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Em meio a uma crise política no Brasil e às vesperas de um ato no Recife em apoio ao Deputado Federal do Partido Social Cristão (PSC), Jair Bolsonaro, um grupo de militantes decidiu realizar, neste sábado (30), uma marcha antifascista na Praça do Derby, área central da capital pernambucana. Apesar de quase 4 mil pessoas confirmarem a presença no evento do ato no Facebook, um grupo com menos de 100 pessoas esteve presente durante a manifestação, que decidiu não sair em marcha, mas permanecer nas imediações e alertar a população com discursos contra o que chamam de 'onda de conservadorismo no Brasil'. 

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A Marcha estava marcada para acontecer em mais de 20 cidades brasileiras neste sábado (30). Organizado pela Frente Antifascista de Pernambuco, o ato levanta a pauta de que a luta popular não deve ser criminalizada e que o fascismo não pode se disseminar, ainda mais, entre os brasileiros. Para Antônio Madureira, integrante da frente, os atos reacionários que vêm acontecendo não são novidades. "Mesmo após 30 anos do fim da Ditadura Militar, acho que essa onda reacionária e conservadora nunca deixou de existir. Parece que ela sempre esteve guardada no armário e agora está ressurgindo", aponta. 

Com o lema "somar para o fascismo sumir", reunidos da Praça do Derby, os manifestantes dialogaram e apontaram ações que devem ser feitas pelo grupo para tentar cessar a intolerância e inúmeras práticas fascistas que, segundo eles, estão presentes principalmente na política. "Não merecemos de forma nenhuma ser agredidos pela nossa sexualidade, cor ou posicionamento político", afirmou um dos participantes do ato, Carlos Tradicional. Apesar do movimento antifascista ser apartidário, o grupo decidiu apoiar as manifestação a favor do Partido dos Trabalhadores (PT), que não aceitam o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De caráter pacífico e com um pequeno grupo presente, o ato se dirigiu à Avenida Agamenon Magalhães, no Centro do Recife, e realizou uma breve ocupação em uma das principais vias da capital. Com cartazes, faixas e ao som de gritos como "não vai ter golpe", "fascistas não passarão", "fora Cunha" e palavras contra Bolsonaro, o grupo protestou no início da noite. "Nosso objetivo é alertar as pessoas desse conservadorismo e desse fascismo que quer acabar com os direitos dos trabalhadores desse país", afirmou Madureira.

Para ele, a extrema direita e medidas conservadoras se devem a uma falha dos movimentos de esquerda. "Na minha visão, eles falharam. Não conseguiram se organizar junto à população e construir pautas sociais que levassem a uma real emancipação e realmente a uma politização dos cidadãos", explica. Ele afirma que é preciso trabalho de base para impedir o crescimento de atos reacionários. "Tem que ter mais diálogo com a população em geral. Como se fosse um trabalho de formiguinha, mesmo". 

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O reality show dedicado aos Duggar, o casal campeão em matéria de conservadorismo religioso nos Estados Unidos, foi cancelado depois que um de seus 19 filhos admitiu ter abusado sexualmente de várias menores de idade - informou nesta quinta-feira (16) o canal TLC.

No ar desde 2008, o programa "19 filhos e contando" segue os passos deste fértil casal protestante do estado norte-americano do Arkansas (centro) e sua numerosa prole criada sob os estritos valores cristãos.

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Mas a reputação da família e o futuro do reality show foram colocados em xeque quando o filho mais velho do clã, Josh, de 28 anos, admitiu em maio que abusou sexualmente de cinco adolescentes, entre elas algumas de suas nove irmãs.

"Há 12 anos, quando era adolescente, agi de forma imperdoável. Lamento e me arrependo profundamente", escreveu Josh Duggar na página do programa no Facebook, confirmando assim as especulações que já rolavam sobre o caso.

Em comunicado emitido nesta quinta-feira, o TLC indicou que "após uma atenta análise", o canal e a família Duggar decidiram que "o programa não irá mais ao ar".

