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A Hewlett-Packard anunciou o lançamento de uma série de ofertas de cloud computing baseadas em tecnologia open source. Além disso, vai adicionar recursos de automação de rede a vários produtos de hardware. A fabricante tenta assim ganhar mercado numa área dominada pela Amazon Web Services (AWS).

A empresa oferecerá o serviço de infraestrutura como serviço (IaaS), chamado HP Cloud Services, baseado em software open source da OpenStack e que já tem mais de seis mil clientes, usuários da versão beta, diz a empresa.

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Além da oferta de cloud pública, a HP também lançou uma série de aplicações de software que foram concebidas para companhias administrarem nuvens privadas ou públicas, independentemente de usarem hardware da HP ou não.

No campo do equipamento de rede, a empresa preparara sua oferta para suportar melhor redes definidas por software [software defined networks (SDN)] por meio de uma série de novas ferramentas de rede para automação. 

Analistas do mercado consideram que as iniciativas representam a tentativa de a HP entrar cada vez mais no universo de prestadores de serviços de cloud computing. As novas ofertas de equipamento de rede deverão oferecer às empresas uma nova forma para automatizar e virtualizar redes.

De acordo com um estudo realizado pela HP, os modelos híbridos de cloud computing serão os mais usados no futuro. Tendo isso em mente, responsáveis da fabricante dizem ser importante criar ofertas de cloud computing com base em tecnologia de fonte aberta: o objetivo será permitir mais facilmente a integração entre plataformas de cloud públicas e privadas, assim como entre ambientes legados.

“A HP Converged Cloud permitirá às empresas incorporarem uma mistura de serviços de cloud pública, privada e a infraestrutura de TI já existente, para criar ambientes sem rupturas, capazes de se adaptarem às necessidades de mudança”, diz Bill Veghte, vice-presidente executivo de software para a HP.

Além da oferta pública de IaaS, a HP revelou o portfólio de aplicações Enterprise Cloud Services: software para a gestão de clouds privadas, funções de continuidade de negócios e de comunicações unificadas.

A HP também anunciou uma expansão das funcionalidades CloudMaps. São concebidas para fornecer instruções sobre a forma como certas aplicações de terceiros fornecedores, tais como o Microsoft Exchange ou o SharePoint – podem ser integrados na cloud da HP.

Correndo para permanecer à frente da concorrência, Dropbox passou a dar 500 MB para o usuário conseguir um novo adepto ao sistema. Esse espaço, que equivale ao dobro do que era dado anteriormente, é alcançado a cada nova adesão advinda de uma indicação.

Essa mudança aconteceu para que o sistema não perca espaço para o seu novo concorrente, o Google Drive, que pode ser lançado ainda esta semana. Essa é uma mostra de como a computação nas nuvens tem ganhado adesão e o quanto se tem feito para a popularização dessa nova tendência de armazenamento de dados. 

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Na conta inicial de cada usuário, ele recebe um espaço de 2GB e pode convidar até 32 pessoas, obtendo até 16 GB a mais de armazenamento adicional.

Empresa atuante no mercado mundial de aplicações de software empresarial, a SAP, anuncia o lançamento no Brasil do SAP Sales OnDemand, solução em computação nas nuvens criada especialmente para equipes de vendas. O sistema é o resultado de uma pesquisa profunda com os profissionais da área de vendas  a fim de definir as necessidades e melhorias para o trabalho, garantindo o ganho máximo de eficiência, inteligência operacional e obtenção dos melhores resultados, através da integração voltada ao trabalho em grupo.

O SAP Sales OnDemand está disponível tanto para antigos usuários como para os novos e trabalha com processos relacionados aos profissionais de vendas, desde análise de vendas e Business Intelligence até previsões, geração de leads e gestão de atividades e contatos.

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A comercialização é feita sob demanda, não possuindo necessidade de instalação e com cobrança feita apenas por usuários ativos. Dessa forma, o investimento pode ser melhor avaliado, a partir dos resultados obtidos, de acordo com as demandas específicas de cada empresa.

O Dropbox, que é um serviço gratuito de armazenamento de arquivos, é uma das formas de guardar e disponibilizar documentos em nuvens, grande tendência entre os internautas, acima de tudo, como forma de não perder os arquivos e resgatá-los ou ter acesso a eles em qualquer lugar que se esteja conectado a internet. Antes, o compartilhamento de arquivos só era possível através da vinculação de um determinado email à conta do Dropbox, agora, poderá ser feito simplesmente ao convidar um amigo do Facebook.

