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A China vai revogar a quarentena obrigatória para todos os que viajarem para o país asiático a partir de 8 de janeiro — anunciaram as autoridades sanitárias nesta segunda-feira (26), uma medida que se soma ao levantamento da maioria das restrições anticovid, adotado no início de dezembro.

A partir do mês que vem, vai-se exigir apenas um teste negativo recente de todos que quiserem ingressar em território chinês, informou em um comunicado a Comissão de Saúde, órgão com funções equivalentes às de um ministério.

O setor turístico da China permanece prejudicado pois este é o único grande país do mundo a exigir quarentena para quem viaja ao seu território.

Atualmente, o confinamento dura cinco dias e é seguido por observação domiciliar por três dias.

A Comissão de Saúde não considera mais a Covid-19 como pneumonia, mas uma doença "contagiosa" menos perigosa.

Antes, as autoridades chinesas haviam reduzido pela metade a duração da quarentena obrigatória para os recém-chegados no país, de 21 para 10 dias.

No entanto, as fronteiras da China estão praticamente fechadas desde o início da pandemia, em janeiro de 2020. Desde então, o país reduziu drasticamente a concessão de vistos de turismo e as conexões aéreas com outros países.

As mortes causadas pela pandemia de Covid-19 deixaram 40.830 crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil, segundo estudo publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para os autores da pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (26) pela Fiocruz, houve atraso na adoção de medidas necessárias para o controle da doença, e isso provocou grande número de mortes evitáveis.

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Os resultados obtidos pelos pesquisadores podem ser consultados em artigo publicado em inglês, em 19 de dezembro. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 2020 e 2021, e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) entre 2003 e 2020.

Coordenador do Observatório de Saúde na Infância, iniciativa da Fiocruz com a Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Cristiano Boccolini alerta que essas crianças e adolescentes necessitam, com urgência, da adoção de políticas públicas intersetoriais de proteção.

"Considerando a crise sanitária e econômica instalada no país, com a volta da fome, o aumento da insegurança alimentar, o crescimento do desemprego, a intensificação da precarização do trabalho e a crescente fila para o ingresso nos programas sociais, é urgente a mobilização da sociedade para proteção da infância, com atenção prioritária a este grupo de 40.830 crianças e adolescentes que perderam suas mães em decorrência da covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia", afirma o pesquisador, que é um dos autores da pesquisa.

A morte de um dos pais, e em particular da mãe, está ligada a desfechos adversos ao longo da vida e tem graves consequências para o bem-estar da família, acrescenta a pesquisadora do Laboratório de Informação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Celia Landmann Szwarcwald. 

"As crianças órfãs são mais vulneráveis a problemas emocionais e comportamentais, o que exige programas de intervenção para atenuar as consequências psicológicas da orfandade."

O dado sobre órfãos é uma parte da análise dos pesquisadores sobre a mortalidade causada pela pandemia de covid-19 em toda a população. Outro ponto destacado pelo estudo é que a covid-19 foi responsável por mais que um terço de todas as mortes de mulheres relacionadas a complicações no parto e no nascimento.

Os pesquisadores calculam que, em 2020 e 2021, a covid-19 foi responsável por quase um quinto (19%) de todas as mortes registradas no Brasil. Durante o pico da pandemia, em março de 2021, o país chegou a contabilizar quase 4 mil óbitos pela doença por dia, número que supera a média diária de mortes por todas as causas em 2019, que foi de 3,7 mil.

Desigualdades

O estudo indica ainda que a mortalidade entre analfabetos chegou a ser de 38,8 mortes a cada 10 mil pessoas, enquanto a média da população brasileira foi de 14,8 mortes para cada 10 mil pessoas.

Para estimar o impacto da escolaridade na mortalidade por covid-19, os pesquisadores utilizaram dados de óbitos pela doença e a distribuição da população brasileira por nível de escolaridade da Pesquisa Nacional de Saúde. Os resultados mostram que entre adultos analfabetos a mortalidade por covid-19 foi três vezes maior que entre aqueles que concluíram o ensino superior.

A pesquisadora da Fiocruz Wanessa da Silva de Almeida lembra que a escolaridade e outras características socioeconômicas afetam o prognóstico da covid-19 e outras doenças. "A desigualdade socioeconômica acarreta iniquidades no acesso aos serviços de saúde e, consequentemente, dificuldades no diagnóstico oportuno e no tratamento dos casos."

Os autores do estudo destacam que o maior peso da mortalidade nos indivíduos de menor escolaridade reflete o impacto desigual da epidemia nas famílias brasileiras socialmente desfavorecidas, sendo ainda maior entre as crianças e adolescentes que se tornaram órfãs e perderam um dos provedores do sustento da família. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta segunda-feira (26), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco, com dados acumulados do final de semana. Foram confirmados 1.066 novos casos da Covid-19, além de três óbitos.