"A recente atenção que os Duggar ganharam desatou uma onda de críticas e uma importante conversa sobre a proteção das crianças", afirmou o canal.

Quando a décima temporada terminou em maio, logo quando começaram a surgir as acusações de abuso infantil, o programa somava 2,3 milhões de telespectadores somente nos Estados Unidos, fazendo dele a atração mais popular da história do canal.

Com a justificativa de se unirem contra o conservadorismo, o “Grupo Brasil” formado por dirigentes dos partidos do PT, PSOL e PCdoB e das centrais sindicais pretende fortalecer os partidos de esquerda no País. Instalada no último sábado, a equipe terá a primeira reunião no próximo dia 25 de julho na capital paulista.

Segundo o secretário Nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, a “aglutinação de forças” torna o Grupo Brasil uma iniciativa importante para a história do país. “A ideia é fazer defesa de teses em comum e lutar pelo o que une os partidos”, esclareceu.

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À frente pretende proteger também as conquistas sociais importantes e algumas bandeiras que são comuns a todos. No entanto, o secretário afirma que não há qualquer viés eleitoral ou partidário no Grupo Brasil.

Para o primeiro encontro marcado para julho, a política econômica será o tema principal, mas entrarão na pauta ainda os setores críticos da economia. No mesmo dia serão elaboradas as diretrizes do grupo.

De acordo com informações divulgadas no site oficial do PT, a iniciativa partiu de movimentos sociais e sindicatos, e revela a preocupação das forças sociais e dos partidos, que mesmo com posições políticas diferentes, se uniram em torno da ideia de defesa de conquistas sociais, reformas sociais e defesa da democracia. “Há uma escalada conservadora na política brasileira e uma ameaça por parte da direita às conquistas sociais e políticas importantes, por isso precisamos defender os pontos de vistas comuns, o direito de livre expressão sexual, direito das minorias e acabar com os ataques racistas”, ressaltou Américo Dias.

Além da reunião do próximo mês o grupo também denominado de “Frente da Coalizão de Esquerda” realizará uma conferência nacional nos dias 5 e 6 de setembro, com a presença esperada do ex-presidente Lula (PT).

Com o processo de fusão iniciado entre o PSB e o PPS, o meio político tem avaliado as consequências da criação do “novo PSB”, como os próprios socialistas têm intitulado. A junção ao PPS, entretanto, é considerado o fim da linha para que o PSB se reaproxime do PT. Para o líder petista no Senado, Humberto Costa, as lideranças do PPS “jamais” deixariam de ocupar o campo de oposição a presidente Dilma Rousseff (PT).

“As principais lideranças do PPS são inimigos fidagais do PT, do presidente Lula e da presidente Dilma, e não iriam jamais se fundir com outro partido para participar do governo ou deixar de fazer oposição a Dilma”, observou em entrevista ao Portal LeiaJá, afirmando que o PSB, com a fusão, estará mais distante dos petistas. Ao contrário da visão do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), segundo ele a nova legenda não inviabilizará o relacionamento com o PT. 

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“Pelo contrário, acho que agora temos que dar contribuições para melhorar a governança nacional. A gente precisa evitar que a inflação aumente, criar condições para com maior confiança reverter as expectativas e colocar o Brasil de volta na rota de crescimento econômico. Sem abrir mão das nossas propostas e identidades”, disse após a confirmação do início do processo.

Entusiasta de um possível realinhamento dos socialistas com o governo, Humberto Costa pontuou que o PSB quebra as expectativas de muitos políticos com a nova reorganização. “(A nova legenda) Vai fortalecer um polo conservador. Sinceramente a nossa expectativa era de que o PSB pudesse marcar um posicionamento nacional mais a esquerda. Esta fusão vai fazer com que o PSB se coloque de uma maneira mais clara ao lado do conservadorismo”, avaliou o senador. 

