O curso “Da Pintura à Direção de Arte” acontece entre os dias 27 e 30 de julho, das 8h às 17 h, no auditório do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam). O curso é ministrado pela paulista Bia Pessoa e tem carga horária de 32 horas.
A oficina tem o objetivo de mostrar aos alunos como funciona uma equipe de filmegem, tendo como ponto de partida a pintura, e construção de cenário. “Com o curso, queremos sensibilizar o olhar dos participantes, fazer com que eles pensem no mundo que envolve o personagem e a forma como ele interfere no ambiente, explorando as camadas que formam um cenário”, explica Bia.
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As inscrições custam R$ 250 e são feitas por meio de depósito bancário (Caixa Econômica Federal, Agência: 50, Conta corrente: 38.112-9, CPF: 089.000.958-97). As vagas são limitadas, com turmas de 20 pessoas por oficina.
Nesta segunda (7) estreia a nova novela das seis da Globo. Meu pedacinho de chão chega chamando atenção com seu estilo e direção de arte completamente diferentes do que os telespectadores estão acostumados a ver em novelas da emissora. A trama parece ser um verdadeiro conto de fábulas com traços de commedia dell’arte- uma forma de teatro popular improvisado.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa, que não escrevia novelas desde Sinhá Moça (2006), a novela conta com um elenco de grandes nomes como Osmar Prado, Antonio Fagundes, Bruna Linzmeyer, Juliana Paes e Rodrigo Lombardi. A novidade fica por conta da presença do pernambucano Irandhir Santos, que interpreta Zelão, capataz do coronel Epaminonda s (Osmar Prado). A direção é de Luiz Fernando Carvalho, com cenografia de Keller Veiga e contribuição do artista plástico Raimundo Rodriguez.
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Na verdade, Meu pedacinho de chão é uma novela de 1971 escrita pelo mesmo autor. Segundo Benedito Ruy Barbosa, a trama de 2014 não é um remake. “De início eu pensei em fazer um remake, mas quando eu estava começando a trabalhar vi que é uma oportunidade de dizer as coisas que a censura (em vugência durante a Ditadura Militar) não deixava”, revela o autor ao site oficial da Globo. “A novela não tem nada da outra, só o nome dos personagens e as localidades”, completa Benedito.
A novela conta a história de Serelepe (Tomás Sampaio) e Pituca (Geytsa Garcia), mas trabalha também a rivalidade do coronel Epaminondas (Osmar Prado) com Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi). Este último doa um pedaço de sua terra que fora comprada do seu rival, e acaba iniciando uma guerra entre os dois.
Apesar de ter ares de uma fábula, Meu pedacinho de chão aborda questões sempre importantes como educação e saúde pública. A novela vai ao ar às 18h30, logo após Malhação.
Amores Roubados entra em sua reta final esta semana. A minissérie da Globo acertou ao investir na qualidade técnica e em um bom roteiro, feito a partir da adaptação livre da obra A emparedada da Rua Nova, romance do pernambucano Carneiro Vilela.
A minissérie chamou atenção pela temática do sexo e da traição. Leandro (Cauã Reymond) retorna à terra natal, conquistando as mais belas e poderosas mulheres da cidade. O desejo é apenas uma diversão para o sommelier até ele conhecer Antonia (Isis Valverde), filha de um poderoso empresário da região que retornou da Europa.
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No entanto, Amores Roubados é muito mais do que desejo e traição. Por trás das relações, um sertão secular pode ser visto. Leandro, filho de uma prostituta, vive um romance com uma filha de empresário, que representa um típico coronel latifundiário modernizado. A competente direção de arte de Moa Batsow faz o contraste entre dois cenários: o casarão da fazenda, a empresa de vinhos e as casas de barro da região.
A produção se aproxima da estética das séries de TV que são exibidas nos canais fechados. Tanto é que, diversos sites especializados em falar sobre seriados incluiram Amores Roubados na lista. Talvez o único pecado da minissérie seja a dublagem de algumas falas, que foram temas de queixas nas redes sociais.
O elenco pernambucano ganha cada vez mais destaque na história com Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa, que não se tornam sombras ao lado de estrelas de destaque nacional como Cauã Reymond e Murilo Benício. Outro ponto positivo é a trilha sonora. Diferentes estilos musicais entram em cena no momento certo, seja um forró da região ou os sintetizadores da banda The XX, escolha surpreendente que mostra não ser preciso optar por músicas de forte apelo comercial para agradar o público. As duas músicas do trio inglês, Angels e Intro que estão na minissérie conquistaram o topo do Itunes depois que Amores roubados começou.
Esta é a última semana da minissérie, que deixa aberto o espaço para boas produções na programação da TV aberta baseadas em obras legitimamente brasileiras. Os altos pontos de audiência são uma resposta ao elevado padrão técnico de Amores Roubados. Não é todo dia que uma fotografia excelente, como a de Walter Carvalho, aparece na TV aberta. Resta esperar a próxima parceria do roteirista George Moura e do diretor José Luiz Villamarim, que também trabalharam na ótima O canto da sereia em 2013.
O horário da minissérie muda a partir desta terça (14). Por causa da estreia do Big Brother Brasil, a trama começa às 23h10 (horário de Brasília), logo após o reality.