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O Líder da Oposição na Assembleia legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Daniel Coelho subiu à tribuna nesta segunda-feira (18) para denunciar a situação das farmácias do Lafepe no Estado. Ele também criticou a decisão da diretoria do laboratório em barrar a bancada da oposição que realizava uma fiscalização na última quinta-feira (14). A comissão era forma pelos deputados Terezinha Nunes (PSDB), Betinho Gomes (PSDB), Severino Ramos (PMN), além do próprio Daniel.

“Nós não passamos da grade. A diretoria do Lafepe nos recebeu do lado de dentro da grade, não permitindo que a bancada de oposição fizesse a fiscalização. Fizemos perguntas e questionamentos e nem aí fomos respondidos. É triste a gente ver, em primeiro lugar, que um laboratório que foi referência, idealizado pelo ex-governador Miguel Arraes, esteja em um completo abandono. Além de estarem prestando um péssimo serviço à sociedade pernambucana, ainda impediram que a fiscalização fosse feita, impediram a entrada dos parlamentares. Isso demonstra a maneira com que o Poder Legislativo é tratado neste governo”, declarou Daniel Coelho, que considerou esta uma “decisão infeliz daqueles que dirigem o Lafepe”.

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O deputado Maviael Cavalcanti comentou que fosse dado entrada a um pedido de CPI para investigar a situação. “Desde quando diretor tem competência para barrar a presença de parlamentar? Isso é um desrespeito à Constituição. Isso é um desrespeito ao Poder Legislativo. Se eu fosse governo, diria o mesmo que estou dizendo. Não concordaria nunca. Então, fecha logo a Assembleia”, reclamou.

Ele também sugeriu que o deputado tucano requeira uma CPI para investigar a situação do Lafepe e para punir aqueles que impediram o parlamentar de realizar a visita. “Que sejam punidos aqueles que impediram o trabalho dos parlamentares e foram de encontro à Constituição, em respeito ao Poder Legislativo. Já imaginou se o governador chegasse aqui e o Poder barrasse a entrada dele?" Antes de serem impedidos de entrar na unidade de produção do Lafepe, os parlamentares visitaram uma farmácia, localizada no Centro do Recife.

“Lá, pudemos constatar exatamente a denúncia que havia sido feita pela população. Existiam poucos remédios disponíveis. De mais de 50 medicamentos que deviam ser vendidos pelo Lafepe, apenas 12 estavam nas prateleiras. Destes, a sua grande maioria não era de produção do Lafepe, e sim remédios de laboratórios genéricos, que estavam sendo vendidos pelo preço de mercado”, ressaltou Daniel Coelho. 

"Nesta e em todas as outras farmácias visitadas pela assessoria da bancada de oposição, não havia farmacêutico, o que é uma obrigação legal. Não pode funcionar uma farmácia sem farmacêutico. Se fosse uma farmácia da iniciativa privada, com certeza seria fechada por qualquer fiscalização”, denunciou Daniel Coelho.

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