje levam o legado do mestre Naná". Eduardo completou: "A gente vai, nos próximos dias, sentar para definir como será feito isso e como será a participação de todas as agremiações nos cinco dias de Carnaval".