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O registro de vítimas fatais decorrentes do novo coronavírus tem dobrado no Brasil a cada dois dias e já superou a evolução pandêmica dos locais com mais infectados no mundo. Enquanto nos Estados Unidos a proliferação é duplicada a cada seis dias, na parte mais afetada da Europa, a multiplicação ocorre a cada oito dias.

"A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos. Por isso, o número de mortes está dobrando em um espaço de tempo menor", declarou o epidemiologista Diego Xavier ao Estadão. Ele é um dos responsáveis pelo levantamento feito pela Fiocruz que revela efeitos e a velocidade da Codiv-19 no Brasil.

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A nota técnica do sistema Monitora Covid-19 também destaca a chegada do vírus em municípios do interior do Brasil. Enquanto todas as grandes cidades - com mais de 500 habitantes - já registraram casos da doença, cerca de 59% dos locais com o quantitativo de habitantes entre 50 mil e 100 mil foram contaminados. 25,8% das cidades com a população de 20 mil a 50 mil já identificaram casos e, aproximadamente 11% dos municípios com população entre 10 mil e 20 mil, foram atingidos. A disseminação também se estende em 4% das pequenas cidades, com a população até 10 mil pessoas.

No entendimento do especialista, suspender o isolamento domiciliar nas cidades que não apresentaram casos confirmados da pandemia ainda não é ideal. "Estão tomando uma decisão muito arriscada", avaliou Xavier, pois, mesmo sem a oficialização de casos, a doença já pode estar circulando na região. Ele também reforçou a relação entre as metrópoles e o interior para garantir que é praticamente inevitável que o vírus não acometa os locais mais distantes.

Mesmo com duas confirmações e um óbito, prefeito de Santa Branca, no Interior de São Paulo, garante que a Covid-19 não circula na cidade, que tem apenas 14 mil habitantes. "Esses casos não são nossos, embora sejam moradores daqui", declarou Celso Simão Leite (PSDB).

Ele explica que os dois pacientes confirmados são um casal que foi infectado em um hospital da capital, onde a mulher de 71 anos se tratava de um câncer. Após a morte da esposa, o homem retornou ao município e cumpre uma "quarentena rigorosa", de acordo com o prefeito.

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