Dos novos registros, 15 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.051 são leves. Pernambuco totaliza 1.118.075 casos confirmados da doença, sendo 60.560 graves e 1.057.515 leves.

No boletim de hoje também constam três mortes, ocorridas entre os dias 24 de novembro deste ano e 4 de dezembro. Com isso, o Estado totaliza 22.560 mortes pela Covid-19.

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A Comissão Nacional de Saúde da China, que tem status de ministério, anunciou neste domingo (25) que não publicará mais os números diários de casos e mortes por covid, como acontecia desde o início de 2020.

A instituição não divulgou nenhuma explicação para a medida, mas os dados já não refletiam a onda de contágios sem precedentes que afeta a China desde 7 de dezembro, data em que o governo flexibilizou as severas medidas de saúde da política de "covid zero".

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Antes, os exames PCR, que eram quase obrigatórios, permitiam monitorar com segurança a tendência da epidemia.

Atualmente, as pessoas infectadas fazem testes em casa e normalmente não comunicam os resultados às autoridades, o que impossibilita a compilação de números confiáveis.

"A partir de hoje, não publicaremos mais os dados diários sobre a epidemia", afirmou a Comissão Nacional de Saúde.

A comissão acrescentou que o Centro Chinês para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) publicará informações sobre a epidemia, para possibilitar referências e pesquisas, mas sem especificar quais dados serão divulgados ou a frequência dos balanços.

Os chineses, que constataram a discrepância entre o nível de contágios e as estatísticas, receberam o anúncio com sarcasmo.

"Finalmente acordaram e perceberam que não podem enganar as pessoas com números subestimados", escreveu um cidadão na rede social Weibo.

Outra pessoa comemorou a notícia ao afirmar que a comissão "era o maior escritório de fabricação de estatísticas falsas do país".

Um terceiro perguntou sobre os funcionários dos crematórios. "Eles estão sobrecarregados? Eles podem falar?".

Muitos funcionários de crematórios entrevistados nos últimos dias pela AFP relataram um aumento expressivo do número de cadáveres. Uma situação que foi ignorada em grande medida pela imprensa chinesa.

Os meios de comunicação do país abordaram, em certa medida, a tensão nos hospitais e escassez de medicamentos contra a febre.

Outra controvérsia que desacreditou as estatísticas oficiais foi a nova metodologia imposta pelo governo: apenas as pessoas que morrem como vítimas diretas de insuficiência respiratória vinculada ao vírus são contabilizadas como óbitos por covid-19.

Desde que as restrições foram suspensas no país, as autoridades chinesas notificaram apenas seis mortes por covid.

Em Qingdao, uma cidade de 10 milhões de habitantes no leste do país, meio milhão de pessoas são infectadas diariamente com a covid, segundo uma autoridade local de saúde.

Meio milhão de pessoas são infectadas diariamente com a Covid-19 na cidade chinesa de Qingdao, informou uma autoridade local de saúde, em um raro e rapidamente censurado reconhecimento da onda de infecções que não aparece nas estatísticas oficiais.

A China começou a suspender este mês os principais elementos de sua estratégia de 'covid zero', com o fim dos confinamentos, quarentenas e restrições de viagens.

As prateleiras das farmácias em todo o país estão quase vazias, os hospitais lotados e os crematórios e funerárias mal conseguem acompanhar o surto da doença.

O fim dos testes obrigatórios impossibilita o rastreamento dos contágios. As autoridades modificaram a definição médica de morte por Covid-19, o que, segundo especialistas, reduzirá o número de óbitos atribuídos ao vírus.

Um veículo de comunicação ligado ao Partido Comunista em Qingdao, leste do país, citou na sexta-feira uma declaração do secretário municipal de Saúde, segundo a qual a cidade registra "entre 490.000 e 530.000" novos casos diários de Covid-19.

- "Rápida transmissão" -

A localidade costeira, de quase 10 milhões de habitantes, enfrenta "um período de rápida transmissão e se aproxima do pico", declarou Bo Tao. O secretário projeta a aceleração da taxa de infecção a 10% durante o fim de semana.

A informação sobre Qingdao foi compartilhada por vários meios de comunicação, mas neste sábado parecia ter sido editada para suprimir o número de contágios.

A Comissão Nacional da Saúde (CNS) informou neste sábado que o país registrou na sexta-feira 4.103 novos contágios de coronavírus, sem mortes.

Na província de Shangdong, onde fica Qingdao, as autoridades anunciaram oficialmente apenas 31 novos contágios.

O governo chinês controla a imprensa, com legiões de censores na internet que suprimem os conteúdos considerados politicamente sensíveis.

A maior parte da imprensa controlada pelo governo minimiza a gravidade da onda de contágios e ressalta uma mudança de política apontada como lógica e coordenada.

