A data de 27 de junho é lembrada como o Dia Nacional do Vôlei. Instituída pelo Ministério dos Esportes em meados da década de 1990, o dia é reservado para celebrar as diversas conquistas da seleção brasileira da modalidade em competições internacionais. Respeitado pela tradição no esporte, o Brasil tem mais de 130 títulos em disputas oficiais femininas e masculinas. Tamanha quantidade de conquistas inspirou atletas e o voleibol passou a ser o segundo esporte mais praticado no Brasil. Um levantamento apresentado pelo portal Terra há pouco mais de dois anos mostra que 15 milhões de pessoas escolhem a modalidade como preferida.
Apaixonada pelo vôlei desde criança, a aposentada Rosemeire Furlanetto, 56 anos, é uma das que não dispensa o jogo durante o tempo livre. "Há sete anos, um amigo montou um time feminino e nos levou para jogar no clube da Mercedes em São Bernardo do Campo, de lá pra cá não parei mais", conta ela, que voltou às quadras para atuar com as duas filhas, no começo dos anos 2000. "Jogávamos aos domingos em uma escola de bairro. Não tem preço quando no meio do jogo elas gritam 'vai mãe!'", diverte-se.
##RECOMENDA##A aposentada Rosemeire Furlanetto | Foto: Arquivo Pessoal
Com a pandemia e interrupção das atividades esportivas, a atleta amadora não vê a hora de retornar. "Amo tanto o vôlei que jogo em três times diferentes [Athenas, ADV e Nitro/Metrô], jogo misto [mulheres e homens] às segundas-feiras, participo de campeonatos em vários clubes e não pretendo parar tão cedo", enfatiza Rosemeire.
O empresário e economista José Raimundo de Oliveira, 48 anos, é mais um adepto do esporte. Encantado pela "Geração de Prata" (seleção brasileira que tinha nomes como Bernard, Montanaro, Bernardinho, William e Renan nos anos 1980), ele pratica vôlei desde quando era estudante, e chegou a treinar em um dos clubes mais tradicionais da modalidade na década de 1990, o Banespa. "Fomos vice-campeões da Copa Dan’Up pela Escola Estadual José Marques da Cruz e depois de uma peneira no Ibirapuera, fui treinar no Banespa", relata o economista.
Para ele, a magia do esporte não está apenas na disputa. "O vôlei, como outros esportes, é um imã para amizades e é, sem duvida, uma terapia social, além de ser uma das modalidades mais respeitosas, cordiais e inclusiva", comenta. O entusiasmo de Oliveira vai além da paixão por estar nas quadras distribuindo toques e cortadas. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o empresário viu de perto a terceira medalha de ouro do time masculino do Brasil na história. "Acompanho muito a seleção brasileira e tive o prazer de ver a medalha de ouro ao vivo em 2016", recorda.
O diretor de arte e produtor musical Ricardo Batista | Foto: Arquivo Pessoal
Já o diretor de arte e produtor musical Ricardo Batista, 43 anos, divide a atividade profissional com o tempo disponível para o volei. "Em uma semana cheia, bato bola às segundas em um colégio, quartas na Associação Atlética Banco do Brasil [AABB/SP], sábados no vôlei de rua e domingo no Holiday, time que existe há 30 anos e foi o primeiro time que treinei aos 16 anos", conta. Fã de ícones como Marcelo Negrão, campeão olímpico na primeira medalha de ouro da seleção masculina do Brasil, Batista segue os torneios nacionais e se espanta com o desenvolvimento físico dos atletas da atualidade. "Gosto de acompanhar a Super-Liga Masculina e a evolução é absurda. Tenho 1,93 m e era considerado um garoto alto, mas sou pequeno para os padrões de hoje", analisa o atleta amador.
Há cerca de uma década ininterrupta praticando a modalidade, o produtor musical tem mantido a forma com o próprio time em treinamentos feitos a distância, mas sente falta das quadras. "Está sendo muito difícil, a distância dos amigos e de bater bola, mas estamos nos falando por grupos de WhatsApp e fazendo treinos físicos remotos", lamenta. Apesar de não ser um jogo de contato físico, Batista alega estar saudoso até das pequenas confusões em disputa. "Sempre dá aquela esquentada, existe aquela disputa sadia pela vitória e acertar uma bolada no amigo também é bem bacana para tirar um sarro", complementa.