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Lista dos principais filmes do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, que morreu em Roma, aos 77 anos:

- 1964: Antes da Revolução

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- 1968: Partner

- 1970: A Estratégia da Aranha

- 1970: O Conformista

- 1972: Último Tango em Paris

- 1976: 1900

- 1979: La Luna

- 1981: A Tragédia de um Homem Ridículo

- 1987: O Último Imperador (Oscar de melhor diretor e melhor roteiro adaptado)

- 1990: O Céu que nos Protege

- 1993: O Pequeno Buda

- 1996: Beleza Roubada

- 2003: Os Sonhadores

Bernardo Bertolucci, que recebeu a Palma de Ouro honorária do Festival de Cannes em 2011, foi roteirista de vários de seus filmes e de outras produções, incluindo "Era uma Vez no Oeste", western de 1968 dirigido por Sergio Leone.

Personalidades políticas e artistas lamentaram a morte do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, que faleceu nesta segunda-feira (26), em Roma, aos 77 anos. Muitos políticos usaram as redes sociais para prestar condolências. A prefeita da capital italiana, Virginia Raggi, do Movimento 5 Estrelas (M5S) disse "adeus ao grande mestre Bernardo Bertolucci, que com as suas obras e os seus trabalhos marcou para sempre a história do cinema mundial". A deputada da Forza Italia (FI) Elvira Savino também afirmou que "o cinema italiano perde um grande mestre; a cultura do nosso país perde um grande protagonista".

Já Paolo Baratta, presidente da Bienal de Veneza, declarou que Bertolucci será lembrado entre os grandes do cinema italiano e mundial. Baratta disse que os italianos "choram a morte de um diretor presente em numerosas ocasiões na Mostra de Cinema de Veneza, desde o filme de estreia "A Morte", de 1962, para então ser presidente do júri em 1983 e em 2013, e ainda Leão de Ouro pela carreira em 2007".

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Vencedor do Oscar, Bernardo Bertolucci levou a estatueta de "Melhor Diretor" com o longa "O Último Imperador", de 1988, que trinfou em outras oito categorias naquele ano.

Poeta, documentarista e produtor, Bertolucci também assinou grandes sucessos como "Novecento", de 1976, "O Pequeno Buda", de 1993 e "Último Tango em Paris", de 1972, com o qual foi recentemente alvo de críticas por ter declarado rodar uma cena de sexo não consentido no longa. 

Da Ansa

O cineasta italiano Bernardo Bertolucci, conhecido por filmes como "Último Tango em Paris" e "O Último Imperador", faleceu em Roma aos 77 anos, anunciou a imprensa italiana.

Bertolucci é considerado um mestre do cinema italiano e mundial. Em 1987, "O Último Imperador", filme sobre o último imperador da China, recebeu nove estatuetas na cerimônia do Oscar.

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Em 1972, o cineasta conquistou fama mundial com "Último Tango em Paris", um drama erótico protagonizado por Marlon Brando e Maria Schneider que provocou grande escândalo por uma de suas cenas.

Nos últimos anos, Bertolucci utilizava uma cadeira de rodas. Em 2011, o italiano recebeu uma Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes pelo conjunto de sua obra.

Nascido em Parma, nordeste da Itália, em 1941, Bertolucci dirigiu filmes de grande teor político, incluindo "1900" (1976), que narra a história da Itália no início do século XX, e "O Conformista" (1970), sobre a esquerda no período do fascismo italiano.

O diretor do filme 'Último Tango em Paris', Bernardo Bertolucci, confessou em entrevista a um programa de TV holandês que a cena de estupro não estava no roteiro e foi feita sem o conhecimento prévio da atriz Maria Schneider, sendo então um estupro real. Apesar de ter ocorrido em 2013 a entrevista só veio à tona agora, após ser recuperada pelo site americano da revista Elle

Bernardo Bertolucci afirmou ter tido a ideia de fazer a cena de estupro na qual o ator usou um pedaço de manteiga como lubrificante para uma penetração anal na manhã do dia de filmagens e combinou a cena com o ator Marlon Brando, que tinha 48 anos na época. Bernardo declarou que não comunicou nada sobre a cena a Maria Scheneider por que 'eu não queria que ela atuasse humilhada. Eu queria que ela se sentisse humilhada'.

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Maria Schneider, que na época da filmagem tinha 19 anos chegou a denunciar o ocorrido algumas vezes de forma pública sem, no entanto, receber muita repercussão até então. Depois do que aconteceu nas filmagens de 'Último Tango em Paris', Schneider não fez mais nenhuma cena que envolvesse nudez, não conseguiu mais nenhum papel de protagonismo, teve depressão e problemas com drogas até falecer no ano de 2007 aos 58 anos, por causas naturais.  

Confira a forte repercussão negativa da confissão de Bernardo Belucci no Twitter:

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O cineasta italiano Bernardo Bertolucci acredita que será mais lembrado pelo talento para descobrir jovens atrizes do que como diretor, afirmou em uma entrevista à AFP durante o festival de cinema AFI de Los Angeles, onde estreia a versão em 3D de "O Último Imperador".

"Isso não me importa", responde ao ser questionado como gostaria de ser recordado. "Meus filmes estão aí e as pessoas podem assistir".

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"Mas às vezes sorrio ao pensar que serei mais recordado como um descobridor de jovens atrizes do que como diretor de cinema. Descobri tantas", completa o cineasta de 73 anos.

Bertolucci menciona Dominique Sanda, que, depois de atuar em "O Conformista", trabalhou em mais de 40 filmes; Maria Schneider, a atriz de "O último tango em Paris"; Liv Tyler, que ficou conhecida do grande público depois de "Beleza Roubada" (1996); e Eva Green, que estreou no cinema em "Os Sonhadores" (2003) e quatro anos depois virou 'Bond girl'.

