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Um dos pontos altos do Carnaval de Olinda aconteceu neste domingo (19), com o Sala de Justiça, no Alto da Sé, e a tradicional descida de tirolesa do Homem-Aranha, na caixa d’água da Compesa, momento que levou os foliões ao delírio, após longo período de ausência. Há 27 anos os super-heróis se encontram no local.

A descida do Homem-Aranha é de 20 metros e é feita pelo instrutor de rapel e ator Jall de Oliveira. Do topo da caixa d’água, quem tem 22 metros de altura, ele saltou encenando uma situação em que o Bem e o Mal se enfrentam.

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Vários heróis e heroínas estavam no Alto da Sé, como Hulk, Batman, Mulher Maravilha, Wolverine, entre outros. A sensação era única entre os participantes: sentimento de saudade. Para a dona de casa Carmelita Matoso, tudo que envolve o Carnaval de Olinda é encantador, mas o desfile do bloco ‘Enquanto isso na Sala de Justiça’ é mágico.

“É só alegria, estava sentindo muita falta. Que bom que estamos aqui para poder presenciar tudo isso, depois de tudo que passamos”, disse ela, acompanhada da filha Letícia, de quatro anos. Já Diana Pascoal, professora, revelou que a folia ‘transformou’ o filho Miguel, de dez anos. “Meu filho não é muito de Carnaval, nunca gostou, mas dessa vez ele ficou no meu pé para virmos. Ele e eu estávamos muito ansiosos. Muito feliz por esse momento, após dois anos”.

O bloco, uma das principais agremiações do Sítio Histórico de Olinda, teve o desfile, que começou no Alto da Sé, arrastando uma multidão ao som do frevo. 

Nesta terça-feira (3), a programação da 10ª Mostra Brasileira de Dança conta com dois espetáculos realizados pelos produtores Iris Macedo e Paulo de Castro: Memórias do Bacnaré - Balé de Cultura Negra do Recife e Delírio da Cia. Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP).

O primeiro retrata a vida dos negros que chegaram ao Brasil no período escravocrata. O nascimento do guerreiro Zumbi dos Palmares, a cultura e o cotidiano daquele povo são explorados através da dança afro. As encenações também exploram o sincretismo religioso, revelando o culto aos Orixás, encontros festivos como o Maracatu e outros rituais. O Bacnaré é formado por integrantes da comunidade de Água Fria desde 1985. O estímulo à pesquisa e à valorização das raízes culturais de seus bailarinos fazem do Balé um símbolo do orgulho negro, sendo o grupo pernambucano de dança que mais projetou a cultura afro-brasileira-nordestina pelo mundo.

Memórias tem trilha sonora ao vivo e conta com 10 músicos e  29 bailarinos em cena. A coreografia é de Tiago Ferreira e Antônia Batista, que também assinam a direção técnica e os figurinos, respectivamente.

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A Cia. Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira de São Paulo teve o livro Frevo, Capoeira e Passo de Valdemar de Oliveira como referência inicial para a execução de Delírio. Espetáculo solo de Ângelo Madureira, Delírio foi criado em 1999 e pensa sobre conceitos do frevo, junto aos próprios questionamentos do artista. A apresentação lúdica transita entre a dança popular e o contemporâneo, cheia de referências afetivas e tem a trilha sonora assinada por Antúlio Madureira.

Serviço

10ª Mostra Brasileira de Dança

Memórias com Bacnaré - Balé de Cultura Negra do Recife

Terça (3), 20h

Teatro Luiz Mendonça - Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n, com acesso pela Rua Setúbal)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Informações: 3355 9821

Delírio com Ângelo Madureira - Cia. Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP)

Terça (3), 20h30

Teatro de Santa Isabel (Pça. da República, s/n)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Informações: 3355 3323 / 3355 3324

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