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Com foco na reciclagem e recuperação energética de resíduos sólidos, o primeiro Ecopolo Industrial de Pernambuco vai ser implantado no município de Escada, na Mata Sul do Estado. Nesta quarta-feira (15), a Ecotires, primeira empresa interessada em se instalar no local, assinou um termo de cessão de uso do terreno. A entidade pretende investir R$ 3 milhões para implantar uma planta de tratamento de pneus. 

Para viabilizar o novo condomínio de empresas, um termo de cooperação técnica entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sdec) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (AD Diper), em conjunto com a Prefeitura do município. A Sdec fica responsável pela articulação entre a prefeitura e os investidores, enquanto a AD Diper vai elaborar o projeto do loteamento industrial, e a Prefeitura doa o terreno. 

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Empresas interessadas em se instalar no local devem arcar com os investimentos de implantação, como terraplanagem e infraestrutura. O Ecopolo Industrial tem como proposta se tornar uma solução integrada com as empresas do Polo de Suape, para destinação e tratamento dos resíduos de lá provenientes. De acordo com a SDEC, só em Escada e nos municípios do entorno, 173 toneladas de lixo são produzidas por dia.  

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) diz que o Brasil perde R$ 8 bilhões por ano com resíduos não reciclados. Em Pernambuco, esse valor chega a R$ 500 milhões. Por outro lado, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), os resíduos sólidos e a limpeza urbana movimentam anualmente R$ 17 bilhões no país. 

Inauguração - A previsão é que a Ecotires inicie seu funcionamento em dezembro de 2014. Além de plantas de reciclagem de pneus, o Ecopolo Industrial também pode abrigar empresas especializadas em geração de energia a partir de resíduos orgânicos, resíduos industriais e de construção civil, eletroeletrônicos, entre outras.

Escada e o lixo – Curiosamente, o município de Escada tem um histórico não muito positivo em relação aos resíduos sólidos. Em dezembro do ano passado, o LeiaJa divulgou a crítica situação do aterro sanitário do município. O descontrole na gestão do local resultou em um acúmulo de lixo inadequado na região, provocando revolta em moradores locais. 

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