Através de mensagens da rede social, um link é enviado automaticamente para o convidado, que consegue aceitar o compartilhamento e visualizar os arquivos que estão disponíveis. O Dropbox tem um espaço de 2GB que é expansível até 8GB, à medida em que novos amigos forem aderindo ao serviço através de convites. O intuito dessa mudança é agregar mais usuários ao serviço, estimular o uso do mecanismo da computação nas nuvens e produzir maior interação entre os próprios usuários.

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Em três anos, a computação em nuvem estará em praticamente todos os dispositivos eletrônicos, de acordo com pesquisa divulgada na última terça-feira (6/03) pelo instituto Gartner.

O recurso, que permite a usuários armazenar, executar e compartilhar conteúdo a partir da Internet, chegará a 90% dos aparelhos até 2015, o que indica que as companhias deverão estender sua disposição a uma variedade de produtos – o que inclui, naturalmente, smartphones, tablets, notebooks e TVs. Só em 2012, os consumidores gastarão 2,2 trilhões de dólares com a aquisição de mídias, serviços e dispositivos.

“O avanço da nuvem será intensificado este ano, à medida que os usuários aprendam a utilizá-la”, afirmou Andrew Johnson, analista da Gartner. “Ela se tornará parte da vida das pessoas. Fabricantes e provedoras a integrarão a seus aparelhos e serviços de modo a atrair clientes e não perdê-los para concorrentes”.

Segundo o estudo, marcas como Netflix, Google Apps, Amazon Music, SkyDrive, da Microsoft, e iCloud, da Apple, já são líderes do setor.  Por ser uma nova tecnologia para os usuários finais, o mistério não está em sua evolução, mas em como ela será adotada nos próximos anos.

Ainda assim, o instituto estima que menos de 10% dos consumidores irão utilizar a nuvem como principal meio de armazenamento em 2014, já que a necessidade de guardar dados em discos rígidos continuará grande.

A Cloud Computing está revolucionando a indústria de Tecnologias de Informação, prometendo flexibilidade, capacidade e disponibilidade sem limites, de forma quase instantânea e a um custo muito reduzido. Diversas empresas estão desenvolvendo tecnologias e infraestruturas para a disponibilizar serviços, de forma a partilhá-los por diversos clientes, proporcionando um nível elevado de rentabilidade.

O modelo é, claramente, vantajoso para as empresas, mas requer cuidados especiais no momento da contratação, de forma a evitar um conjunto de riscos que, a longo prazo, possam inverter as vantagens propostas. Identifico alguns pontos que considero críticos avaliar no momento de decisão de contratação:

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• Dependência do fornecedor – é importante ter sempre um plano de saída, conhecer bem as integrações e dependências dos seus sistemas, de modo a que seja simples a transferência entre prestadores de serviços na nuvem;

• Segurança da Informação – em geral os sistemas em Cloud são seguros. No entanto, é importante garantir que, antes de avançar para a Cloud, os processos de gestão da segurança estejam devidamente definidos e que o prestador escolhido tenha condições de os implementar;

• Regulação da informação - algumas políticas de regulação podem impedir a adopção do modelo simples, obrigando a organização a provar o controlo sobre os seus sistemas (internos ou de terceiros). Nestes casos, é necessária uma análise detalhada da arquitetura tecnológica do fornecedor e um plano de transição muito detalhado, de modo a cobrir todos os requisitos regulatórios a que empresa está obrigada;

• Níveis de Serviço - o acordo do nível de serviço deverá ser acompanhado por um modelo de penalizações por não cumprimento do prestador, permitindo, em situações limite, o rompimento do contrato sem custos para o cliente;

• Salvaguarda e Recuperação - a preservação da informação é crítica para as empresas, e deverá estar previamente definida em uma política de salvaguarda da informação. Por exemplo a regularidade de cópias, os períodos de retenção da informação e os tempos de recuperação em caso de necessidade;

• Previsão de custos a longo prazo - a subscrição destes serviços é quase isenta de investimentos e as rendas iniciais são muito reduzidas. No entanto, é importante garantir que, à medida que os nossos sistemas crescem, os custos não subam exponencialmente, invertendo o cenário inicial. Isto é possível com duas ações concretas: i) planeamento detalhado das necessidades, evitando uma sequência de custos adicionais resultantes de detalhes esquecidos e ii) negociação das condições de variação (crescimento ou redução).

Cloud é uma excelente oportunidade para melhorar a qualidade e reduzir os custos de exploração com os sistemas de informação. No entanto, a transição deverá ser precedida de um trabalho de preparação e negociação cuidado, de modo a evitar que as vantagens se transformem em problemas.

 (*) Nuno Viana é Senior Manager, Infrastructure Services, da Capgemini Portugal.

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