Tópicos | diploma reconhecido no país

Um levantamento divulgado na última semana aponta que os refugiados no Brasil trabalham e têm nível de escolaridade acima da média da população brasileira. O estudo foi realizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e pela Cátedra Sergio Vieira de Mello.

Entre junho de 2018 e fevereiro de 2019, pesquisadores de oito instituições brasileiras entrevistaram 487 refugiados em 14 cidades de oito estados (Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal) que acolhem 94% dos refugiados. Atualmente cinco mil pessoas estão refugiadas no país.

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Dos entrevistados, 83% entraram no país em 2010, mais de 70% vieram de países como Síria (31,4%), República Democrática do Congo (23,8%), Angola (8,6%) e Colômbia (7,3%). Venezuelanos não foram incluídos, pois não são considerados refugiados pelas autoridades brasileiras.

Dos que informaram, 48% são homens e 23% são mulheres. A pesquisa também apontou que 34% deles concluíram o ensino superior, porém, apenas 14 conseguiram ter seus diplomas reconhecidos e validados no Brasil.

Quase metade, 57,5%, estão trabalhando; 19,5% estão procurando emprego; e 5,7% dos entrevistados estão desempregados e não estão procurando emprego. Em relação a condição financeira, 67% disseram que não conseguem cobrir as despesas. De acordo com a pesquisa, 79,5% têm renda familiar inferior a R$ 3 mil.

O estudo apontou que 96,3% dos refugiados querem obter nacionalidade brasileira, 84% querem ficar definitivamente e 57% desejam trazer suas famílias para o país.

 

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