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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou, nesta terça-feira (15), estranhar que o foco da Operação Catilinárias tenha sido o PMDB. Para Cunha, a ação da Polícia Federal acontecer no dia em que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar analisaria o processo contra ele, e a um dia da decisão do rito do processo de impeachment, deixa “alguma coisa estranha no ar”. 

Seguindo o rito de atacar o governo, sempre que é alvo de investigações, o peemedebista questionou a falta de nomes petistas na Catilinárias e insinuou uma possível intervenção do partido governista nos trâmites da Justiça. “Estranho que no dia do Conselho de Ética e as vésperas da decisão do impeachment uma operação desta venha acontecer. Operação concentrada no PMDB. A gente sabe que o PT é o responsável por este assalto que está acontecendo no Brasil. Todo dia tem denúncia de caixa dois no PT. Só é sujeito a operação até agora aqueles que não são do PT”, alfinetou.

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O presidente disse que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, viajou para Curitiba “na calada da noite”. “Sou um desafeto do governo e me tornei mais desafeto ainda. Que tipo de coisa o ministro Eduardo Cardoso foi fazer em Curitiba na calada da noite?”, indagou. “O povo é inteligente, sabe que o dia de hoje tem alguma coisa estranha no ar”, acrescentou.

Sobre as buscas e apreensões da Polícia Federal, Cunha disse que “não há absolutamente nada a reclamar”. “Foram 52 mandados de busca e apreensão, três deles em endereços meus. Não houve nenhum incidente. Como já disse, acordo às 6h da manhã, minha porta está aberta. O celular é normal, quando fazem a busca e apreensão. Depois eles devolvem”, detalhou.

Segundo informações repassadas por Cunha, os seus advogados de defesa descobriram que a transcrição da delação premiada divulgada pela Justiça não é literal ao que foi dito. “A transcrição da delação não bate com o vídeo. Acho muito estranho um inquérito que já virou denúncia ser alvo de uma operação. O prazo para apresentar minha defesa é sexta-feira”, disse. 

Eduardo Cunha voltou a pregar a saída do PMDB do governo federal “rapidamente” e reforçou o discurso de que era inocente. 

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