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O desgaste e a falta de tempo para descansar os jogadores desafiam o Palmeiras para o jogo desta quarta-feira contra o Boca Juniors, no Allianz Parque, pela semifinal da Copa Libertadores. Enquanto o time do técnico Luiz Felipe Scolari se desdobra entre duas competições e repete alguns titulares, os argentinos têm priorizado somente o torneio continental e escalado reservas em compromissos locais.

A maratona de partidas obrigou o Palmeiras a entrar em campo para 28 jogos oficiais desde o fim da Copa do Mundo. Do outro lado, a agenda do Boca foi mais enxuta. Os argentinos tiveram 18 compromissos, graças ao descanso nas datas Fifa. O campeonato local não tem rodadas nessas ocasiões.

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No último fim de semana, por exemplo, o Palmeiras utilizou no empate com o Flamengo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, oito titulares: cinco deles jogaram desde o início e outros três entraram no segundo tempo. O clube lidera o Brasileiro faltando sete rodadas para o fim da competição.

Já o Boca Juniors teve outra postura e só escalou o goleiro Rossi na derrota para o Gimnasia y Esgrima. Os principais jogadores sequer foram relacionados, nem precisaram viajar para acompanhar o restante dos companheiros.

A equipe do técnico Guillermo Barros Schelotto tem foco máximo na Libertadores. Em nono lugar no Campeonato Argentino e eliminado na Copa Argentina, o Boca Juniors só vai voltar a escalar os titulares nos compromissos locais a partir do momento em que não tiver mais chances na competição continental.

A busca pela sétima conquista é uma obsessão no clube, para poder se igualar ao Independiente como o maior vencedor da história da Libertadores. Não por acaso o elenco argentino é o mais caro do torneio. O valor de mercado é avaliado em cerca de R$ 500 milhões, segundo o site alemão Transfermarket, especializado em dados sobre transferências.

Felipão adotou a tática de usar um time principal para a Libertadores e uma formação alternativa no Brasileiro, plano que se manteve intacto até semanas atrás. Lesões e suspensões forçaram o treinador a repetir jogadores nos torneios, como foram os casos de Dudu, Willian e Moisés, que têm apresentado desgaste.

A sequência de jogos causou para o Palmeiras problemas na lateral-direita. O zagueiro Luan precisou ser improvisado na função contra o Flamengo, pois o dono da posição, Mayke, estava suspenso e a opção imediata, Marcos Rocha, está com problemas físicos.

A cerca de seis meses da Copa do Mundo de 2018, a comissão técnica de Tite está cada vez mais atenta a números, planilhas, cálculos e projeções de tempo. Esse trabalho com dados será importante para o treinador monitorar o desgaste dos titulares durante a atuação pelos respectivos clubes e, quem sabe, avaliar possíveis mudanças na formação para apostar em quem estiver melhor fisicamente na Rússia.

A grande preocupação da comissão técnica é ter os jogadores no auge da forma física no dia 17 de junho, data da estreia contra a Suíça. O estágio inicial do trabalho logo depois da apresentação do time, na Granja Comary, em maio, será de recuperar os convocados, que chegarão desgastados pela extensa temporada europeia.

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"Para se dar bem na Copa é preciso ter sabedoria para se chegar às vésperas dela bem fisicamente e mentalmente para esse desafio", afirmou o ex-atacante Ronaldo, campeão mundial em 1994 e 2002.

Se um jogador for titular de um time europeu que chegar à final de todas as competições, pode disputar cerca de 60 partidas antes da Copa. Para piorar, a parte final da temporada é mais cansativa na parte física e psicológica, pela sequência de decisões e a impossibilidade de os times pouparem os principais atletas.

Como a Copa é realizada durante o período de férias do calendário europeu, o atleta pode chegar à competição mais importante do futebol abaixo da forma ideal, seja atrapalhado por lesões ou sem conseguir atingir o máximo rendimento.

Titulares de Tite e do Real Madrid, o lateral Marcelo e o volante Casemiro são os dois que podem fazer mais partidas na temporada. Ambos disputam o Mundial de Clubes além do calendário regular. É provável que ambos se apresentem para a Copa com mais de 50 jogos, assim como Neymar.

