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A devolução de cheques por falta de fundos atingiu 2,21% em março, o que representa 1,40 milhão dos 63,39 milhões de documentos emitidos no Brasil no período, informou nesta quarta-feira, 23, a Serasa Experian. Em fevereiro, o índice foi de 1,99% e, em março de 2013, houve 2,36% de devoluções.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento da inadimplência com cheques no terceiro mês de 2014 tem caráter sazonal. "(O avanço) reflete as dificuldades financeiras do consumidor diante de um cenário de inflação em aceleração e do acúmulo de compromissos típicos do primeiro trimestre do ano: pagamento de impostos como IPVA e IPTU, despesas com material escolar, gastos das viagens de férias, restos a pagar das compras parceladas das festas de final de ano", dizem, em nota.

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Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos no primeiro bimestre, com 12,33% de devoluções. O Amazonas foi o Estado com o menor porcentual (1,24%). Entre as regiões, a Norte foi apareceu na frente, com 4,30% de cheques devolvidos, enquanto o Sudeste apresentou o menor porcentual (1,64%).

Em março, 2,36% dos cheques emitidos no país foram devolvidos, aponta levantamento divulgado nesta segunda-feira (22) pela empresa de consultoria Serasa Experian. O volume é 0,17 ponto percentual maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a taxa de cheques sem fundos ficou em 2,19%. Esse é o maior percentual desde maio de 2009, quando as devoluções alcançaram 2,52%.

Em números absolutos, foram devolvidos cerca de 1,5 milhão de cheques em março, o que equivale a um acréscimo de 0,46 ponto percentual na comparação com fevereiro deste ano – quando 1,9% foram recusados. No acumulado do ano, o volume de cheques sem fundos também está levemente acima do registrado no mesmo período de 2012. O percentual passou de 2,04% para 2,09%.

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Para os economistas da Serasa, a alta está relacionada à sazonalidade de março, período em que os consumidores estão envolvidos com a última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e com o parcelamento das despesas escolares. A empresa de consultoria aponta ainda que inflação no preço dos alimentos reduziu o poder aquisitivo dos salários, especialmente para classes de baixa renda, as quais utilizam mais intensamente esse meio de pagamento.

Na comparação entre estados, Roraima foi o estado com maior percentual de cheques sem fundos, com 13%, seguido pelo Acre (9,84%) e por Sergipe (9,07%). Com menores percentuais de devolução, estão os estados de São Paulo (1,5%), do Amazonas (1,55%) e Rio de Janeiro (1,57%).

A Região Norte lidera o ranking, com 4,42%. Também estão acima da média nacional, as regiões Nordeste (3,96%) e Centro-Oeste (3,01%). As regiões Sul (2,09%) e Sudeste (1,64%), por sua vez, registraram percentuais menores que a média do país.

O número de cheques devolvidos por falta de fundos em relação ao total emitido atingiu, no mês de agosto, a proporção de 1,97%, ante 2% registrados em julho, informou nesta terça-feira a Serasa Experian. A queda foi a terceira mensal consecutiva do indicador. A parcela dos cheques devolvidos em agosto, porém, ficou acima do nível verificado um ano antes, quando representava 1,88%. O acumulado de janeiro a agosto de 2012 (2,05%) também ficou acima do verificado no mesmo período de 2011 (1,93%).

Em números absolutos, no mês de agosto foram emitidos 79.673.376 documentos, dos quais 1.535.806 não tinham fundos. A Serasa Experian explica, em nota divulgada nesta terça-feira, que os recuos consecutivos no total de cheques devolvidos decorrem dos juros em queda, que proporcionam condições mais favoráveis para que o consumidor administre dívidas. "Como o consumidor está interessado em renegociar débitos e se reabilitar para tomar crédito, evita dar cheques sem fundos", afirma a nota.

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A região Norte registrou o maior número de cheques sem fundos no acumulado de janeiro a agosto. Foram 4,41% do total de documentos emitidos, sendo o Estado de Roraima o campeão em devoluções, com 12,93% do total. Na outra ponta está a região Sudeste, com 1,63% de devoluções, tendo o Estado de São Paulo registrado o menor porcentual no período: 1,51%.

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