A Nissan do Brasil deve anunciar, até o fim do ano, o substituto de Christian Meunier, que terá como principal tarefa conduzir a abertura da fábrica que o grupo constrói em Resende (RJ), com inauguração prevista para início de 2014, e de manter a trajetória de crescimento da marca.
No comando da filial brasileira há dois anos e meio, o francês Meunier deixará o cargo em janeiro para assumir as operações do grupo no Canadá. Nesse período, a participação da Nissan no mercado brasileiro passou de 0,8% para 3,2%, com um crescimento de vendas de 23.141 unidades em 2009 para 84.613 neste ano.
##RECOMENDA##Esse ritmo de crescimento deve diminuir, conforme admite o diretor-geral da Nissan, François Alain, em razão da falta de produtos da marca, especialmente o compacto March, que disputa mercado com populares nacionais como Gol e Palio. Lançado em setembro de 2011, o March é produzido no México e, até recentemente, era trazido com isenção de Imposto de Importação, cuja alíquota é de 35%. Além desse modelo, a Nissan traz daquele país o Versa, o Tiida e o Sentra.
Os quatro modelos mexicanos respondem por 70% das vendas da marca. Outros três produtos, o Livina, o Grand Livina e a picape Frontier, são produzidos no Paraná, na fábrica conjunta que o grupo japonês tem com a francesa Renault. Com o estabelecimento de cotas de importação determinadas pelo acordo automotivo entre Brasil e México, a Nissan rapidamente atingiu seu limite de 35 mil unidades, e, nos últimos dois meses, interrompeu as encomendas, só retomadas a partir deste mês, mas com o recolhimento da alíquota de importação.
Além de anunciar a saída de Meunier, a Nissan informou na quarta-feira ter criado um novo cargo no País, o de vice-presidente de vendas e marketing, que será ocupado por Manuel de La Guardia, atual diretor-geral da Nissan Ibéria. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.