No caso de Gabriel Jesus, o calendário inglês é um temor, pois o time dele, o Manchester City disputa duas copas nacionais, fora o campeonato nacional. Por outro lado, como atua na China, o meia Renato Augusto cumpre um calendário diferente e menos apertado.

Desde o começo do trabalho de Tite, em junho do ano passado, a comissão técnica abastece planilhas com várias informações sobre a rotina nos clubes dos mais de 50 atletas monitorados.

A equipe se debruça sobre minutos de cada um dos jogadores em campo, intervalos de uma partida para outra, suplementação nutricional, cargas de treinos e distâncias percorridas. Esses dados propiciam à comissão técnica estabelecer trabalhos individualizados, para não desgastar demais quem já está cansado nem poupar em excesso alguém que esteja descansado.

As informações são fornecidas pelos clubes. A comissão técnica da CBF vai à Europa para acompanhar os treinos dos atletas e conversar com fisioterapeutas e médicos dos times sobre possíveis lesões. Em contrapartida, a CBF devolve às equipes dados sobre como foi o período dos atletas na seleção, como os trabalhos físicos realizados e até mudanças de fuso horário.

O cuidado vale para aproveitar o tempo. Não há como dar férias prolongadas entre o fim do calendário dos clubes europeus e o começo de preparação para a Copa. "A possibilidade de descanso vai ser na própria concentração. Todos eles vão ter de cinco a sete dias de descanso após terminado os campeonatos de seus países", disse ao Estado o preparador físico da seleção brasileira, Fábio Mahseredjian.

O começo do trabalho de preparação para a Copa não será no campo, mas sim com exames. "Vamos buscar ferramentas para diagnosticar se ele (o jogador) está desgastado ou não, se está no seu limite físico", afirmou o preparador.

O assunto condição física é tratado com cuidado por Tite. Por ideia dele, por exemplo, a CBF já bancou voos fretados para os jogadores chegaram ao Brasil mais rapidamente e sem escalas para a disputa de partidas das Eliminatórias da Copa. Em outubro houve ainda transporte de helicóptero do Rio para a Granja Comary, para evitar o trânsito e apressar o processo de recuperação muscular.

BAIXAS - A história dos Mundiais teve casos emblemáticos de estafa muscular. O meia francês Zinedine Zidane se apresentou para jogar a Copa de 2002 desgastado pela temporada no Real Madrid. Para piorar, ele se machucou no último amistoso antes da estreia e ficou fora dos dois primeiros jogos no torneio. Em 2014, outra estrela do Real Madrid viveu o mesmo drama. O português Cristiano Ronaldo veio ao Brasil abaixo da forma ideal e viu a sua seleção sair na primeira fase sem que ele brilhasse em campo.

Completando 50 dias desde o início da temporada 2017 do Sport, o time rubro-negro já esteve em campo por 15 vezes entre disputas do Campeonato Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. E, pelas contas do técnico Daniel Paulista, isso significa que o Leão tem estado em campo uma vez a cada três dias. O desgaste acumulado nesse início de ano tem feito o treinador promover um rodízio entre as peças titulares da equipe habitualmente no Pernambucano. Porém, com a classificação praticamente encaminhada na Copa do Brasil, diante do Boa Vista, ele levanta a possibilidade de também levar uma formação alternativa a campo nesta quarta-feira (15).

“Vamos esperar a reavaliação dos atletas. Trabalhamos com a razão, principalmente quanto à preservação dos atletas. Para o jogo de quarta, vamos colocar somente os que estiverem em condições. Melhor ficar fora de um jogo do que perder um mês fora”, declarou o treinador, justificando possíveis alterações na equipe.

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Diante do Juazeirense, no último sábado (11), o Leão foi a campo com sua formação principal, exceto pelas ausências de Rithely, machucado, e Diego Souza, poupado por cansaço muscular e que pode ser um dos únicos titulares a entrarem em campo pelo rubro-negro contra os cariocas.

Apesar do forte ritmo empregado ao elenco leonino neste começo de ano, Daniel Paulista não lamenta o pouco espaço entre jogos. Esperando seguir vivo nas competições, e consequentemente tendo partidas seguidas, ele só pondera quanto à avaliação que precisará ser feita constantemente sobre as condições físicas de cada jogador. “Se continuarmos nessa batida, e esperamos continuar, só teremos folga em junho. Esse é um dado importante e que tem que ser levado em consideração”, concluiu. 