Mas o governo da província de Jiangxi (leste) anunciou nas redes sociais na sexta-feira que 80% de sua população - quase 36 milhões de pessoas - pode ser infectada até março.

Nas últimas duas semanas, até quinta-feira, mais de 18.000 pacientes foram internados em centros médicos da província, incluindo quase 500 casos graves, mas nenhuma morte foi registrada, segundo as autoridades.

- "Sem precedentes" -

Vários indícios apontam que o sistema de saúde está sob pressão, como o fato de algumas autoridades regionais terem alertado recentemente que o pior ainda está por vir.

A cidade industrial de Dongguan, sul do país, anunciou na sexta-feira que, segundo os dados recebidos, até 300.0000 novas infecções estão sendo registradas a cada dia. Além disso, o ritmo "é cada vez mais rápido".

"Muitos recursos e profissionais da saúde estão enfrentando desafios muito duros e uma pressão gigantesca, algo que não tem precedentes", destacou a secretaria de Saúde da cidade, 10,5 milhões de habitantes, em um comunicado.

A secretaria também publicou um vídeo que mostra pacientes conectados a soros, em uma fila do lado de fora de uma clínica, e um médico dormindo em sua mesa após longas jornadas de trabalho.

Uma autoridade de saúde de Hainan disse na sexta-feira que a província pode atingir o pico de infecções "em breve". Em Xangai (leste), mais de 40.000 pacientes estão sendo tratados por "febre", informou o Diário do Povo, jornal ligado ao governo, neste sábado.

Em Chongqing, cidade de de 32 milhões de habitantes, as autoridades iniciaram uma campanha para administrar vacinas inaláveis nos moradores, enquanto os hospitais estão superlotados, com muitos idosos infectados pela covid-19.

Os municípios pernambucanos estão autorizados, a partir desta sexta-feira (23), a iniciar a imunização de todas as crianças de 6 meses a 2 anos (2 anos, 11 meses e 29 dias), independente de comorbidades, contra a Covid-19. A definição foi discutida e aprovada pelos membros do Comitê Técnico Estadual de Acompanhamento da Vacinação e pactuada com os representantes municipais. A estratégia de vacinação foi ampliada devido à baixa procura nos postos de vacinação e a presença de doses do imunizante nos estoques dos municípios. Em Pernambuco, 330.378 crianças estão contempladas por fazer parte desta faixa etária.

“Com um pouco mais de 1 mês do início da vacinação das crianças de 6 meses a 2 anos, mesmo com algumas especificidades dentro dessa faixa etária, foi identificada a baixa procura pela proteção ofertada pela vacina, e consequentemente, a cobertura vacinal não tem avançado em nosso território. Gestores municipais buscaram o Programa Estadual de Imunizações para solicitar uma análise quanto ao avanço da estratégia estadual em relação à vacinação infantil contra a Covid-19, e, diante do baixo número de vacinados, o Comitê Técnico analisou e decidiu ampliar para toda a população contemplada para estimular o acesso ao imunizante e proteger um contingente populacional suscetível a doença respiratória”, afirmou a superintende de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

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Diferentemente dos demais grupos populacionais, as crianças menores de 3 anos devem receber a proteção contra o novo coronavírus em três doses, sendo as duas primeiras com intervalo de, no mínimo, 3 semanas (21 dias), seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos 2 meses (8 semanas) após a segunda dose.

“A ampliação da vacinação para este público já era uma pauta de recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), porém o baixo quantitativo de doses disponíveis nos impedia de fazer grandes avanços de imediatos. Analisando nosso cenário atual, com baixa cobertura vacinal e doses disponíveis, além da circulação do vírus, se faz necessária essa ampliação do acesso para promoção da proteção dos meninos e meninas de nosso Estado”, explica o secretário estadual de Saúde, André Longo.

A única remessa do imunobiológico Pfizer Baby, encaminhada pelo Ministério da Saúde (MS) para uso exclusivo desta população, com 47 mil doses foi recebida no último mês de novembro. Anteriormente, estava autorizada em Pernambuco a vacinação de crianças de 6 meses a menores de 2 anos com comorbidades e bebês de 6 a 11 meses de idade sem comorbidades. Considerando este contexto, até esta quinta-feira (22), os municípios informaram ao Programa Estadual de Imunizações a aplicação de apenas 5.342 doses, atingindo 1,62% de cobertura vacinal para a primeira dose.

A partir desta segunda-feira (26), os bebês com 1 e 2 anos de idade sem comorbidades poderão receber a vacina contra Covid-19 na capital pernambucana. A imunização deste novo grupo será feita mediante cadastro e agendamento no site https://conecta.recife.pe.gov.br/ ou aplicativo do Conecta Recife, que estará disponível a partir das 12h deste sábado (24). A capital pernambucana tem 42.163 meninos e meninas nesta faixa etária.

