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Em Pernambuco para um encontro com empresários, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o país deixará de ter crises e recessões constantes. Segundo ele, isso se dará porque agora o Brasil tem um teto de gastos públicos estabelecido por lei. 

"Saímos da recessão mais longa da história, por conta do teto de gastos. As crises periódicas agora deixarão de existir", declarou, durante a palestra "Conquistas da economia e desafios para 2018" para uma plateia com cerca de 150 membros do Grupo de Líderes Empresariais em Pernambuco (Lide-PE). 

Meirelles iniciou a palestra dizendo que a recessão que o país viveu foi enorme, mas agora já se pode fazer projeções de futuro. "Foi uma recuperação de fato robusta e consolidada", afirmou. Sob a ótica dele, "temos uma tendência de crescimento forte agora". Meirelles também acredita que o país crescerá de forma sólida e, de acordo com dados apresentados pelo ministro, o controle das despesas públicas foi importante para a recuperação do crescimento. 

Para o auxiliar do presidente Temer, isso fez com que o  mundo empresarial confiasse no Brasil e as famílias investissem em bens duráveis. "Qual é o investimento para uma família, além da casa própria? O consumo de bens duráveis. A família compra quando tem confiança que vai pagar as prestações", declarou. 

Fazendo uma espécie de discurso de despedida, já que pretende deixar a pasta para disputar a Presidência em outubro, Meirelles apresentou um balanço do resultado das ações da pasta da Fazenda. Ele destacou o crescimento dos empregos. "Um número grande de brasileiros que estavam fora do mercado estavam desanimados, depois que viram a economia crescer mais de 1 milhão de brasileiros procurou empregos de carteira assinada e passou a estar no mercado", frisou. Segundo ele a expectativa é de 2 milhões de empregos novos em 2018.

Destrinchando um panorama de Pernambuco, Meirelles ressaltou a recuperação da indústria, hipermercados e venda de veículos. "São setores que já recuperaram aquilo que perderam", salientou.

Agenda de reformas

A mudança na economia do país, de acordo com Meirelles, se deu pela agenda de reformas, como as mais polêmicas, entre elas a trabalhista, terceirização e a adesão ao clube de Paris. "Grupo de países credores do FMI, que já fomos devedores. Muitos não sabem, mas o Brasil emprestou para Moçambique, Venezuela e países da Ásia, na gestão passada. Estamos conseguindo agora cobrar essas dívidas. O Brasil está mudando de patamar", detalhou. Além do teto de gastos já mencionado por ele, a mudança no Fies e a recuperação fiscal dos estados.

O auxiliar de Temer também destrinchou sobre as mudanças que o Governo já pautou. Entre elas está a privatização da Eletrobrás, simplificação tributária. Assunto em alta em Pernambuco, ele comparou a venda dos ativos da estatal com a da Telebras. 

"Boa parte dos recursos será aliviada aqui para a revitalização do São Francisco, que é muito importante. No setor energético está acontecendo o mesmo que nas telecomunicações", observou. 

Também participam do almoço-debate, o presidente do Lide-PE, Drayton Nejaim, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Adalberto Melo, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Marcelo Barros, além de políticos como os deputados estaduais Silvio Costa Filho (PRB), Priscila Krause (DEM) e Lucas Ramos (PSB). 

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