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Desgaste. Esse é o principal fator apontado pelo volante Rodrigo Souza para explicar a queda de rendimento do Náutico nas últimas rodadas da Série B. Nos últimos três jogos da equipe, foram duas derrotas e uma vitória suada contra o Goiás, onde a equipe não jogou bem. Para o atleta, o cansaço é normal pelo final da temporada, mas o time alvirrubro precisará superar isso se quiser conquistar o acesso.

“A queda (de rendimento) acontece pelo fim do campeonato. Alguns jogadores estão no sacrifício, de muitas lesões, não está dando tempo para recuperar. Isso acaba resultando na queda de rendimento. Porém, agora não pode ter mais dor, porque precisamos de duas vitórias”, declarou o atleta alvirrubro.

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O volante, inclusive, se coloca dentro dessa lista de atletas que sofreram uma queda de rendimento nos últimos jogos e tem aceitado as críticas destinadas a ele. “Veio a cobrança e eu entendo. A torcida aplaude quando as coisas estão bem e vaia quando tudo sai errado. Sei que estou errando uma quantidade de passes que não vinham acontecendo. Faz parte. Tenho isso como incentivo para melhorar”, disse, reconhecendo a fase ruim.

Depois da última derrota, Rodrigo afirma que o grupo voltou aos trabalhos meio abalado, mas com possibilidades ainda existentes de retornar ao G4, o grupo precisa focar em vencer os duelos restantes. “Ficamos muito tristes e cabisbaixos com a última derrota. Mas ainda temos uma chance e temos que nos agarrar a ela. É fazer o nosso resultado e ficar de olho na tabela”, comenta. “Não adianta torcer contra os outros e não fazer a nossa parte como aconteceu contra o Avaí, mesmo a gente sendo prejudicado pela arbitragem. Ainda resta uma chance e temos que acreditar até o fim e, em primeiro lugar, fazer o resultado lá diante do Tupi”, concluiu.

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Com dúvidas. Essa é a situação de Marcelo Martelotte para o jogo contra o Mogi Mirim, nesta terça-feira (11), às 19h, no Arruda. O técnico ainda não sabe qual equipe irá mandar a campo contra os paulistas, isso porque com o pequeno intervalo de descanso desde a partida contra o Botafogo muitos jogadores sentiram o cansaço e podem ser poupados do confronto. As principais preocupações do técnico giram em torno de três a quatro atletas, os quais ele não quis revelar. E ele prefere esperar até momentos antes do ínicio do jogo para definir seus titulares.

A intenção do técnico é que ele possa repetir a equipe que jogou contra o Botafogo para que os jogadores comecem a ganhar um entrosamento. No entanto, ele ressalta que essa escalação depende mais dos departamentos físico e fisiológico do que dele. “Já fizemos uma avaliação nesta segunda (10), mas são jogadores que a gente voltará a avaliar. A tendência se tiver alguma troca é por questão fisica mesmo. O ideal seria se pudesse colocar o mesmo time em campo. Se eu puder vão ser os mesmo onze que começaram jogando contra o Botafogo”, frisou.

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Martelotte ainda lembra que depois do duelo com o Mogi Mirim, o Santa já volta a campo na sexta-feira (14), contra o Vitória. Por isso ele pretende ter uma atenção redobrada quanto a questão física. “Temos que lembrar que já jogamos na sexta-feira mais uma vez. Então é uma semana mais puxada do que tem sido. Perdemos um dia com relação ao próximo jogo. Temos que ter cuidado para manter nosso grupo em condição e não exagerarmos tentando repetir a equipe. O mais importante é privilegiar a parte física”, comentou.

Quanto a uma dessas provavéis dúvidas ser em relação ao atacante Grafite, que estreou contra o Botafogo após dois meses sem jogar, o técnico não quis confirmar. Porém, ele lembra que é necessário sim ter uma atenção especial para o atacante. Vale lembrar que o jogador foi substítuido no segundo tempo contra os cariocas alegando não ter mias condições de jogo por conta do cansaço. “Ele deve ter condições de jogo. O que temos que ter cuidado é com relação a essa sequência, principalmente nessa semana. Provavelmente ele não tenha condições de fazer os 90 minutos, e mesmo que tenha temos que pesar se é necessário que a gente mantenha o jogador mesmo com um tempo sem jogar”, finalizou.

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