Apontado pela maioria dos parlamentares da atual legislatura como forte candidato para ocupar a presidência da Câmara em 2015, o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), vê o crescimento de bancadas classificadas pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como 'conservadoras' como um retrato fiel da população brasileira.

Levantamento parcial do Diap aponta um aumento dos grupos evangélicos, ruralistas e policiais, na contramão de uma redução de representantes de movimentos sociais e sindicalistas. "A sociedade é conservadora e foi mais representada nesse novo Congresso", afirmou Cunha ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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O líder peemedebista, um dos mais atuantes da bancada evangélica e integrante da igreja Sara Nossa Terra, considera que a maior parte da população é contra o aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo e a descriminalização do uso de drogas.

Por isso, depois das manifestações de junho de 2013, elas passaram a pensar mais em suas convicções e em quem as representa. Mas Cunha defende a atuação parlamentar com isenção. "Sobre o papel de dar direitos e resolver problemas, não é um Congresso conservador ou reformista que vai mudar isso. O que se discute sob esse ponto de vista são outros problemas", disse.

Cunha, contudo, avalia que temas de identificação mais liberal, sob o ponto de vista dos direitos sociais, devem sofrer restrições na próxima legislatura. "O fato de a própria natureza do Congresso ter ficado mais conservadora, já impede o avanço dessas pautas", afirmou.

O cientista político Humberto Dantas, do Insper, considera o aumento de parlamentares menos progressistas como reflexo da "tomada de conta de algumas agendas" políticas pelo medo de eleitores que se viram ameaçados pelo avanço de temas contrários ao seu posicionamento ideológico.

Dantas avalia a marca de quase 500 mil votos atingida pelo presidenciável Levy Fidélix (PRTB) neste ano, contra cerca de 70 mil em 2010, como resultado das declarações dele sobre o casamento gay nos debates televisivos. "Foi o posicionamento dele que levou a essa votação expressiva", observou.

O diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, afirma que, diante do aumento de bancadas de perfil conservador, o debate sobre a descriminalização do aborto, criminalização da homofobia e o casamento gay - temas que ganharam força nas eleições presidenciais deste ano - tem pouca chance ser retomado pelo Congresso que toma posse em fevereiro de 2015. "Posso afirmar com segurança que houve retrocesso em relação a essas pautas", indicou.

Já o debate sobre a redução da maioridade penal, segundo o diretor do Diap, questionada por especialistas de segurança pública, pode avançar a partir do aumento da chamada 'bancada da bala', formada parlamentares ligados a setores policiais, militares e da indústria de armas.

O Diap está fazendo pela primeira vez um mapeamento desse grupo e, até agora, já foram identificados 20 deputados que podem ser enquadrados nesse quadro. "O novo Congresso é, seguramente, o mais conservador do período pós-1964", disse Queiroz.

Dois dias depois de encontrar com a presidente Dilma Rousseff (PT) e trocar afagos e farpas, o governador de Pernambuco e potencial candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), disse nesta quinta-feira (19), durante o ato de filiação da ministra aposentada Eliana Calmon, que a aliança política de sustentação à presidente Dilma é "conservadora" e "já deu o que tinha que dar".

O presidente nacional do PSB, de acordo com informações da Folha de São Paulo, Campos afirmou também que as forças políticas "historicamente presentes nas lutas democráticas" perderam espaço no governo Dilma para dar protagonismo ao chamado "presidencialismo de coalizão". "Todos nós que olhamos para Brasília hoje e vemos aquela aliança que aí esta formada, olhamos nossa trajetória e temos no nosso coração e consciência uma conclusão rápida: aquela aliança já deu o que tinha que dar ao Brasil", ressaltou.

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No evento, Eduardo justificou a saída da legenda socialista do governo do PT. Segundo ele desde 2011 há entre os partidos o desejo de uma aliança mais programática e progressista. "O que ela (aliança de Dilma) pode oferecer ao Brasil agora é o que o país não precisa é recuar e jogar fora as poucas conquistas que tivemos", pontuou o provável rival da petista.

 

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