Não parece exagero dizer que o maracatu rural, ou maracatu de baque solto, é o brinquedo mais misterioso e sedutor do Carnaval. Cheio de personagens, que dançam e 'manobram' ao ritmo bastante particular do 'terno' - como é chamada sua parte musical -, a manifestação mistura elementos das culturas negra e indígena fazendo transbordar sua brasilidade com tons de pernambucanidade. Neste especial de Carnaval, Seu Zé Rufino - ex-caboclo, com uma experiência de mais de seis décadas dentro da cultura popular e fundador do Maracatu Águia Misteriosa, de Nazaré da Mata -, fala sobre a brincadeira e explica o que não pode faltar para botar o maracatu na rua.
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"A gente aqui trabalha para ensinar".
José Rufino, fundador do Maracatu Águia Misteriosa, de Nazaré da Mata - 86 anos, 66 deles dedicados à cultura popular.
"Desde pequeno eu queria brincar de caboclo. Eu via meu pai brincando e queria brincar também".
Alex dos Santos Oliveira - 18 anos, brinca desde os seis.
"O personagem da Catita, ela faz a abertura do maracatu. É a graça do pessoal".
Lucas Vinícius, a Catita Liandra - 15 anos de idade, há dois brincando no maracatu.
"Pretendo brincar até o resto da minha vida. Não troco o meu maracatu por bloco nenhum".
Khetylley Romana - 23 anos, há dois no maracatu. Em 2019, ela apenas trabalhou na organização da agremiação, neste Carnaval, ela estreia como baiana.
"O caboclo é como se fosse o guarda que protege o nosso maracatu".
Edgleibson Lucas da Silva - 18 anos, há três é caboclo. Na foto, ele se veste como arreamar.
"Maracatu é a melhor coisa do mundo. Pra mim é maravilhoso, eu amo brincar".
Maria Alice Santos da Silva - 13 anos, há quatro brinca maracatu como indía.