Tópicos | Crea-RJ

O guarda-corpo do qual a menina argentina Camila Palacios Busnelli, de três anos, caiu no sábado, no terminal 2 do aeroporto internacional do Galeão, não obedece às regras da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT). Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Rio (CREA-RJ), a distância entre a escada rolante e a estrutura metálica do guarda-corpo é de quase 20 centímetros, e deveria ser, no máximo, de onze.

"Se a norma da ABNT, de agosto de 2001, tivesse sido observada, provavelmente a menina não teria caído", disse o presidente do CREA-RJ, Agostinho Guerreiro. "Em outros prontos do aeroporto próximos a escadas rolantes, nossos técnicos verificaram vãos ainda maiores do que 20 cm. Se não forem tomadas medidas urgentes, novos acidentes poderão acontecer."

##RECOMENDA##

Camila caiu de uma altura de aproximadamente sete metros quando brincava com os dois irmãos mais velhos. A família embarcaria para a Argentina depois de uma viagem turística. A polícia acredita que ela tenha se apoiado no corrimão da escada rolante e tenha sido puxada para baixo. Como o vão era muito grande, o corpo dela passou pelo buraco e ela caiu na hora.

Camila teve traumatismo craniano e de face e continua internada no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio. Seu quadro é estável, e ainda inspira cuidados.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) decidiu hoje manter a cassação do registro do engenheiro mecânico Luis Soares Santiago. Ele era o responsável técnico do Parque Gloria Center, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, onde duas pessoas morreram após falha em um dos brinquedos em 2011.

O profissional havia entrado com recurso, após ter o registro cassado em agosto do ano passado pela Câmara de Engenharia Mecânica do Crea-RJ, por negligência, imprudência e imperícia.

##RECOMENDA##

Dos 58 conselheiros que participaram da votação, que durou aproximadamente 45 minutos, 49 apoiaram a manutenção da decisão anterior, dois foram contrários à cassação e sete se abstiveram de votar. O engenheiro tem 60 dias para recorrer da decisão junto ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Nem ele e nem o advogado compareceram a votação.

No dia 14 de agosto de 2011, parte do brinquedo "Tufão" se soltou no parque. Alessandra Aguilar, de 17 anos, morreu após ser atingida por um dos carrinhos. O adolescente Victor Alcântara Oliveira, de 16, chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto com traumatismo craniano, mas morreu dois dias depois.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando