Filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos, o estudante de engenharia João Campos projetou, nesta segunda-feira (10), o que possivelmente o pai dele faria diante da crise política e econômica do país. Em conversa com jornalistas, após a reunião suprapartidária que homenageou os 50 anos de vida do líder socialista, João pontuou a capacidade do pai em “juntar os bons” e “lutar pelo bem do país” sem “querer o poder pelo poder”.
“[Neste cenário] Ele estaria disposto a juntar quem tinha interesse em lutar pelo bem do país e formar um grande time para escrever uma nova página na história do país”, observou. “O meu pai [Eduardo Campos] tinha uma capacidade de diálogo e de juntar os bons. Principalmente de lutar pelo bem do país e não fazer uma disputa pelo poder, mas sim discutir uma agenda que o Brasil merece e precisa”, acrescentou.
##RECOMENDA##Questionado sobre como havia sido os últimos doze meses para a família, o filho de Renata Campos disse que foi difícil, mas baseado no amor. “Foi um ano muito difícil e completamente diferente, de um jeito que nós não esperávamos. Mas sempre estivemos unidos e recebendo muita energia do povo. Por onde passávamos era só carinho e admiração. E, claro, baseados sempre no amor que tivemos por ele como pai, político e líder”, afirmou.
Sobre a postura de Eduardo Campos em família, o estudante de engenharia destrinchou o “modelo de pai” que o ex-governador foi. “Era o melhor pai do mundo. Era muito atencioso, carinhoso, presente. Um amigo leal, companheiro de todas as horas, um homem de palavra. Era uma pessoa espetacular. Mesmo com uma agenda cheia de coisas, ele nunca deixou de participar de uma festa nossa na escola, de estar presente nos aniversários, nunca deixou de viver a família na essência”, destrinchou, emocionado.
Cotado como herdeiro político de Campos, pouco antes de conversar com os jornalistas, João Campos foi abordado por um popular que o indagava quando ele seria candidato a algum cargo eletivo. “Depois que eu terminar a faculdade, veremos isso”, respondeu educadamente. Indagado sobre qual característica política de Eduardo Campos ele levaria para a vida dele, João disse que a “lealdade e a verdade”.
“Meu pai foi um político leal baseado, sobretudo, na verdade. Ele só falava aquilo que sabia que era verdade e poderia realizar. A verdade e a lealdade, que ele sempre baseou a vida, foram fundamentais para ele se tornar quem se tornou. Pretendo seguir e me basear nisso”, frisou.