Tópicos | Datagro

No dia seguinte à eleição que definiu Jair Bolsonaro (PSL) como seu sucessor no comando do Planalto, o presidente Michel Temer (MDB) pediu respeito à Constituição como forma de garantir a estabilidade política e pacificação do Brasil.

"Todos aqui estamos cientes e conscientes de que para ter estabilidade social, para ter estabilidade política, para ter a pacificação nacional, e isso é fundamental, é preciso cumprir rigorosamente a Constituição", disse o emedebista ao discursar em congresso do setor de açúcar e etanol promovido pela Datagro, em São Paulo.

##RECOMENDA##

Após citar que uma das finalidades da Constituição é harmonizar as relações sociais, Temer reafirmou que o texto constitucional impõe que, após o desfecho das eleições, os eleitos governem respeitando os direitos das minorias, ao passo que as minorias - ou seja, a oposição - não devem atrapalhar a maioria.

"A oposição não pode ter significado político de destruir o governo eleito", declarou Temer.

A dois meses de concluir seu mandato, o presidente fez um discurso de exaltação dos feitos de seu governo e cobrou a continuidade da agenda da atual gestão. "Vejo com muita satisfação que vários setores do governo eleito já dizem que certas coisas têm que continuar. Esperamos que assim seja", assinalou o presidente.

Ao tratar da transição entre governos, Temer disse que todas as realizações feitas nos últimos dois anos estão documentadas para serem entregues à equipe de Bolsonaro. "Vamos exigir que não haja descontinuidade. Pelo contrário, que haja continuidade."

Entre as reformas que precisam prosseguir, citou o regime que estabeleceu um teto aos gastos públicos e a atualização da legislação trabalhista que, segundo ele, trouxe o Brasil de volta ao século 21. Ao defender essa última medida, Temer comentou que as contratações cresceram "enormemente" nos últimos meses, citando a geração de 110 mil e 137 mil postos de trabalho em agosto e setembro, respectivamente. A expectativa, emendou, é que o ano feche com mais de 1 milhão de carteiras assinadas. Dirigindo-se ao público do evento, prometeu cobrar da equipe de transição do presidente eleito que o setor de biocombustível continue sendo prestigiado.

Mais uma vez, Temer, numa referência às denúncias feitas pelo empresário Joesley Batista, lamentou a não aprovação da reforma da Previdência, atribuída a uma "trama monumental" que interrompeu a apreciação da matéria pelo Congresso.

Apesar disso, o presidente salientou que a reforma das aposentadorias entrou na pauta política. Nesse ponto, lembrou que hoje se discute se a reforma da Previdência será feita nos próximos dois meses ou se será deixada para o próximo governo.

O presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari, disse que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, tem uma visão pró-mercado, defende uma política que estimula a produção agrícola, com agregação de valor e preservação das atividades. Nastari promoveu na última sexta-feira, 29, um jantar em sua residência, e disse que foram essas as impressões transmitidas pela presidenciável.

Além de Marina, o jantar contou com a presença de 57 lideranças dos mais variados segmentos do agronegócio. "Foi um encontro leve, agradável, e acho que a avaliação é bem positiva a respeito da candidata."

##RECOMENDA##

O presidente da Datagro consultoria, Plínio Nastari, anunciou nesta terça-feira pouco que a demanda pelo etanol brasileiro deve aumentar em 2,8 bilhões de litros na safra de 2013/14. Segundo a projeção anunciada durante o 21º Seminário da Organização Internacional do Açúcar (OIA), a elevação será resultado do aumento da mistura de etanol à gasolina brasileira e das compras crescentes dos Estados Unidos

Nastari disse que "é provável" que o governo brasileiro altere a mistura de etanol dos atuais 20% para 25% em 1º de maio ou 1º de junho de 2013. "Se isso acontecer, haverá um aumento da demanda de 1,8 bilhão de litros de etanol para a safra de 2013 e 2014", disse. "Além disso, há uma demanda maior nos Estados Unidos. Na próxima safra, é provável que a demanda aumente em 1 bilhão de litros", completou.

##RECOMENDA##

Segundo o presidente da Datagro, os dois fatores deverão, juntos, aumentar a demanda por etanol em 2,8 bilhões de litros. Para Nastari, isso exigirá 36 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. "Há essa indicação de que o volume seja maior que a deste ano, com 36 milhões de toneladas a mais para o etanol. Por isso, é muito provável que a lavoura seja mais orientada para o etanol", disse durante o seminário.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando