Tópicos | Dia do Goleiro

O próximo dia 26 de abril é lembrado como o Dia do Goleiro. A celebração da famigerada "posição mais ingrata do futebol" acontece desde o ano de 1976 e foi estabelecida em homenagem ao aniversário do arqueiro Manga. Considerado um dos mais emblemáticos jogadores da posição, Haílton Corrêa de Arruda completa 83 anos neste domingo.

Para ampliar a reverência aos grandes goleiros do futebol brasileiro, o LeiaJá traz a opinião do jornalista, escritor e comentarista do Canal TVila Marcelo Mendez e homenageia os goleiros Gylmar, Félix, Taffarel e Marcos.

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Gylmar

Nascido em Santos (SP), Gylmar dos Santos Neves (1930-2013) é o único da posição a sagrar-se campeão mundial duas vezes com a seleção brasileira em 1958 e 1962. Com um estilo impositivo e destemido, o arqueiro ainda é visto como um dos ícones da posição. Na carreira, além da camisa canarinho, o goleiro defendeu as cores do Jabaquara e se tornou ídolo das torcidas de Corinthians e Santos. "Gylmar, por todo peso histórico que carrega, a meu ver, é o goleiro maior. Uma referência da posição, pioneiro de uma escola brasileira", considera Mendez.

Félix

O paulistano Félix Mielle Venerando (1937-2012) era o guarda-redes daquele que é considerado por muitos como o melhor time do mundo, a seleção brasileira de 1970. Ágil e franzino, o goleiro ganhou o apelido de "Papel". Líder nato, Félix ganhou a confiança de treinadores como João Saldanha (1917-1990), Zagallo e de craques como Pelé, Rivellino, Gérson e Carlos Alberto Torres (1944-2016) para seguir como titular na campanha do tri. "Félix era um monstro. Goleiro rápido, leve, movimentos apuradíssimos debaixo dos três paus. Arqueiro arrojado, de muita coragem. Titular do maior time de futebol já surgido na face da Terra. Isso fala por si só", destaca o jornalista.

Taffarel

Titular absoluto da seleção brasileira por mais de dez anos, o gaúcho Cláudio André Mergen Taffarel é um dos heróis do tetracampeonato mundial do futebol brasileiro. Defensor de pênaltis e dono de um posicionamento invejável, Taffarel também foi importante para o mercado de goleiros brasileiros fora do país. Antes dele ir jogar no Parma (ITA), nenhum dos nossos figurava nas metas europeias. "Taffarel é um ícone de geração. Chega num momento em que todo futebol brasileiro vivia uma transição e se consolida. Técnico, frio, inteligente. Jamais desperdiçou um salto", recorda Mendez.

Marcos

Considerado o "São Marcos do Palestra Itália" pelos torcedores do Palmeiras, o paulista Marcos Roberto Silveira Reis foi responsável por fechar o gol brasileiro na Copa do Mundo disputada no Japão e na Coreia do Sul em 2002. Goleiro decisivo, Marcos somava recursos técnicos como posicionamento e agilidade a concentração em momentos cruciais das partidas. "Marcos é o que seria um craque no gol. Muito ágil, habilidoso, cheio de recursos, ídolo de uma nação, o Palmeiras. Foi um grande goleiro", completa o comentarista do Canal TVila.

o Dia do Goleiro aconteceu na ultima sexta feira (26), mas a comemoração feita pela Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco será nesta segunda (29), às 14h na Arena Pernambuco. O evento contará com a presença do goleiro Magrão. O homenageado do dia fará a entrega de suas luvas para a ExpoArena, museu dedicado à memória do esporte pernambucano e dos demais eventos.

 O par escolhido para doação foi usado na partida Náutico x Sport, pela Copa Sul-Americana de 2013, confronto decidido nos pênaltis com três cobranças sendo defendidas por Magrão. Com a entrega da peça ao acervo, os serviços prestados pelo goleiro ao futebol de Pernambuco serão eternizados na ExpoArena.

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Em atuação pelo Sport desde 2005, ele alcançou no último domingo o décimo título com a camisa rubro-negra, sendo oito campeonatos estaduais (2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2014, 2017 e 2019), uma Copa do Nordeste, em 2014, e uma Copa do Brasil, em 2008.

"O pernambucano é apaixonado por futebol e nada mais justo do que a Arena prestar essa homenagem a uma figura tão simbólica para o esporte local. Pela história que possui, Magrão extrapola as rivalidades entre os clubes e consegue ser admirado por todas as torcidas, independente das cores. O dia é do goleiro, mas certamente quem ganha o presente é a Arena de Pernambuco. Ações como essa ajudam a atrair ainda mais visitantes à ExpoArena, museu tão rico e interativo deste equipamento", ressalta o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes.

