Tópicos | Dia da Astronomia

Pode não parecer, mas diversos dos aparelhos que usamos no cotidiano foram resultados de anos e anos de pesquisa nos mais variados campos da ciência. Dentro da Astronomia, diversos utensílios foram inventados com o propósito de serem usados na tecnologia espacial. Porém, com a massificação destas tecnologias, muitas se tornaram aliadas úteis do dia a dia de quase todo o mundo.

A astronomia é uma ciência que estuda a imensidão do universo e tudo que há nele, desde planetas, estrelas, galáxias, constelações etc. Neste Dia da Astronomia, preparamos uma lista com as principais contribuições deste campo ao nosso cotidiano, confira:

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 1 Google Earth

Se hoje podemos acessar imagens de praticamente qualquer lugar do mundo e ampliar o zoom até o jardim de uma casa em uma cidade remota, é graças (pelo menos em partes) aos satélites da NASA e suas lentes fotográficas potentes, projetadas para capturar imagens em distâncias astronômicas. O mapeamento do planeta Terra nunca foi tão atualizado e preciso como é nos dias de hoje, já que o campo de cobertura dos satélites pode registrar relevos, terrenos e grande parte do que existe aqui embaixo.

 2 Termômetros Auriculares

Medir a temperatura de alguém, antes dos termômetros, era praticamente impossível. Aparelhos de mercúrio podem ser inseguros e os modelos retais podem ser bastante desconfortáveis. Os termômetros auriculares são os mais eficientes e simples e, como você pode imaginar, esta tecnologia é um fruto de tecnologias desenvolvidas pelo campo da astronomia.

Para criarem os termômetros auriculares, foi usada uma tecnologia similar à técnica de medição de temperatura de estrelas, através de ondas infravermelhas. Em conjunto com a NASA, pesquisadores criaram o termômetro auricular que usa um sensor similar e mede a quantidade de energia liberada pelo tímpano, o que os torna muito mais precisos, seguros e confiáveis.

3 Palmilhas de calçados

Pode parecer que não há nenhuma conexão entre astronomia e palmilhas, certo? Mas não se engane! As palmilhas que você usa em seus sapatos e as que foram usadas nas botas de Neil Armstrong utilizam tecnologias muito similares. As palmilhas foram desenvolvidas para que as pessoas possam correr sem que os pés esquentem demais ou os joelhos sejam prejudicados pelo impacto com o solo.

As botas que os astronautas usavam na missão Apollo contavam botas especiais, com um maior nível de ventilação, o que é usado até os dias de hoje em tênis para corrida e artigos esportivos.

 4 Satélites de Telecomunicações

Se hoje é possível conversar com alguém do outro lado do mundo de forma remota, nós devemos aos satélites e a astronomia este feito. Graças aos satélites de telecomunicações nós podemos falar ao telefone de maneira imediata, com pouco ou praticamente nenhum atraso. As pesquisas no ramo da Astronomia desempenharam um papel muito importante para a criação de uma rede de comunicações “global”. Atualmente, cerca de 200 satélites orbitam a Terra todos os dias, eles recebem e enviam mensagens e permitem que nos comuniquemos com pessoas em qualquer lugar do planeta.

 5 Estabilização de vídeos

É de se esperar que um foguete não seja o lugar mais estável para você gravar um vídeo, não é? Por conta da necessidade de imagens mais nítidas, os cientistas do Marshall Space Flight Center criaram técnicas de estabilização de imagens (VISAR), que permitem filmar adequadamente o ônibus espacial, lançamentos e pousos com câmeras posicionadas de forma interna e externa.

A mesma tecnologia foi usada pelo FBI para investigar o atentado dos Jogos Olímpicos de Verão, em Atlanta (1996). Esta tecnologia permite estabilizar, tratar e, posteriormente, realizar a identificação de sujeitos nas imagens registradas.

Por Matheus de Maio

Nesta quarta-feira (2), celebra-se o Dia do Astrônomo, profissional responsável por estudar e pesquisar o universo, e que, com o auxílio de telescópios, olha para o céu em busca de resoluções e descobertas que vão além da Terra.

Na infância, quando foi ao Planetário do Ibirapuera, o professor de Astronomia e Astrofísica Ednilson Oliveira, 52 anos, ficou fascinado pelo que viu e se interessou pela área. "Com 13 anos adquiri minha primeira luneta. Aos 15 anos, mudei com meus pais para Mococa [a 278 km da capital) e lá eu ficava observando o céu quase todas as noites. Depois eu adquiri um telescópio maior, comecei a fazer observações mais sistemáticas", lembra.

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Após passar no curso de Física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o astrônomo foi trabalhar como monitor no Observatório da USP de São Carlos (SP). Depois da graduação, ele retornou para São Paulo para fazer pós-graduação em Astrofísica na USP.

A astronomia mudou a vida de Oliveira, que fez várias pesquisas e também leciona sobre a ciência no ensino médio e em cursos superiores, além de trabalhar com astrofotografia e ter sido chefe do Planetário do Ibirapuera (SP). "Atualmente estou envolvido com a Olimpíada Brasileira de Astronomia. Tudo isso mudou a maneira como vejo o mundo, porque você percebe a evolução das estrelas e como podemos melhorar o nosso planeta, em função dos estudos da astronomia", comenta.

O professor de Astronomia e Astrofísica Ednilson Oliveira | Foto: Arquivo Pessoal

O astrônomo que se dedica a pesquisa pode contribuir com várias tecnologias que favorecem o mundo de alguma maneira. Oliveira destaca, como exemplo, a criação da máquina fotográfica digital, que surgiu no campo da astronomia. Os primeiros dispositivos de carga acoplada, também conhecidos como CCD (Charge-Coupled Device), usados nas câmeras digitais, vieram por meio de pesquisas em observatórios para, depois, chegar ao público.

Caminhos para se tornar um astrônomo

O estudante que deseja ser um astrônomo pode optar pelo curso superior de Astronomia ou Física. Segundo Oliveira, é necessário fazer uma especialização, mestrado ou doutorado. "A astronomia abrange em sua maior parte a pesquisa acadêmica em observatórios e universidades, mas também possibilita trabalhar em planetários, museus de ciência ou ministrar aulas", explica o astrônomo.

Outro caminho que Oliveira destaca como possível é cursar Engenharia e, depois, fazer uma pós-graduação na área de Astronomia, que prepara o profissional para trabalhar com a parte instrumental e tecnológica da ciência.

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