O vereador e relator do Plano de Mobilidade Urbana do Recife, Múcio Magalhães (PT), rejeitou o texto apresentado pela Prefeitura da cidade e recomendou a devolução do projeto ao poder executivo. “O projeto tem boas intenções, mas faltam estudos técnicos como o de adensamento urbano, pois não se pode construir novos prédios sem ordenamento, em áreas que já estão totalmente ocupadas”, comentou. 

De acordo com o vereador, a comissão de mobilidade realizou audiências públicas e ouviu a sociedade sobre assuntos relacionados a ciclovias, navegabilidade do Capibaribe entre outras questões de planejamento urbano. “Realizamos um debate técnico e percebemos que o plano falha em muitos aspectos, pois não amplia os espaços para pedestres e ciclistas e nem há um mapeamento e estudos de como se dará a acessibilidade aos morros do Recife”, reforçou Múcio.

Outra questão abordada pelo vereador está relacionada à demanda dos passageiros na cidade do Recife. “No projeto enviado pela Prefeitura também não há uma pesquisa sobre os bairros que necessitam de uma maior quantidade de linhas do transporte público”, reforçou Múcio. Nesse fim de legislatura ele também falou sobre os seus projetos de Lei que foram aprovados na câmara e sancionados pelo executivo.

“O maior destaque foi a gratuidade do transporte público para as pessoas maiores de 60 anos. Este Projeto de Lei que já entrou em vigor, tem um maior impacto social, pois deverá beneficiar mais de 50 mil pessoas, esta ação mostra aos cidadãos que vale a pena eleger um vereador”, declarou Múcio, que mesmo sendo um voz atuante no parlamento não conseguiu se reeleger.

Sobre desenvolvimento cultural do município, o petista destacou o projeto de sua autoria que cria a meia entrada nos eventos patrocinados pela prefeitura do Recife para pessoas que apresentem algum documento de alguma taxa ou imposto municipal. 

“A lei já foi publicada no Diário Oficial e qualquer pessoa com o seu acompanhante terá direito a meia entrada nos eventos patrocinados pela prefeitura, basta apresentar alguma conta de água, luz, IPTU ou telefone, que tenha sido paga. Ainda na área cultura os eventos que ocuparem áreas públicas terão que destinar 5% dos ingressos para serem distribuídos nos Conselhos de Assistência Social”, destacou o parlamentar.