O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Claudio Costa, anunciou, nesta quinta-feira (21), que “inserções indevidas, como deboches e brincadeiras” devem ser punidas nas redações do próximo edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, conforme informações do Portal IG, haverá alterações no modelo de correção dos textos.
As redações, como as divulgadas esta semana, em que os candidatos escreveram 'receita de miojo' e 'hino do Palmeiras' não serão corrigidas. De acordo com Costa, é necessário que os deboches sejam punidos em respeito aos candidatos que realizam a prova de forma séria. Em depoimento ao IG, o presidente do Inep disse que a correção “vai dar mais trabalho aos corretores, claro, mas estou convencido de que será necessário”.
##RECOMENDA##Atualmente, o edital do Enem não tem como previsão a eliminação de estudantes que mantêm o raciocínio no contexto geral da redação. Segundo Costa, boa parte dos “feras” faz o exame sob pressão, e, no universo pedagógico, esquecimentos ou desvio do tema podem acontecer. “Mas o que coloca deliberadamente esse tipo de coisa tem de ser penalizado. A correção não é feita ao acaso. E elas foram tão corretas que as notas foram parecidas”, completa o presidente, conforme informações do IG. Dados do Inep mostram das 4,1 milhões de redações corrigidas, apenas 300 tiveram informações inseridas indevidamente.
Técnicos do Inep ainda farão, em trabalho conjunto com organizadores das provas do Enem, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da UnB (Cespe) e a Cesgranrio, um debate sobre a os padrões de correção das redações. Os editais do exame aceitam deslizes feitos pelos estudantes durante o texto, como por exemplo, erros de concordância ou grafia, porém, isso não desqualifica os textos bons.
Sendo assim, segundo informações do IG, casos como os divulgados pelo jornal O Globo em que textos nota 1000 (a escala varia de 0 a 1000) apresentavam erros de grafia das palavras, como “trousse”, podem ocorrer. De acordo com o Inep, somente 1,7% das redações do Enem alcançaram mais de 900 pontos, e dessas, 2 mil receberam nota máxima.
Com informações do Portal IG