A marca de roupas Osklen está causando tumulto nas redes sociais. A questão está girando em torno de um modelo de camisetas que traz estampada a palavra 'favela'. A peça custa R$ 89 na loja virtual da marca e já está esgotada. Internautas estão compartilhando imagens do modelo acompanhadas de comentários de protestos.
Os internautas alegam que a Osklen está sendo irônica ao vender um produto que faz referência às favelas, lugares onde a grande maioria de moradores tem baixo poder aquisitivo, por um preço bem salgado. Alguns também mencionam a figura do modelo que veste a camisa na foto de divulgação, alegando não condizer com a imagem de quem vive em comunidades.
##RECOMENDA##A repercussão tem sido grande nas redes sociais como Facebook e Twitter. Neste primeiro, mais de 300 compartilhamentos questionam a posição da marca. A página Desenrolando postou: "Fetiche com a pobreza? Sim!"; Fábio Corvo comentou: "Camiseta escrito favela: 90 reais. Quantidade: esgotado. Modelo: Padrão Europeu. O que a favela ganha com esse fetiche pelo seu universo? Nada." e José Vitor disse: "Encara a realidade, a pobreza virou produto, mas só ganha aqueles que já tinham. A favela mesmo, continua a mesma coisa". Já Willer Azeredo questionou: "Todas as coleções na Osklen são relacionadas ao Rio. Cristo, Copacabana podem mas a favela não? No Rio não tem favelas?". No microblog Twitter os comentários foram semelhantes. O perfil de Nascimento disse: "Osklen com essas camisas escrito favela é a coisa mais bizarra, pior que isso só o preço" e Animus comentou: "Essa camisa da Osklen com estampa favela me dá tanta vergonha alheia".
Questão racial
O racismo também foi discutido nos comentários que debatiam sobre a camiseta. Alguns mencionaram a questão racial ligando as favelas aos negros. Alyne Costa comentou: "Virou moda ser preto! Vestir roupas de preto, ter o cabelo que sempre foi discriminado de preto, so não virou moda morar na favela, e tomar tapa por ser preto de quem se diz policial"; Kelviny Steferson postou: "Isso se chama apropriação cultural. Usam de marcas que fortificam e enaltecem a cultura negra para ser símbolo de "moda" passageira, nos banalizando e desmerecendo a nossa luta cotidiana. Ser negro não é status, ser negro é viver". Já outros rebateram estas opiniões, como Caslu que postou: "Quer dizer que não tem branco na favela? Na favela tem de tudo, cada um tem sua picadilha, tem malandro e tem otário" e Matheus Azevedo disse: "Se coloca um modelo negro iam dizer que estava estigmatizando a favela."
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