Bertolucci recebeu a imprensa em uma cadeira de rodas no Hotel Roosevelt de Hollywood, sede do festival do American Film Institute (AFI), que funciona como um aquecimento para a temporada de prêmios.

O cineasta promove nos Estados Unidos a versão 3D de "O Último Imperador", que venceu nove prêmios Oscar e completa 25 anos de lançamento.

Bertolucci é diretor de vários clássicos do cinema, como "O Conformista" (1970), o então escandaloso "Último Tango em Paris" (1972), o relato político italiano "1900" (1976) e o romance africano "O Céu que nos Protege" (1990).

Mas Bertolucci não deseja fazer uma análise da carreira.

"Não olho para trás. Olho para o que tenho pela frente. Algumas vezes me equivoquei, mas todas as escolhas que fiz foram sinceras".

Decidido a falar do presente, menciona "Eu e Você", um drama sobre um adolescente que esconde em um porão. Lançado em Cannes no ano passado, o filme estreou em alguns países europeus ao longo do ano.

Também se refere a uma ideia ainda em gestação: a biografia do músico e assassino italiano Carlo Gesualdo.

"É uma história trágica e fascinante. Mas é difícil falar sobre projetos futuros porque estão em progresso, em minha mente e meu coração. Têm que amadurecer. Como o vinho".

Com um deslocamento lento e com uma voz rouca e baixa, Bertolucci expressa fascínio com o momento da televisão americana, em particular com a série já concluída "Breaking Bad".

"Os filmes ultimamente não são muito interessantes, enquanto as séries de televisão estão sendo extremamente interessantes. Estão recuperando uma forma, uma montagem e um ritmo, que não é - e desenha no ar uma espada cortando sequências - como nos filmes de ação".

"As séries estão recuperando o tempo que antes era usado nos filmes. Agora os filmes têm que ser de ação, mesmo quando não são de ação. Fazem isto com a montagem. E nas séries ainda podemos ver os personagens observando coisas, contemplando o céu", opina.

O italiano conta ainda que tentou usar o formato digital quando dirigia "Eu e Você", mas "a definição, o foco eram muito fortes, e eu queria que o filme tivesse uma qualidade impressionista".

"Em breve nós veremos filmes em um maço de cigarros ou em um relógio", brinca.

"Seremos forçados a inventar histórias que se adaptem aos distintos formatos".

Ao fim da entrevista, Bertolucci dá um conselho aos jovens diretores.

"Se um jovem me perguntasse o que de mais importante deve fazer para iniciar uma carreira como diretor de cinema, diria que seja sincero e que siga o ritmo de seu coração. É importante ser completamente honesto no que se faz".

Em 2011, ao ganhar sua Palma de Ouro honorífica, e no ano passado, quando mostrou Io e Te na Croisette, Bernardo Bertolucci disse que era uma amarga ironia que justamente ele, que amava tanto os travellings, tenha sido confinado pela doença a uma cadeira de rodas. "Virei um travelling ambulante", autodefiniu-se. Bertolucci voltou no fim de semana a Cannes e no domingo deu um reduzido número de entrevistas - três - para pequenos grupos de jornalistas. Veio apresentar a versão restaurada de O Último Imperador, em Cannes Classics.

Embora a decisão de converter o filme para 3D não tenha sido dele, Bertolucci concordou com o repórter que lhe disse que ele parecia haver antecipado o recurso, há quase 30 anos. Só para situar no tempo e no espaço - O Último Imperador é de 1987. Ganhou os principais prêmios do ano - incluindo quatro Globos de Ouro e nove Oscars, entre eles os de filme e direção. Lembram-se da cena magnífica em que o imperador menino brinca com a bola na Cidade Proibida? Ficou ainda mais deslumbrante em 3D, com aquela cor e a profundidade do espaço, proporcionada pela terceira dimensão.

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Mesmo preso à cadeira de rodas, Bertolucci não é do tipo que fica se lamentando. O melhor filme é o último - Io e Te. Por quê? "Porque é uma história de iniciação, e eu sempre gostei do tema. Porque foi um filme feito com muito amor, porque é muito bonito." Embora não se prenda ao passado e prefira olhar para o futuro, Bertolucci não se furta a comentar de forma elogiosa seu épico intimista sobre o último imperador da China. Criado como Deus, Pu Yi, interpretado por John Lone, foi destituído do trono pela revolução comunista e terminou seus dias como jardineiro no palácio em que havia reinado.

"O filme continua vivo e a primeira parte é muito plástica", avalia o diretor. "O Último Imperador tem algumas das cenas mais belas que criei." Ele se encarregou pessoalmente da restauração, feita pela Recorded Picture Company e pelo Grupo Repremiere. Bertolucci trabalhou com o fotógrafo do filme, o grande Vittorio Storaro. Usaram tecnologia digital de 4-K. A decisão de converter o filme para 3D foi dos produtores, mas o diretor admite que saiu melhor do que esperava. É seu trabalho mais popular, mas com a nova ferramenta poderá aumentar ainda mais seu público. Vale lembrar que Bertolucci queria fazer o intimista Io e Te em 3D, mas desistiu por medo do que chamou de ‘vulgaridade’ do formato. O que o fez mudar de opinião?

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cineasta Bernardo Bertolucci, autor de filmes como "O Último Tango em Paris", será o presidente do júri da edição deste ano do Festival de Veneza. "Poucos cineastas, como Bertolucci, somam à sua longa experiência a capacidade de vivenciar o presente do cinema, com uma curiosidade inesgotável", disse Alberto Barbera, diretor do evento, durante entrevista na qual anunciou o nome de Bertolucci. "Será uma oportunidade de ver tudo de interessante que há na cinematografia mundial", completou o cineasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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