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A produção de motos aumentou 19% de janeiro a novembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2017, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Entre janeiro e novembro, saíram das fábricas 968,8 mil unidades, ante as 813,8 mil fabricadas no mesmo período do ano passado. Foram produzidas 90,1 mil motos em novembro, uma alta de 8,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já na comparação com outubro, quando foram fabricadas 101,1 mil unidades, a produção sofreu uma queda de 10,9%.

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As exportações recuaram 12,9% no acumulado de janeiro a novembro, com a venda de 65 mil unidades, contra 74,6 mil no mesmo período de 2017. O presidente da Abraciclo, Marcus Ferminian, afirmou que as vendas para o exterior sofrem com os reflexos da crise na Argentina, país que mais compra produtos brasileiros.

Projeção de fim de ano

A associação estima encerrar 2018 com um crescimento da produção em 17,2% em relação ao ano passado, com um total de 1,03 milhão de motos novas. Para o próximo ano, a expectativa é de uma expansão de 4,3% na produção, com a fabricação de 1,08 milhão de motos.

No entanto, Ferminian informou que a fabricação ainda está abaixo da capacidade das fábricas instaladas na Zona Franca de Manaus. Segundo ele, a expansão em 2018 reverteu o ciclo negativo enfrentado pelo setor há sete anos. Com a retomada do crescimento, a indústria voltou ao mesmo patamar de 2004.

 “A gente celebra o crescimento, mas ainda estamos distantes da ocupação total das nossas plantas”, destacou.

Entre os fatores que permitiram a retomada em 2018, o presidente da Abraciclo apontou a melhora da confiança dos consumidores na economia e o aumento do crédito, inclusive a partir das próprias marcas que têm bancos próprios de financiamento.

As fabricantes de motos no Brasil produziram um total de 259.537 unidades nos três primeiros meses de 2018. O número representa um crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) nesta quinta-feira (12).

As vendas em atacado registraram aumento de 8,4% com 234 mil unidades comercializadas. Apenas em março foram vendidas 87,372 motos para as concessionárias, o que significa uma alta de 8,5% em comparação ao ano anterior.

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Já as vendas diretas ao consumidor aumentaram 4% no primeiro trimestre do ano com 210.970 emplacamentos. No entanto, no mês passado foi registrada queda de 4,3% nas vendas com 79.320 emplacamentos.

Para o exterior as vendas tiveram um crescimento maior. Nos primeiros três meses foram exportadas 24,3 mil motocicletas, alta de 45,4% comparado ao ano passado. Só em março, foram 9 mil motos vendidas para outros países, representando alta de 66,5% na comparação com março de 2017.

A Abraciclo afirmou que a produção total ainda deve crescer 5,9%. A previsão de aumento no atacado é de 4,3% e no varejo de 1.6%. O presidente da entidade, Marcos Fermanian, falou sobre a influência de eventos importantes nas vendas. “Vamos aguardar, pois há instabilidade política e a Copa do Mundo. Mas, como a gente vê, os primeiros períodos do ano foram bem mais favoráveis do que a gente esperava”.

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