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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "cachaceiro" na manhã deste sábado (16) e criticou o aumento do número de ministérios na gestão petista, referindo-se à criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. As declarações foram feitas nas redes sociais, acompanhadas da foto de um fundo de poço.

"Mais um ministério criado pelo desgoverno, que continua jogando no lixo tudo que o País precisa para prosperar economicamente, inchando mais ainda a máquina pública", disse o ex-presidente na manhã deste sábado. Com a abertura da nova pasta, o governo chegou a 38 ministérios (diferente dos 39 apontados por Bolsonaro em sua postagem). Esse é o maior número de ministros entre os três mandatos de Lula e só é menor do que o do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que teve 39 pastas.

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A postagem de Bolsonaro nas redes sociais acontece em meio à investigação do caso das joias. Ele e pessoas do seu entorno são suspeitos de articularem um esquema internacional de venda de joias e objetos de alto valor recebidos durante agendas oficiais e que seriam, portanto, bens da União. Seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, considerado uma peça central no caso, deixou a prisão no sábado passado, 9, depois de um acordo de delação premiada com a PF. Os termos permanecem sob sigilo, mas, de acordo com a revista Veja, ele teria confessado que entregou nas mãos de Bolsonaro dinheiro vivo oriundo da venda de joias. O ex-presidente não comentou o caso em suas redes.

Dança das cadeiras na Esplanada

O Ministério para Micro e Pequena Empresa acomodou Márcio França (PSB), retirado da pasta de Portos e Aeroportos para dar lugar ao deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), representante do Centrão. A manobra abriu uma crise com o PSB e Lula precisou prometer ao menos duas indicações para França no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Parte desse xadrez retirou a ministra Ana Moser do Ministério do Esporte, dado ao deputado André Fufuca (PP-MA), aliado do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). O nome da ex-ministra foi ignorado no anúncio da reforma ministerial.

Neste sábado, o ex-presidente também criticou o número total de ministérios do governo Lula, relembrando os cortes que ele fez quando assumiu a presidência em 2019. "Também vale ressaltar que reduzimos para 23 o número de ministérios. O cachaceiro acaba de bater o recorde criando mais um, além de outro já inventado nos últimos dias, sendo agora 39 para ‘segurar’ sua indecorosa posição."

Ao assumir a presidência, Lula recriou ministérios que haviam sido extintos na gestão bolsonarista - como Igualdade Racial, Cidades, Desenvolvimento Social, Planejamento e Gestão e Indústria e Comércio - e montou novas pastas, como o Ministério dos Povos Originários. Com as últimas mudanças, hoje o governo do PT tem 38 ministérios.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, que disse que não comentará o episódio.

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Após uma breve trégua aos opositores, o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), cumprindo agenda em Fortaleza, disparou contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT) sem tocar no nome do pedetista. Em um discurso breve na saída do aeroporto em cima de um carro de som, Bolsonaro falou que não quer um Brasil voltado “para cangaceiro como esse que nós temos aqui”, provocou. 

Bolsonaro também disse que não há lugar na Presidência da República para “maconheiro” e nem “cachaceiro”. “Agora está na hora do direito, daquele que pensa no Brasil, pensa na família, pensa em botar um fim na questão ideológica, de quem quer sepultar o comunismo e quer o Brasil pra frente de verdade, não um Brasil voltado para cangaceiro, como esse que nós temos aqui. Não tem lugar para maconheiro no planalto não, nem cachaceiro”, declarou. 

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Apesar de um tom que pode parecer preconceituoso para alguns, Jair Bolsonaro logo disse que sua esposa é filha de “um cabra da peste”. “No sangue da minha família, a minha filha tem sangue de Crateús nela. Meu sogro é daqui do lado de vocês. Minha esposa é filha de um cabra da peste. Somos um só povo, uma só nação, um só destino, uma só bandeira. Aqui não tem divisão de classe. Somos todos iguais”, contou. 

Em abril passado, um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC), chegou a sugerir que Lula estava bêbado durante discurso feito antes de se entregar à Polícia Federal. “Há suspeitas fortíssimas dele estar bêbado e [foi] um discurso cheio de erros de português e com muitas mentiras”, disparou. 

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