Tópicos | Champs-Elysées

A polícia de Paris anunciou na sexta-feira, 21, que os "coletes amarelos" não poderão se manifestar na região da Avenida Champs-Elysées, em um perímetro que inclui o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

A proibição foi anunciada seis dias depois do saque de lojas e incêndios ocorridos na famosa avenida da capital durante o protesto realizado aos sábados pelos militantes contrários às políticas do presidente Emmanuel Mácron.

##RECOMENDA##

O governo francês havia anunciado, na segunda-feira, a demissão do chefe de polícia de Paris e a proibição de manifestações em várias partes do país.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Equipes de limpeza continuavam seu trabalho neste domingo (17) na avenida Champs-Elysées, em Paris, onde o mobiliário urbano e várias lojas de luxo foram vandalizados e incendiados na véspera, durante um protesto dos "coletes amarelos".

Lojas de luxo saqueadas, quiosques de jornais destruídos, um banco e um restaurante famoso incendiados: os danos foram significativos. Ao cair da noite de ontem, curiosos, turistas e alguns manifestantes foram à avenida observar a destruição que a imprensa exibiu ao vivo.

Um grupo de Toulouse que participou à tarde da manifestação parava em frente a cada loja, a cada parede pichada, para tirar fotos.

"Se isto é necessário para que sejamos ouvidos, é uma pena, mas voltaremos, disse Serge, que não quis informar o sobrenome, denunciando "o desdém de um presidente que sai para esquiar no dia de uma grande manifestação".

"Não se fazem revoluções com flores", assinalou Delphine, citando as convocações para novas manifestações. "Visto um colete amarelo para que meus filhos não tenham que fazê-lo."

Nas lojas, houve limpeza e a instalação de painéis de madeira no lugar das vitrines destruídas. Durante a noite, dois policiais visitaram a joalheria Mauboussini, que foi saqueada.

O turista mexicano Ramón García, 29, fotografava um dos quiosques de jornal da avenida, que foi incendiado. "Estou surpreso. Tiro fotos para mostrar para a minha família, os amigos. Senão, ninguém vai acreditar."

- 'Nós sobrevivemos, enquanto um monte enche o bolso' -

Dezenas de veículos das forças de segurança continuavam estacionados nas ruas. Poucos carros passavam pela avenida, usada, principalmente, por caminhões de lixo da prefeitura, cujas equipes de limpeza têm que recolher pedras, pedaços de vidro e destroços de todo tipo.

Apesar de ter sido o 18º sábado de protestos e destruição na avenida, um funcionário da prefeitura, que preferiu não se identificar, disse entender "a raiva dos que quebraram tudo". "Todo mundo sofre, a França vai mal. Nós sobrevivemos, enquanto um monte enche o bolso", critica, enquanto varre a rua.

Na calçada em frente, o Fouquet's, restaurante frequentado por políticos e celebridades e cujo salão está inscrito no inventário dos monumentos históricos, foi saqueado e incendiado ontem. Obreiros trabalhavam no local neste domingo.

Autoridades de Paris prenderam nesta terça-feira (20) quatro familiares do terrorista Adan Lofti Djaziri, que lançou seu carro contra uma viatura da polícia em plena avenida Champs-Elysées nessa segunda-feira (19).

De acordo com a mídia francesa, os presos são o pai de Djaziri, a ex-mulher, um irmão e a cunhada dele. Pouco mais de 24 horas após o ataque, que não resultou em feridos, mais informações sobre o homem que fez a ação foram divulgados.

##RECOMENDA##

Sabe-se que Djaziri já tinha a marcação de uma pessoa extremamente perigosa, mas que tinha a autorização para ter posse de arma esportiva até 2020. Ele nasceu na França, tinha 31 anos e era filho de um imigrante tunisiano, Mohamed Djaziri, e de uma mãe polonesa, Edfij Paflanti.

Ele havia sido notificado como perigoso também pela polícia da Tunísia, que informou à França sobre a periculosidade de Djaziri em 2013 porque ele era visto com "frequência" em ambientes de extremismo islâmico. Em particular, ele tinha ligações com o grupo declarado terrorista pelas autoridades tunisianas Ansar al-Sharia.

Além disso, os policiais confirmaram que ele tinha "mais de nove mil munições" dentro do veículo, o que indica que ele queria cometer um atentado de grandes proporções. Durante a vistoria em sua casa, foram apreendidos ainda um barril de pólvora, armas e munições. 

A polícia de Paris isolou nesta segunda-feira (19) a região da avenida Champs-Elysées para uma operação especial após um incidente envolvendo um carro. De acordo com fontes locais, um homem teria jogado seu carro contra uma van da polícia, aparentemente em um ataque voluntário. Os agentes conseguiram bloquear o suspeito e realizar sua prisão.

Não há relatos de feridos até o momento. Anteriormente, havia sido relatado que um veículo estava em chamas. No Twitter, a polícia pediu que as pessoas evitem a região da avenida Champs-Elysées. Estações de metrô, como a Clémenceau, foram evacuadas e fechadas temporariamente por segurança. 

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando