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Lançado em setembro de 2017, o Bike PE atingiu um novo recorde de utilização. De acordo com os dados do levantamento realizado pela Tembici, empresa paulista operadora do projeto, os pernambucanos fizeram 102,1 mil viagens no mês de agosto, o que corresponde a um aumento de 34% em relação ao mês de julho. Também foram registrados 7.762 mil novos cadastros no oitavo mês do ano, com a maior taxa de utilização nas quartas e quintas-feiras.

A iniciativa do Itaú em parceria com a gestão da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco conta com 80 estações e 800 bicicletas disponíveis para locação no Estado, 68 dessas estações localizadas no Recife, sete em Olinda e cinco em Jaboatão dos Guararapes. 

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O cadastro para utilizar o serviço do Bike PE é pode ser feito neste link.

 

O sistema de bicicletas públicas de Pernambuco passa por um período de mudança na estrutura. São esperadas melhorias nas estações e bicicletas até o começo do segundo semestre deste ano. 

De acordo com a Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, devem ocorrer melhorias na qualidade do equipamento, que era reconhecido como precário pelo governo e pelos usuários do serviço. O VEM deve continuar aceito como forma de pagamento e a quantidade de estações também será a mesma. 

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As reformas se devem à antiga empresa operadora da BikePE, Samba, que mudou a gestão e agora é parte da Tembici - responsável pelo sistema de compartilhamento de bicicletas de Nova York. O Itaú continua sendo patrocinador do serviços, que deve manter as bicicletas laranjas. 

O sistema de compartilhamento de bicicletas públicas em Pernambuco, o BikePE, já não é mais o mesmo. Instalado em 2013 por uma parceria entre o governo do estado, a empresa Samba, responsável pelas estações e bicicletas, e o banco Itaú, o serviço ao abandono e a falta de cuidado salta aos olhos: nos pontos que ficam distribuídos por Recife e Região Metropolitana, são facilmente identificadas falhas e precariedade tanto na locação de bicicletas como nas estrutura das mesmas.

Segundo o estudante de Biblioteconomia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Victor Hugo Rizzo, um locatário assíduo das bicicletas, o serviço deixa a desejar em vários aspectos. “Várias vezes já vi gente tentando pegar uma bike e o sistema dizendo que não tinha nenhuma bicicleta disponível - sendo que ela tava lá na frente”. Ele conta também que acontece do sistema estar fora do ar ou simplesmente não ter bicicletas disponíveis nas estações.

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É assim que pensa também o coordenador da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), Roderic Jordão. O grupo é voltado para o incentivo do transporte de bicicletas e democratização de vias públicas. "O serviço não tá legal e a gente nem consegue acesso".

De acordo com ele, a maior parte do problema ainda se concentra na estrutura da cidade. “A estrutura da cidade não liga os pontos. O povo tem medo de ser atropelado e não sai mesmo (com as bicicletas)”.

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Governo reconhece precariedade e promete mais atenção

Conforme o gestor em ciclomobilidade da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, Jason Torres, o sistema passa por um processo de reestruturação. “A gente tem consciência do sistema precário, mas essa reestruturação está totalmente ligada às falhas no funcionamento e disponibilidade das bicicletas”. Ele explica que nas próximas semanas devem ser anunciadas mudanças, uma vez que ocorrem essas reformas quanto à empresa responsável pela estrutura das bikes e estações.

Quanto à quantidade de bicicletas e estações sucateadas e vandalizadas pela cidade, Torres acredita que não se trata apenas do ato de vandalizar. “É um ponto de fragilidade. O vandalismo nas estações está relacionado com a insatisfação da população com aquele serviço”.

Com relação às projeções futuras, ele esclarece que estão negociando para a concretização do Plano Diretor Cicloviário (PDC), que promete ligar a cidade através de ciclovias. Torres admite o erro quanto aos prazos, uma vez que o projeto foi proposto para 2017, contudo esclarece que estão correndo atrás para que tudo esteja encaminhado até o final de 2018.

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