O sonho de todo autor de novela é que o seu trabalho seja recebido com 100% de aprovação pelos telespectadores. O desejo utópico de quem comanda uma trama por quase dez meses não chega como o esperado na TV, independentemente dos atores escalados, mesmo aqueles considerados "os monstros sagrados da arte". Mas o que fazer quando algum personagem não agrada o público de casa?
Na novela "Por Amor", exibida em 1998, e atualmente reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo", o papel da atriz Gabriela Duarte causou repulsa. Interpretando a mimada Eduarda, filha de Helena - coincidentemente vivida pela mãe, Regina Duarte -, Gabriela precisou ter muito jogo de cintura perante a ira das pessoas.
##RECOMENDA##Sendo assim, o LeiaJá vasculhou a história da teledramaturgia e desenterrou alguns personagens que seriam evitados para qualquer tipo de convivência na vida real.
Mariana (Adriana Esteves)
Em 1993, Adriana Esteves dava um passo largo na carreira. Apesar de ser considerada uma atriz de talento da sua geração, naquela época, Adriana não foi vista com bons olhos pelo público. Em "Renascer", a personagem Mariana não agradou. Por causa de tantos comentários negativos pela sua interpretação, Adriana Esteves acabou desenvolvendo uma depressão. Mariana não deu bons frutos no folhetim de Benedito Ruy Barbosa, mas abriu as portas para Adriana Esteves ser consagrada com as eternas personagens Helena (A Indomada), Catarina (O Cravo e a Rosa), Carminha (Avenida Brasil) e Laureta (Segundo Sol).
Joyce (Carla Marins)
Grávida do namorado Caio (Ângelo Paes Leme), Joyce se vê entre a cruz e a espada para que o pai, Assunção (Nuno Leal Maia), não saiba de nada. Mas para acobertar a sua aflição, a jovem consegue o apoio de Helena (Regina Duarte), sua mãe. Mesmo recebendo o carinho de Helena, Joyce passa de todos os limites. Enfrenta a mãe, madrinha e até a sogra. A personagem de "História de Amor" era intensa, mas mesmo assim não passou despercebida com sua prepotência entre 1995 e 1996, período em que a novela esteve no ar.
Camila (Carolina Dieckmann)
Morando um bom tempo na Inglaterra, Camila não saía da cabeça de Helena (Vera Fisher); a filha morria de saudade todas as vezes que falava ao telefone com a esteticista. Mas o que Helena não esperava era que Camila seria uma "fura olho". Ela voltou para o Brasil e se apaixonou por Edu (Reynaldo Gianecchini), namorado da mãe. A partir daí a personagem de Carol Dieckmann, outro sucesso de Manoel Carlos, travou uma batalha com as pessoas na rua. A insatisfação dos telespectadores com a atitude da jovem cedeu quando ela passou por maus bocados ao descobrir que estava com leucemia. A cena em que raspava o cabelo emocionou muita gente, mas isso não passou por cima do sofrimento que ela causou ao se envolver com o antes então namorado da mãe.
Atena (Giovanna Antonelli)
Promessa para ser uma das vilãs de sucesso de João Emanuel Carneiro, Giovanna Antonelli não arrancou suspiros do público com a sua Atena em "A Regra do Jogo". A sua personagem estava sendo bastante esperada, mas quando apareceu... As pessoas não curtiram o tom da personagem. De tanto que ela era cínica e astuta, Atena acabou virando uma expert em humor. Assim como a novela, o papel de Antonelli irritou os telespectadores.
Catarina (Deus Salve o Rei)
Muito antes de "O Sétimo Guardião" ser considerada a pior novela da TV Globo, "Deus Salve o Rei" já abocanhava o título. Considerada como uma promessa inovadora em texto, direção e efeitos especiais, a trama não funcionou como o esperado. Nela, a personagem Catarina, vivida por Bruna Marquezine, foi bastante metralhada nas redes sociais. A vilã foi vista como forçada, robótica e pedante, dando muita dor de cabeça para Marquezine ao ser jogada no mar das críticas negativas.