A imunização do novo público será feita em cinco Centros de Vacinação da cidade: Shoppings Recife, em Boa Viagem; Riomar, no Pina; Boa Vista, na área central da cidade; Tacaruna, em Santo Amaro; e Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte. A vacina será aplicada de domingo a domingo, mediante agendamento.

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A definição de ampliar a vacinação dos bebês foi discutida e aprovada pelos membros do Comitê Técnico Estadual de Acompanhamento da Vacinação, durante reunião realizada nesta sexta-feira (23). A decisão foi baseada na baixa procura nos postos de vacinação e na presença de doses do imunizante nos estoques.

De acordo com a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina utilizada para o público de 1 e 2 anos de idade sem comorbidades será a Pfizer Baby, que possui um frasco com a tampa na cor vinho e é diferente dos demais imunizantes do laboratório.

O esquema vacinal dos bebês será feito em três doses: sendo as duas primeiras com intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos 2 meses (8 semanas) após a segunda dose. É importante frisar que a vacina contra covid-19 pode ser aplicada sem necessidade de intervalo entre os demais imunobiológicos do Calendário de Vacinação de Rotina.

No ato do cadastro, é preciso anexar documento oficial da criança, comprovante de residência em nome de um dos pais ou responsável legal, documento oficial que comprove filiação/responsabilidade. Os pais ou responsáveis devem estar presentes no momento da vacinação e munidos de documento de identificação do adulto e da criança, além do comprovante de residência do Recife.

Em caso de ausência de pais ou responsáveis, a vacinação deve ser autorizada por um termo de consentimento por escrito, cujo modelo oficial da Secretaria também está disponível no Conecta Recife. Para esses casos, além do termo de autorização, a pessoa que for acompanhar a criança deve levar documento que comprove a relação de parentesco, bem como o documento da criança e o comprovante de residência.

No Recife, o registro das doses anticovid desta população será efetuado na caderneta ou cartão de vacina que a criança já possua e é destinado à anotação de outras vacinas do calendário infantil. No dia da vacinação, os meninos e meninas também ganham um Certificado de Criança Super Vacinada, uma forma de estimular a garotada na hora da aplicação da vacina. No Certificado, o MC Gotinha ostenta uma capa de super-herói e o documento traz dizeres de incentivo em linguagem jovem e contemporânea.

Da assessoria

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta sexta-feira (23), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 1.546 novos casos da Covid-19, além de quatro óbitos.

Dos novos registros, 10 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.536 são leves. Pernambuco totaliza 1.117.009 casos confirmados da doença, sendo 60.545 graves e 1.056.464 leves.

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No boletim de hoje também constam quatro mortes, ocorridas entre os dias 19 de abril de 2021 e 6 de dezembro deste ano. Com isso, o Estado totaliza 22.557 mortes pela Covid-19.

 

A venda do medicamento Lagevrio (molnupiravir), utilizado no tratamento da Covid-19, para farmácias e hospitais particulares do país foi aprovada por unanimidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão, tomada nessa quinta-feira (22), autoriza o fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem em inglês, porém com entrega da bula e folheto informativo aos pacientes abordando as informações referentes à gravidez e lactação, em português.

A bula em português também estará disponível nos sites institucional da MSD Brasil e no global, também será possível escanear o código QR no rótulo do produto que direcionará para o site global da empresa com acesso às bulas.

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A venda em farmácias deve ser realizada, sob retenção de receita médica e uma via da Receita de Controle Especial deve ficar retida no estabelecimento, com dispensa e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento. 

“A aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido. A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”, justificou a Anvisa em nota.

Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas. “Para ajudar a prevenir a progressão da doença, internações hospitalares e mortes, os medicamentos antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto diagnóstico da infecção”, afirmou a diretora. Ela reiterou que o tratamento não substitui a vacinação.

“Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela Covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas as vacinas aprovadas pela Anvisa”, acrescentou Meiruze Freitas.

Estados de todas as regiões do país registram aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de acordo com o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (22). Com a proximidade das celebrações de final de ano, a recomendação é manter os cuidados em relação a situações de risco de infecção.

Os dados, referente ao período de 11 a 17 de dezembro, indicam crescimento dos casos em todas as faixas etárias, com maior destaque na população adulta. A predominância é de casos de covid-19. 

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De acordo com o boletim, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 80,2% Sars-CoV-2 (covid-19). Entre as mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para VSR; e 80,2% Sars-CoV-2.

O estudo mostra crescimento na tendência de longo prazo, ou seja, consideradas as últimas seis semanas, e estabilidade na de curto prazo, consideradas as últimas três semanas. Foi mantida, no entanto, a desaceleração na curva nacional, que segundo a Fiocruz, pode ser atribuída à queda recente nos casos de SRAG nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Diante dessa situação, a recomendação do coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes é manter a cautela, especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves. Segundo ele, o uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações deve ser mantido até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2.

