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A gestão Fernando Haddad (PT) pretende entregar em 60 dias um pacote de 32 quilômetros de corredores de ônibus, o primeiro deles na segunda-feira, na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, zona sul, com 3,3 km. A ação, em começo de ano eleitoral, vem com números tímidos diante da promessa de campanha de fazer 150 km de vias exclusivas. O prefeito deve concluir só um terço do previsto.

O corredor da Berrini demorou 26 meses para ficar pronto, ou seis a mais do que a previsão original, e custou R$ 45 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por ali devem passar 100 mil pessoas por dia. Ele deve alterar o percurso de 14 linhas de ônibus. As que passarão a usar a via expressa fazem a conexão entre o centro e terminais como Capelinha, Santo Amaro, Jardim Ângela e Guarapiranga, na zona sul. Estudos da São Paulo Transporte (SPTrans) estimam ganho de até 20% na velocidade média.

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Segundo a Prefeitura, a via foi pensada para servir como ponto de articulação entre a Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, e o futuro corredor de ônibus Perimetral Bandeirantes, até São Mateus, na zona leste (em processo de licitação). Ela foi concebida na gestão Gilberto Kassab (PSD), entre 2008 e 2012, que fez a licitação.

Entregue pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras na terça-feira, o corredor foi usado por carros nesta semana, sem fiscalização. Na segunda, os coletivos começam a circular oficialmente, parando nos novos pontos à esquerda. A previsão da gestão Haddad é que haja um período de adaptação, de provavelmente cinco dias, antes de a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começar a multar os carros que trafeguem por lá. Também não há data definida para que os pontos de ônibus da direita sejam desativados.

"Não vi nenhum aviso ainda orientando a mudança. Acho que estou do lado certo. Tem gente dizendo que o ponto da Marginal do Pinheiros vai ser transferido para o corredor, mas não sei", disse o comerciante Alessandro Soares Filho, de 56 anos, que esperava por um coletivo à direita anteontem.

O secretário municipal de Obras, Roberto Garibe, diz que outros dois corredores serão entregues em janeiro. "O corredor Inajar (de Souza, na zona norte) e o M’Boi ([Mirim, na zona sul). Em fevereiro, é a vez do Binário Santo Antônio (também na zona sul)." Contando com esses corredores, a capital paulista terá 66,3 quilômetros de obras, abrangendo nove avenidas - foram prometidos 173,4 quilômetros.

O secretário conta ainda com 35,5 quilômetros de corredores, em cinco vias, cujo processo de licitação terminou e as obras devem começar nesta gestão. Nas pranchetas da Prefeitura, há três corredores que obtiveram todo o licenciamento ambiental e estão com os editais de licitação publicados e outros quatro com os projetos prontos, esperando a publicação dos editais de licitação. Os últimos são todos na zona sul.

Em apresentação feita ao Conselho da Cidade no começo do mês, foram detalhadas ações para a construção de 165,5 quilômetros de corredores exclusivos - isso considerando tanto as obras que já estão em execução quanto os trabalhos que já foram contratados e ainda não começaram e aqueles cuja licitação está acontecendo ou deve ocorrer ainda na gestão petista.

Nem com essa margem, incluindo projetos só no papel, a gestão chega perto da meta anunciada no primeiro trimestre de mandato de Haddad, que era "projetar, licitar, licenciar, garantir a fonte de financiamento e construir" 23 corredores de ônibus - cuja extensão total era de 173,4 km, além até da promessa de campanha de 150 km.

O ritmo fraco se deve, em parte, à demora na liberação de recursos do governo federal, que secaram diante do ajuste fiscal e da queda de arrecadação da União. Mas parte do atraso também resulta de bloqueio de licitações feito pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Três tentativas de licitações dessas obras foram suspensas pelo tribunal, que apontou irregularidades burocráticas.

Ao longo dos três anos de governo, a Prefeitura viu todos os bloqueios impostos pelo TCM como ações pontuais e foi respondendo aos questionamentos. A gestão chegou a manobrar, transferindo a responsabilidade de licitações da SPTrans para a Secretaria de Obras, de forma a mudar o conselheiro responsável pela análise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Será liberado nesta sexta-feira (28) mais um trecho do Corredor Norte/Sul, com 2,8 km, e os motoristas e usuários do transporte coletivo devem prestar atenção às mudanças. Do terminal da PE-15 até a Pan Nordestina, as paradas de ônibus serão transferidas para o canteiro central, e no Viaduto de Ouro Preto, os ônibus trafegam nos dois sentidos, enquanto que os automóveis passam somente no sentido Recife/Paulista.

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Outro viaduto do corredor, o Bajado (leste), também será liberado nesta sexta-feira, e por ele só trafegam ônibus. Em cima do Viaduto de Ouro Preto, das quatro faixas, duas serão exclusivas para ônibus, nos dois sentidos, e as outras duas somente para o tráfego de automóveis, no sentido Recife/Paulista.

Usuários do transporte público - Nove linhas de ônibus que passam no trecho voltam a ter ponto de embarque e desembarque no canteiro central, com oito paradas, sendo quatro no sentido Olinda/Recife e quatro no sentido Recife/Olinda.

Confira as linhas que sofrem mudança:

1) 050 – PE-15/Boa Viagem

2) 909- Paulista/Joana Bezerra

3) 913 – PE-15 – Joana Bezerra

4) 915 – PE-15

5) 946- Igarassu (BR-101)

6) 967- Igarassu (Sítio Histórico)

7) 976- Paulista (Prefeitura)

8) 977- Paulista (Cond. Da Boa Vista)

 

9) 979- Paulista/Rua do Sol (Expresso)

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