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Nesta terça-feira (2), durante coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília, um grupo de pastores evangélicos se posicionou a favor da aprovação da PL das Fake News, que visa regulamentar a atuação das redes sociais e plataformas de conteúdo na internet. Liderado pelo pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), o grupo tenta diluir a resistência da maior parte da bancada evangélica, que considera o projeto uma forma de "censura" das redes sociais.

"Esse projeto zela muito pela liberdade de expressão. Primeiro, ele não regula conteúdo individual, regula os mecanismos das plataformas. Em segundo, o Governo não vai ter interferência na postagem dos indivíduos, nenhuma governo, porque isso seria antidemocrático, o projeto não fala disso. Em terceiro, o projeto prevê que as plataformas tenham transparência e possam prestar contas sobre seus métodos de moderação de conteúdo e algoritmo de recomendação. Sabe o que isso significa? Proteção do direito individual de liberdade de expressão", explicou pastor Henrique Vieira.

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O debate do PL 2630 ganhou força após a onda de atentados em escolas brasileiras. Os atos criminosos eram articulados em redes sociais, sem qualquer interferência das  corporações por elas responsáveis. "O que me traz aqui é uma pauta conservadora. Eu falo da defesa da vida de crianças e adolescentes, que têm sido alvo de todo tipo de ameaça, atentado e cooptação pelas redes sociais. Não há nenhum tipo de censura nesse projeto de lei 2630, o qual tive o privilégio de ler. Me causa espanto saber que deputados da frente parlamentar evangélica, que primam por causas e pautas conservadoras estão agora contra a pauta mais conservadora desse Congresso Nacional, que é a defesa de crianças e adolescentes", comentou o pastor Dusilek, da Igreja Batista.

O pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda de São Paulo, também se posicionou a favor do PL das Fake News. "Nenhum pastor deve ter medo do Projeto de Lei 2630, porque quem fala a verdade está acima do alcance da Lei. Os ambientes religiosos têm que ser ambientes da verdade, dacompaixãoo, da serenidade, que promover irmandade e, principalmente, o cuidado e o zelo com aqueles que estão em uma posição vulnerável ou menos informada", disse.

Gondim também disse que a internet não pode ser um "campo selvagem". "As plataformas digitais nao podem pautar um país inteiro. O Brasil é um país soberano  nós brasileiros precisamos dizer que as plataformas digitais não vão ser um campo selvagem, um campo que ninguém sabe o que está acontecendo", concluiu.

Audiência

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados promoverá, na próxima quinta-feira (4), uma audiência sobre a disseminação de fake news e de discursos de ódio na internet. O encontro acontecerá às 10h, no Plenário 11.

Os escritor John Le Carré e os atores Benedict Cumberbatch e Keira Knightley estão entre 282 grandes nomes das artes e da cultura britânica que defendem, em carta publicada nesta sexta-feira, a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).

O manifesto foi publicado nos jornais The Daily Telegraph e The Guardian a menos de um mês da votação, em 23 de junho, sobre a permanência britânica no bloco de 28 países.

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"O Reino Unido não é apenas mais forte na Europa, é mais imaginativo e criativo. Nosso êxito artístico mundial se veria seriamente comprometido por uma saída da UE", afirmam os signatários.

"Abandonar a Europa seria um salto no desconhecido para milhões de pessoas que, em todo o Reino Unido, trabalham em campos artísticos e para milhões de outras pessoas que, aqui e no exterior, se beneficiam do crescimento e do dinamismo do setor cultural britânico", completa a carta.

Além dos já citados, entre os signatários também estão os atores Bill Nighy, Chiwetel Ejiofor, Kristin Scott Thomas, Helena Bonham Carter e Derek Jacobi; o grupo Franz Ferdinand e a cantora Paloma Faith, a estilista Vivienne Westwood e os escritores Tom Stoppard e Hilary Mantel.

Uma pesquisa com integrantes da Federação de Indústrias Criativas da Grã-Bretanha mostrou que 96% deles desejam permanecer na UE, por conta do acesso ao mercado europeu, dos subsídios, da livre circulação e da influência que isto representa.

O manifesto foi divulgado no fim de uma semana em que os defensores da continuidade na UE abriram vantagem nas pesquisas, 55% a 45%, segundo a média das sondagens realizada pelo instituto What UK Think.

No setor artístico, o ator Michael Caine é o nome mais famoso que se pronunciou a favor da saída da UE.

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