O boletim mostra que 20 das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Nesses estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, compatível com aumento de internações associadas à covid-19.  Já nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo, observa-se a queda no número de novos casos semanais.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta quinta-feira (22), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 2.390 novos casos da Covid-19, além de cinco óbitos.

Dos novos registros, 20 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.370 são leves. Pernambuco totaliza 1.115.463 casos confirmados da doença, sendo 60.535 graves e 1.054.928 leves.

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No boletim de hoje também constam três cinco, ocorridas entre 22 de novembro deste ano e o último sábado (17). Com isso, o Estado totaliza 22.553 mortes pela Covid-19.

Conectado a um tubo respiratório debaixo de várias mantas, um homem infectado com Covid-19 geme em um leito no serviço de emergências de um hospital de Chongqing, no centro da China.

O vírus se espalha nesta cidade e por todo o país e o número de casos aumenta. As autoridades afirmam que é impossível monitorar os contágios após o abandono abrupto dos testes em massa, das restrições de viagens e dos confinamentos aplicados desde o início da pandemia.

Um paramédico do Primer Hospital Universitário Afiliado de Chongqing confirma que o idoso tem covid. Todos os dias, eles recebem uma dezena de pessoas, das quais 80%-90% estão infectadas com o coronavírus.

"A maioria são idosos", diz ele, durante seu turno nesta quinta-feira.

"Muitos dos funcionários do hospital também estão positivos, mas não temos outra opção a não ser continuar trabalhando", acrescenta.

O paciente mais velho esperou meia hora para ser atendido. Em uma sala contígua, a equipe da AFP viu outras seis pessoas doentes acamadas, cercadas por médicos e familiares preocupados.

Em sua maioria, também são pessoas de idade avançada e, segundo um médico, "basicamente" pacientes com covid. Cinco estão conectados a ventiladores e com claras dificuldades respiratórias.

Milhões de idosos na China ainda não completaram o esquema de vacinação, o que aumenta o medo de uma morte em massa desse grupo, devido ao vírus. Sob as novas instruções do governo, porém, muitos não serão contabilizados como vítimas da pandemia.

Antes, as pessoas que morriam enquanto infectadas eram registradas como óbitos por covid-19. Agora, serão contabilizados apenas quem morrer por insuficiência respiratória como consequência direta da infecção.

“As pessoas mais velhas têm outras patologias prévias. Apenas um número muito pequeno morre diretamente de insuficiência respiratória causada pela covid”, alegou uma autoridade de saúde esta semana.

Um médico ouvido pela AFP confirmou que parte significativa dos leitos está ocupada por pacientes com covid, mas evitou dar mais detalhes. A AFP não conseguiu acesso ao departamento de pacientes respiratórios críticos.

- Crematórios ocupados -

Em um enorme crematório na zona rural da cidade, uma longa fila de veículos esperava nesta quinta-feira para estacionar dentro do complexo funerário.

Dezenas de familiares se reuniam em grupos, alguns carregando urnas de madeira, em meio ao barulho dos gongos fúnebres e ao cheiro de incenso.

Quatro famílias disseram à AFP que seus parentes não morreram de covid, mas de doenças prévias. Um homem de meia-idade contou, no entanto, que um parente de idade avançada faleceu após testar positivo para o vírus.

"Tenho estado constantemente ocupado", diz um motorista funerário. "Trabalhamos mais de dez horas por dia com poucas pausas", acrescenta.

"Recentemente, o número de cremações tem sido muito alto", relata um funcionário de outro crematório da cidade.

"Não é possível colocar os corpos nas geladeiras, eles devem ser cremados no mesmo dia", completou.

Um motorista de táxi diz que muita gente já foi infectada, incluindo ele, toda sua família e a maioria de seus amigos.

"Não tivemos escolha a não ser nos tratarmos em casa", afirmou à AFP. Para ele, a China "deveria ter reaberto há muito tempo".

"A covid não é nada do outro mundo. A maioria das pessoas se contamina e segue em frente", minimizou.

A agência americana de medicamentos (FDA) aprovou a comercialização do tocilizumabe - vendido sob o nome Actemra - para tratar a Covid-19 em adultos hospitalizados, anunciou nesta quarta-feira a farmacêutica suíça Roche.

Desde o começo da pandemia, o medicamento, destinado originalmente ao tratamento da artrite reumatóide, foi usado em mais de 1 milhão de pessoas internadas com Covid, e é aprovado para esse fim em mais de 30 países, ressaltou o grupo em seu comunicado.

Antes da sua homologação pela FDA, o anticorpo monoclonal intravenoso foi usado nos Estados Unidos com base em uma aprovação de emergência concedida em junho de 2021.

A Roche anunciou em abril que seu pedido de homologação nos Estados Unidos para o uso do medicamento em pacientes internados com Covid teria uma revisão prioritária, condição reservada a remédios para doenças graves com poucas opções de tratamento.