Com informações da assessoria 

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Tudo começou há muito tempo, lá em 1937. Foi quando nascia um talento que daria as primeiras mostras de seu dom em território pernambucano. Quem gosta de futebol, certamente, já deve ter ouvido falar de Haílton Corrêa Arruda, o famoso Manga. Contribuindo para conquistar grandes vitórias ao lado de seus companheiros dentro de campo, o recifense carregou taças de campeão em todos os clubes na qual defendeu a meta. O primeiro deles foi o Sport Club do Recife, em 1958, quando foi titular do time que se sagrou campeão do então Torneio Início de Pernambuco, que teve sua última edição em 1981.

Ao longo de sua trajetória, Manga protagonizou excelentes defesas e foi ídolo em grandes clubes, como Botafogo, Coritiba, Grêmio, Nacional (Uruguai) e Barcelona de Guayaquil (Equador), chegando a defender a Seleção Brasileira. Com tanta história, ele somou mais de 30 títulos em campeonatos mundo afora.

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Manga foi um gigante e atuou no futebol até 2012, ocupando funções que ainda conseguia contribuir com sua experiência, como supervisor de treinadores de goleiros do Internacional, de Porto Alegre-RS. Tamanha foi a sua importância que, neste dia 26 de abril, data de seu nascimento, é celebrado o Dia do Goleiro.

No Brasil, dentre os nomes que ganharam destaque na mesma função de Manga, estão o do emblemático Cláudio Taffarel, um dos herois do tetra, em 1994; além de Gilmar dos Santos, Emerson Leão e Felix, que foram também campeões da Copa do Mundo pela Seleção Canarinha. A relação ainda pode ser endossada por outros ídolos e campeões mundiais, como Rogério Ceni, que esteve no penta de 2002 e atuou no São Paulo até o ano passado, onde se aposentou.

A lista de astros no gol é grande e ainda conta com nomes que deixaram sua marca de segurança frente às traves em Pernambuco. Lula Monstrinho, que defendeu o Náutico; Nilson, que vestiu tanto as cores alvirrubras como tricolores; chegando até à história recente de ídolos como Magrão, no Sport há 11 anos, são grandes exemplos desse talento em solo local.

Para homenagear todos os jogadores que decidiram abraçar essa profissão, e até mesmo os peladeiros e admiradores da posição mais desafiadora do futebol, o Portal LeiaJá preparou uma reportagem especial com três grandes arqueiros brasileiros, que hoje defendem Sport, Santa e Náutico. O tricolor Tiago Cardoso, o alvirrubro Júlio César e o rubro-negro Danilo Fernandes contam um pouco sobre a virtude de defender o seu time e relembram seus ídolos e momentos marcantes de suas carreiras. Confira os detalhes no vídeo:

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A linha de fundo é tênue para o goleiro, não há meio termo: ou é herói ou é vilão. Profissão ingrata e solitária, muitas vezes até injusta. Para tentar corrigir um erro histórico, o arqueiro ganhou um dia para chamar de seu em 1976, o 26 de abril. Uma homenagem à Manga, nascido em 1937, e que iniciou a carreira no Sport. Décadas depois, a árdua missão de defender a meta do Leão é do ídolo Magrão, seguido sempre de perto por Saulo, o reserva. Os dois trabalham e comemoram juntos a data há quatro anos.

“Temos um respeito muito grande um pelo outro. São quatro anos trabalhando juntos e sempre torcemos um pelo outro”, afirmou Saulo, que buscou inspiração no seu companheiro de posição e equipe. “Me espelhei em Dida, Van der Sar e também no Magrão. É um ídolo aqui no Sport, um cara sensacional e que me ajuda muito”, completou.

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O camisa 1 leonino também teve seus heróis no começo da carreira. “Foram vários. Desde pequeno gostava do Ronaldo, do Corinthians. Depois veio o Taffarel, Dida, Marcos, Rogério Ceni. Foram esses goleiros que me influenciaram a ser goleiro profissional e me inspiraram de alguma forma”, afirmou Magrão.

Ídolo incontestável do Sport, o goleiro parabenizou todos os seus companheiros de profissão pelo dia e destacou as dificuldades que  passam. “É uma profissão dura e muitas vezes somos injustiçados. Até agradeço a quem teve essa ideia de fazer o dia do goleiro. Parabenizo todos os goleiros”, finalizou.

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