Gelatina de cachaça, tapete de couro de bode, licor de diversos sabores, artesanato feito em coco e muita criatividade. Esses são alguns dos produtos comercializados da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), no Centro de Convenções em Olinda. Com a expectativa de receber um público de 300 mil pessoas, a feira apresenta cinco mil expositores, representado por artesãos e empreendedores de várias regiões do País e de várias nações.
No expositor da cidade de Belo Jardim, o couro curtido do bode se transforma em arte e artesanato. O material que iria para o lixo ganha forma e utilidade. São tapetes, animais de vários tipos, telas, tiaras, e flores. “Trabalhamos com material reciclado e sempre procuramos trazer novidades”, fala Maria Lucinalva da Conceição, integrante da Associação da Comunidade de Santa Luzia de Belo Jardim. “Conseguimos apurar, durante a exposição, R$ 3 mil. Normalmente, faturamos R$ 300 por mês”, fala satisfeita a artesã, que considera esse período uma oportunidade para aumentar a produção e divulgar as peças.
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Com um sorriso no rosto e muita simpatia, Orlanda Calhetas - como é conhecida - comercializa uma variedade de licor. “Temos todos os sabores, maracujá, Tamarindo, banana, amarula e cravo e canela. Pode prova e levar”, com essa desenvoltura, a empreendedora reúne dezenas de curiosos e futuros clientes. “Espero ansiosa pela Fenearte o ano inteiro. Vendo 2 mil garrafas só na feira. Por mês comercializo 200, apenas”, comemora satisfeita. O valor das bebidas pode variar de R$ 10 a R$ 12.
Para aguçar ainda mais o paladar, a novidade também é a gelatina de cachaça. Com sabor adocicado e gosto suave de álcool, o produto chamou atenção dos visitantes. Segundo o sócio da empresa que produz a iguaria, Oto Barreto, a equipe demorou dois anos para poder criar e comercializar o produto. “Vimos a ideia de uma organização, em Minas Gerais, e arriscamos produzir. Hoje, é a sensação e o mais pedido.”, diz o empresário.
Em relação à preocupação com a ‘Lei Seca’, o sócio garante que o teor alcoólico não é tão grande. “Toda a gelatina, da embalagem, equivale a 50 ml de cana”. Sendo assim, considero, que os clientes que vão dirigir, o ideal é apenas provar”, fala descontraído. O expositor ainda oferece licor de capuccino, rapadura e a tradicional cachaça. De acordo com o empreendedor Barreto, a empresa almeja faturar de R$ 15 mil a R$ 20 mil.
O coco e a luz também esbanjaram beleza no estande do município de Paulista. Criado pelo artesão ‘Seu Ezequias’, é possível se deparar com utensílios, objetos de decoração e acessórios. “A novidade desse ano é a luminária. Todos os desenhos são feitos com agulhas”, explica Ana Beatriz do Nascimento, filha do artesão. A sucessora da arte do patriarca relata que quando o genitor começou, há 40 anos, o seu avô não acreditava. “Quem vai usar bolsa de coco e utensílios? Questionava o meu avô”, lembra Ana. A família espera apurar até o final da Fenearte R$ 3 mil.
A enfermeira Ana Cristina de Souza afirma que aprovou a qualidade dos produtos e dos preços. "Há mais de sete anos que venho e sempre aproveito para adquirir artesanato e acessórios, declarou a consumisora. Quanto a diferença da feira, em relação aos anos anteriores, ela fala, "a organização está bem melhor", conclui.
A organização da Fenearte espera receber um público de 300 mil visitantes, até o próximo sábado (12). A feira contou com investimento de R$ 5 milhões e almeja movimentar R$40 milhões.