“Com o surgimento de novas variantes, os tratamentos aprovados pela FDA, incluindo o Actemra, continuam sendo fundamentais para dar continuidade à luta contra a Covid”, assinalou o diretor médico da gigante farmacêutica, Levi Garraway.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta terça-feira (20), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 1.664 novos casos da Covid-19, além de 11 óbitos.

Dos novos registros, 25 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.639 são leves. Pernambuco totaliza 1.110.980 casos confirmados da doença, sendo 60.511 graves e 1.050.469 leves.

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No boletim de hoje também constam 11 mortes, ocorridas entre o dia 11 de maio de 2021 e o último domingo (18). Com isso, o Estado totaliza 22.545 mortes pela Covid-19.

Os crematórios na China lutam para gerenciar a chegada de cadáveres, enquanto o país lida com um aumento de casos de Covid-19 que as autoridades já consideram impossível de rastrear.

Os contágios disparam na China, sobrecarregando os hospitais e deixando as prateleiras das farmácias vazias, após a decisão do governo de acabar com quase três anos de confinamentos, quarentenas e rastreios em massa.

Do nordeste ao sudoeste, trabalhadores de crematórios de todo o país disseram à AFP que não conseguem acompanhar o aumento das mortes.

Em Chongqing, cidade de 30 milhões de habitantes cujas autoridades pediram esta semana que pessoas com sintomas leves fossem trabalhar, um funcionário comentou à AFP que seu crematório ficou sem espaço para armazenar cadáveres.

"O número de corpos aumentou nos últimos dias", declarou, sem fornecer seu sobrenome.

"Estamos muito ocupados, já não há espaço refrigerado para guardar cadáveres", insistiu, embora sem relacionar diretamente este pico à covid.

Em Guangdong (sul), um funcionário de um crematório no distrito de Zengcheng disse à AFP que estavam cremando mais de 30 cadáveres por dia.

"Recebemos corpos enviados de outros distritos. Não há outra opção", relatou.

Outro incinerador da cidade também está "extremamente ocupado". "É três ou quatro vezes mais do que nos anos anteriores, estamos queimando cerca de 40 cadáveres por dia, quando antes era apenas uma dúzia", declarou um trabalhador.

"Toda Guangzhou está assim", acrescentou, que disse ser "difícil dizer" se este aumento está relacionado com a covid.

Na cidade de Shenyang, no nordeste do país, um agente funerário informou que os corpos demoravam até cinco dias para serem enterrados porque os crematórios estavam "absolutamente saturados".

Questionado se tinha relação com a covid, ele respondeu: "O que você acha? Nunca vi um ano como este."

- "Potencial de mutação" -

Na capital, as autoridades de Pequim registraram apenas 5 mortes por covid-19 nesta terça-feira, contra 2 na véspera.

Mas em frente ao crematório de Dongjiao, em Pequim, repórteres da AFP viram mais de uma dúzia de veículos esperando para entrar, a maioria carros funerários.

Um motorista na fila disse à AFP que esperava há várias horas.

Não estava claro se o engarrafamento era causado por um aumento nas mortes por covid e a equipe se recusou a responder às perguntas.

O fim dos testes obrigatórios dificulta o rastreamento de infecções.

As autoridades reconheceram na semana passada que era "impossível" saber a magnitude do surto epidêmico no momento.

Além disso, as autoridades de saúde do país disseram nesta terça-feira que apenas as mortes causadas diretamente por insuficiência respiratória provocada pelo vírus seriam incluídas nas estatísticas como vítimas da covid-19.

"Atualmente, depois de ser infectado com a variante ômicron, a principal causa de morte ainda são doenças anteriores", disse Wang Guiqiang, do Hospital da Universidade de Pequim, em uma coletiva de imprensa da Comissão Nacional de Saúde.

"As pessoas mais velhas têm outras patologias prévias, só um número muito reduzido morre diretamente de insuficiência respiratória causada pela covid", acrescentou.

O Departamento de Estado americano afirmou na segunda-feira que o aumento na China era uma preocupação internacional.

"Agora sabemos que sempre que o vírus se espalha, fica fora de controle, tem o potencial de sofrer mutações e ameaçar pessoas em todos os lugares", declarou o porta-voz Ned Price.

"O balanço do vírus é preocupante para o resto do mundo, dado o tamanho do PIB da China", acrescentou.

Os lares de idosos na China travam uma batalha difícil para proteger seus residentes da onda de infecções por coronavírus que varre o país, após o relaxamento da política de "covid zero".

Muitos deles se isolam do mundo exterior e obrigam seus funcionários a dormir no local, enquanto tentam conseguir remédios a qualquer custo.

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As autoridades alertaram que o número de casos pode aumentar rapidamente.

