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São Paulo se junta a outros oito Estados que já anunciaram nos últimos dias medidas mais restritivas para conter a alta de casos de Covid-19. Ceará, Amapá, Amazonas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco e Bahia baixaram decretos que diminuíram a permissão máxima de público em eventos e expandiram a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

Muitas cidades paulistas, porém, ainda não se posicionaram sobre a recomendação do governo. Osasco disse que a Comissão da Covid, da prefeitura, está avaliando a situação epidemiológica do município para definir as estratégias.

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Segundo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que reúne Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, uma decisão deve sair nesta quinta, 13.

Já a prefeitura de Sorocaba aguarda a recomendação ser emitida em documento para analisar a situação epidemiológica e tomar uma decisão, assim como Campinas, que espera a publicação do decreto. "Em relação às orientações divulgadas hoje (quarta, 12), a Prefeitura analisará e, se for necessário, publicará novas adequações", afirmou, em nota, o município de Ribeirão Preto. Campinas também vai analisar as instruções do Estado. A cidade de Guarulhos, por sua vez, vai seguir a recomendação do governo estadual, de acordo com a prefeitura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de São Paulo pretende restringir novamente eventos com aglomerações em todo o Estado, por causa da alta taxa de transmissibilidade da variante Ômicron do coronavírus. O Comitê Científico de Combate à Covid-19 se reuniu ontem para discutir a medida. A ideia é anunciar medidas nesta quarta-feira (12), no Palácio dos Bandeirantes. Segundo o Estadão apurou, a orientação será para instaurar um novo limite na ocupação máxima dos espaços. A recomendação valerá para festas, shows, casamentos, eventos corporativos e esportivos.

"Vamos ter, evidentemente, restrições que já foram apresentadas para eventos de aglomerações, o que é diferente. Grandes aglomerações não são recomendáveis e o Comitê Científico já expressou essa deliberação", disse o governador João Doria (PSDB) na manhã desta terça-feira, durante agenda em Monte Aprazível, no interior do Estado.

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Comércio e indústria

Apesar de indicar que os eventos terão novas regras e restrições, Doria também adiantou que essa nova fase da pandemia no Estado não deve afetar setores da indústria e do comércio. "Não há, no momento, nenhuma indicação e necessidade de fechamento ou restrições ao comércio e ao setor de serviços, assim como ao setor produtivo do agronegócio e da indústria. Há, sim, cautela e recomendação expressa para que as pessoas usem máscaras o tempo todo", afirmou.

Segundo ele, as restrições a serem propostas e detalhadas já foram apresentadas pelo comitê como medidas cautelares para impedirem ainda mais o avanço da variante Ômicron. A avaliação de integrantes do Comitê Científico é de que houve um grande relaxamento da população com o avanço da terceira dose da vacina e a liberação indiscriminada dos eventos. Até a última segunda-feira, quase 25% dos habitantes de São Paulo já haviam recebido a aplicação de reforço.

Com essa nova restrição na ocupação máxima dos espaços, similar àquelas implementadas anteriormente no Plano São Paulo, o governo espera que a população entenda a gravidade da variante Ômicron e a necessidade de cautela e proteção (principalmente o uso de máscaras) nas aglomerações. Especialistas em saúde e vigilância sanitária já apontavam, desde o início da pandemia, que há maior risco de transmissão do coronavírus em locais fechados e sem ventilação.

Eventos recentes, como shows e festas, têm sofrido críticas da comunidade científica e da população desde que os casos de covid voltaram a aumentar pelo País. Na capital paulista, algumas casas noturnas já se adiantaram à recomendação oficial e começaram a cancelar as agendas das próximas semanas.

Durante a manhã, Doria ainda voltou a recomendar que a população use máscara "o tempo todo", o que classificou como a única forma de "estar protegido para esta onda da Ômicron". "Este momento vai exigir cuidado, atenção e acompanhamento diário. Esta nova cepa é a mais poderosa de transmissão da história."

Há ainda preocupação com o avanço dos casos de gripe. Na capital, as 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal passaram a abrir das 8 às 17 horas para atendimento de pacientes com sintomas gripais, sem a necessidade de agendamento prévio. Além da vacinação, a capital passou a ofertar no dia 30 a testagem contra influenza em UBSs.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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