O município de Igarrasu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi escolhido para receber o primeiro aeroporto privado em Pernambuco. O Aeródromo Coroa do Avião está instalado numa área de 90 hectares e foi lançado pela empresa Gran Marco Construtora nesta quinta-feira (13).
O empreendimento surgiu para atender a demanda das empresas e facilitar a logística dos executivos, atraídos pela expansão dos negócios no Estado. Voltado para o mercado corporativo, o espaço já permite abrigar todos os tipos de helicópteros, jatos executivos e aviões, inclusive do modelo ATR – com capacidade para transportar até 46 passageiros.
##RECOMENDA##
“Desde 2011, quando iniciamos as obras do aeródromo, o projeto passou por diversas modificações. Pensamos em fazer algo pequeno, mas como as várias conversas que tivemos neste período observamos a necessidade de ampliar a estrutura do empreendimento”, afirmou um dos idealizadores do Coroa de Avião, Francisco Oliveira, diretor da Casa Grande Engenharia.
A escolha do terreno foi agregada a vários fatores. “Naquela região não vamos sofrer com o tráfego aéreo. Também estaremos próximos do mar e cercados de vegetações, e por isso não vai haver interferência de prédios e antenas”.
Até o momento, a empresa já firmou nove contratos com empresários de Pernambuco. Cerca de 15 aviões que ficavam estacionados no Aeroclube do Recife foram transferidos para o novo aeródromo. Para atrair o público, no local serão oferecidos serviços como oficina de manutenção, limpeza e abastecimento de combustível.
“Estamos em negociação adiantada com uma oficina e pretendemos suprir a necessidade local, já que esse tipo de serviço específico não é oferecido nem no Norte e nem no Nordeste. Também já fechamos com o Recife Jet, da BR Distribuidora que vai colocar um posto de abastecimento no aeródromo”, adiantou Jorge Leitão, da Casa Grande Engenharia.
Nesta primeira etapa, foram investidos R$ 50 milhões, aplicados na compra do terreno, pista de pouso e decolagem – com 1.255 metros por 30 metros de largura, pátio de estacionamento, estação de rádio, além de cinco hangares. Será implantada, ainda, uma sala de reunião para facilitar o trabalho dos executivos que utilizam a pista.
O custo para utilização vai variar, dependendo do tamanho do avião. O estacionamento mensal de um jato executivo, por exemplo, custaria R$ 8.000. O mesmo serviço para uma aeronave menor custaria R$1.500.
Com o fechamento do Aeroclube do Recife, surge a necessidade da abertura de uma escola de pilotos na região da capital pernambucana. Atualmente o serviço não faz parte do projeto, mas os idealizadores não descartam a possibilidade. “Isso pode acontecer por conta da demanda. Mas não faremos nada que atrapalhe a aviação executiva, que é nossa proposta inicial”, adiantou Oliveira.