Zhou Jian, funcionário do Ministério da Indústria, disse na quarta-feira que o país está "fazendo todo o possível para aumentar a produção de medicamentos essenciais".

Especialistas temem que a China esteja mal equipada para lidar com a nova onda de infecções, já que o país abandona as rígidas medidas sanitárias que aplicou até agora, com milhões de idosos vulneráveis que ainda não receberam todas as doses da vacina.

Os lares de idosos foram deixados sozinhos, diz o diretor de um centro privado em Pequim, que pediu anonimato. Segundo ele, seu centro está "totalmente fechado" e só é permitida a entrada de alimentos e mercadorias. Ninguém pode entrar ou sair do edifício.

O centro encomendou suprimentos médicos "a um preço alto", mas uma semana depois eles ainda não haviam chegado, disse ele. Além disso, a rede de transporte da cidade está com problemas devido a casos de covid entre os entregadores.

Segundo o responsável pela residência, é impossível manter o vírus sob controle por tempo indeterminado.

- Hospitais sob pressão -

Muitas casas de repouso chinesas estão isoladas há semanas devido a diretrizes do governo local, como a casa de repouso Yuecheng de Pequim, que informou na semana passada que estava isolada há quase 60 dias.

Em Xangai, a residência de Xiangfu explicou esta semana que iria continuar a sua “gestão a portas fechadas”, obrigando todos os funcionários a dormir nas instalações e testando-os todos os dias.

“Num momento em que a sociedade otimiza as políticas de prevenção e controle, nossa casa de repouso deve, acima de tudo, manter um alto nível de vigilância”, afirmou o centro em comunicado.

O número de internações em unidades de doenças infecciosas aumentou nos dias após o levantamento das restrições na China na semana passada.

A Organização Mundial da Saúde afirma que o vírus já estava se espalhando no país antes e que "as medidas de controle por si só não impediram a doença".

Desde o súbito abandono da rígida política de "covid zero", as empresas funerárias da capital experimentaram um aumento nos negócios, disseram à AFP.

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 22.584 novos casos de Covid-19 na últimas 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 53 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. 

Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada neste sábado (17), com exceção das informações de 14 estados, que já não informam dados nos finais de semana.  

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Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia já soma 35.892.110.

O número de casos em acompanhamento de Covid-19 está em 658.468. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.

Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 691.863, desde o início da pandemia. Ainda há 3.191 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi Covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.

Até agora, 34.541.779 pessoas se recuperaram da Covid-19. O número corresponde a 96,3% dos infectados desde o início da pandemia.

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por Covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (176.876), Rio de Janeiro (76.288), Minas Gerais (64.203), Paraná (45.621) e Rio Grande do Sul (41.377).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.035), Amapá (2.165), Roraima (2.178), Tocantins (4.208) e Sergipe (6.475).

Vacinação

Até este sábado, o vacinômetro do Ministério da Saúde apontava que um total de 496.596.956 doses de vacinas contra Covid-19 foram aplicadas no país, desde o início da campanha de imunização. Destas aplicações totais de vacina, 181,3 milhões são primeira dose, 163,7 milhões são segunda e 5 milhões são dose única. 

A dose de reforço já foi aplicada em mais de 102 milhões de pessoas e a segunda dose extra ou quarta dose, em pouco mais de 39,4 milhões. O painel registra ainda 4,9 milhões de doses como "adicionais", que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta sexta-feira (16), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 2.042 novos casos da Covid-19, além de três óbitos.

Dos novos registros, 15 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.027 são leves. Pernambuco totaliza 1.106.891 casos confirmados da doença, sendo 60.458 graves e 1.046.433 leves.

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No boletim de hoje também constam três mortes, ocorridas entre os dias 20 de dezembro de 2020 e 30 de novembro deste ano. Com isso, o Estado totaliza 22.527 mortes pela Covid-19.

Funcionários de crematórios em Pequim disseram nesta sexta-feira (16) que seus estabelecimentos estão sobrecarregados com a onda sem precedentes de casos de Covid-19 na China que, segundo as autoridades, em breve atingirá as áreas rurais do país.

A epidemia se propaga rapidamente por todo o país, uma semana após a suspensão da maioria das restrições de saúde em vigor há quase três anos.

As autoridades admitem que agora é "impossível" contar o número de casos.

"Nós cremamos 20 corpos por dia, principalmente de idosos. Muitas pessoas adoeceram recentemente", contou à AFP um funcionário do crematório. "Dos 60 que trabalham aqui, mais de 10 testaram positivo para covid, mas não temos escolha porque há muito trabalho," acrescentou.

Trabalhadores de outras duas funerárias de Pequim, entrevistados pela AFP, disseram que seus estabelecimentos estão funcionando 24 horas por dia, oferecendo serviços de cremação no mesmo dia para atender à forte demanda. Outro estabelecimento desse tipo indicou que sua lista de espera é de uma semana.

