Nesta segunda-feira (1º), tem início a Semana Mundial do Aleitamento Materno. A data foi criada há 24 anos, em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action – WABA), para estimular a amamentação e trazer melhorias a saúde e desenvolvimento sustentável das crianças e mães do mundo. Neste ano, a campanha, que vai até o dia 7 de agosto, traz à tona o tema "Amamentação. Faz bem para o seu filho, para você e para o planeta", destacando a importância do aleitamento materno como contribuição para a qualidade de vida das crianças.
De acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-Br), a amamentação é uma forma natural e de baixo custo de alimentar bebês, sem impacto no orçamento familiar. Por fornecer nutrientes de alta qualidade, é uma ação indispensável para prevenir a fome, a desnutrição e a obesidade. Também ajuda no desenvolvimento mental e cognitivo das crianças. A amamentação ainda implica em menos desperdícios em comparação com alimentação com fórmula infantil e afasta a necessidade do uso de utensílios extras, como mamadeiras.
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De acordo com orientações do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), é recomendado o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê. Segundo os órgãos, o alimento ainda evita diarreias, infecções respiratórias, diminui o risco de alergias.
Apesar das indicações de resultados positivos do leite materno, na prática, a realidade é outra. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 60% das crianças recém-nascidas têm o aleitamento exclusivo. O número cai para 25% no final dos quatro meses e para 10% aos seis meses de idade. Ainda assim, o Brasil foi considerado referência em aleitamento materno pela revista inglesa The Lancet.
Doação
De acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-Br), em 2015, Pernambuco captou 9.429,7 litros de leite materno de 6.987 doadoras. Após as análises do material, foram possíveis doar 8.635,3 litros para 11.674 crianças. O quantitativo ficou abaixo dos dados de 2014, com 9.646,5 litros do leite coletados, doados por 7.827; e 8.746,8 litros de leite distribuídos para 10.781 crianças.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, para os bebês prematuros ou de baixo peso, internados em UTIs, UCIs e alojamentos Cangurus, o leite materno torna-se ainda mais fundamental para o desenvolvimento. Por isso a importância dos bancos de leite humano no Estado, para atender a essas crianças. Atualmente, são nove bancos de leite, além de quatro postos de coleta. Qualquer mãe saudável pode doar o seu excedente a esses locais.
A orientação é que para fazer a retirada do leite a mãe use um lenço para proteger a boca e a cabeça, além de higienizar as mãos antes de iniciar o processo. O produto deve ser armazenado em potes de vidro com tampa de plástico, como os de maionese ou café.
Basta levar uma panela com água ao fogo e quando começar a ferver, colocar os potes. Eles devem ser retirados de 15 a 20 minutos depois. O papel que vem na parte interna da tampa também precisa ser retirado antes de todo o processo. No vidro esterilizado, o leite ordenhado pode ser armazenado no freezer para que dure até 15 dias.
Os bancos de leite pernambucanos estão no Hospital Agamenon Magalhães (3184.1690), Hospital Barão de Lucena (3184.6552), Hospital das Clínicas (2126.3831), Centro Integrado de Saúde Amauri de Medeiros (Cisam – 3182.7720), Maternidade Bandeira Filho (3355.2235), Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip – 2122.4719 / 4103), Hospital De Ávila (3117.5548), Hospital Jesus Nazareno (Caruaru - 3719.9338) e Hospital Dom Malan (Petrolina – 87 3202.7000).
Há, ainda, quatro postos de coleta de leite, localizados na Maternidade Arnaldo Marques (3355.1815), Maternidade Barros Lima (3355.2170), Uniame (3302.6261) e Hospital Memorial Guararapes (3461.5300). Esses recebem o leite e encaminham para um banco a fim de fazer as análises necessárias.