Um grupo de arqueólogos anunciou nesta segunda-feira (15) a descoberta de vestígios de uma embarcação viking enterrada no sudeste da Noruega, uma descoberta rara que poderia ajudar a entender melhor as expedições deste povo durante a Idade Média.
A forma típica do barco foi detectada com a ajuda de um radar de penetração no solo a cerca de 50 centímetros de profundidade, em um túmulo viking localizado em Halden, cidade a sudeste de Oslo.
"No meio da sepultura descobrimos o que chamamos de anomalia, algo que se distingue do resto e que claramente tem a forma de um barco viking", disse à AFP o arqueólogo Knut Paasche, do Instituto Norueguês para Pesquisa sobre o Patrimônio Cultural (Niku).
"O que não podemos dizer com certeza é o estado de conservação. Sim, há um navio neste lugar, mas é difícil dizer quanta madeira ainda resta", explicou.
Os vikings eram guerreiros e mercadores que viajavam pelo mar entre os séculos VIII e XI. Eles tinham o hábito de enterrar seus reis e seus chefes de Estado em um navio levado para terra e depois enterrado sob um monte.
Até à data, apenas três barcos vikings em boas condições foram descobertos na Noruega. O último, o chamado navio Oseberg, foi encontrado em 1903. Todos os três estão expostos em um museu perto de Oslo.
"Precisamos de outras descobertas para poder dizer como esses navios eram e para determinar como os vikings navegavam", disse Paasche.
A silhueta descoberta em Halden, em um lugar onde a terra estava sendo drenada para tarefas agrícolas, mede 20 metros de comprimento, o que indica que é o maior navio descoberto até agora no país, segundo o Instituto Niku.
No momento, os arqueólogos excluem uma escavação, pelo menos durante este período do ano.