Apesar disso, os números oficiais não registram nenhuma morte relacionada à covid-19 desde 4 de dezembro.

A organização de luta contra a covid-19 pediu aos governos locais que aumentem a vigilância e os cuidados médicos para as pessoas que retornam para suas casas nas áreas rurais antes do feriado do Ano Novo Chinês em janeiro.

O evento causa o maior deslocamento populacional do mundo todos os anos. Espera-se que seja ainda maior este ano, uma vez que as restrições de viagem entre as províncias foram suspensas.

A imprensa estatal chinesa e os especialistas em saúde minimizam o perigo da variante ômicron, e o especialista em doenças respiratórias Zhong Nanshan propôs renomear a covid-19 como "resfriado do vírus".

No entanto, milhões de idosos não foram vacinados e os testes de antígenos e medicamentos para febre são escassos.

Um estudo recente de pesquisadores da Universidade de Hong Kong afirmou que a covid pode matar um milhão de pessoas na China neste inverno, se uma quarta dose de vacina ou novas restrições não forem impostas.

Oficialmente, apenas nove mortes foram atribuídas à epidemia desde meados de novembro. O país registra mais de 10.000 casos diários desde então.

Nas redes sociais viralizaram diversos vídeos de pacientes com covid, sentados em bancos do lado de fora de hospitais lotados e recebendo infusões de solução salina.

A AFP conseguiu geolocalizar um deles, filmado em frente a um hospital na cidade de Hanchuan, na província de Hubei (centro). Um funcionário do hospital confirmou que as imagens datam de terça-feira.

"Os pacientes se ofereceram para se sentar ao sol porque havia muitas pessoas lá dentro", limitou-se a dizer à AFP.

Há três anos foi identificado o primeiro caso de Covid-19 na China, início de uma doença que se espalhou por todo mundo e que agora deve servir de lição para a próxima pandemia, segundo especialistas.

“Não estamos nos movendo o suficiente para estarmos prontos”, disse à AFP William Rodriguez, diretor da Find, uma fundação supervisionada pela ONU, cujo objetivo é melhorar o acesso a testes de diagnóstico ao redor do mundo.

Os exames, principalmente os que podem ser feitos em casa, são essenciais para impedir a propagação de uma doença. Outros dispositivos são a identificação de vírus, ou de bactérias, que podem provocar a próxima pandemia, a descoberta de vacinas, ou tratamentos de emergência, ou a produção e a distribuição desses produtos.

Os países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram as negociações internacionais para combater futuras pandemias. Já o Banco Mundial criou um fundo específico, alimentado pelos países do G20 (da ordem de US$ 1,6 bilhão até o momento).

- "Algumas mutações" -

As iniciativas também são privadas. Na Austrália, o magnata Geoffrey Cumming destinou US$ 170 milhões para financiar um centro de pesquisas dirigido pela infectologista Sharon Lewin.

Essa equipe se concentrará no desenvolvimento de tecnologias que possam servir de base para tratamentos rapidamente adaptáveis contra novos patógenos.

O modelo são as vacinas de RNA mensageiro que foram desenvolvidas contra a covid. O centro australiano deve estar pronto em cerca de seis meses, disse Sharon Lewin à AFP.

O objetivo é saber como responder com urgência a um patógeno desconhecido, mas a antecipação também envolve a identificação de riscos conhecidos.

A OMS trabalha na atualização de sua lista de micróbios sob vigilância. Além da gripe, estão sob atenção os coronavírus em geral e os vírus do Ebola e da Zika, altamente perigosos.

"Apenas algumas mutações de cada um desses vírus" são suficientes para multiplicar sua propagação, alerta a epidemiologista Jennifer Nuzzo, da Brown University, nos Estados Unidos.

Outros patógenos sob estreita vigilância são os arenavírus, ou paramixovírus, aos quais pertencem o sarampo e a caxumba, ou o vírus de Marburg.

- 'Várias crises' -

Especialistas e ativistas temem, acima de tudo, a falta de vontade política, como no caso de financiamento.

A organização CEPI, cofundada por vários países e pela Fundação Bill e Melinda Gates para enfrentar epidemias, busca US$ 800 milhões para preparar um plano de resposta em cinco anos.

Também existe a espinhosa questão do acesso às vacinas, a começar pelos países mais pobres.

“Para mim, a tragédia da covid foi a distribuição desigual das vacinas, mesmo quando já eram acessíveis”, diz Nuzzo.

Os especialistas concordam: se não houver acesso rápido e barato a vacinas na América Latina, na África, ou na Ásia, a próxima crise não terá uma resposta adequada.

As discussões sobre patentes dentro da OMS são, no entanto, "extremamente preocupantes", afirma Mohga Kamal-Yanni, representante da ONG People's Vaccine Alliance.

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