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Foi assinada, nesta quarta-feira (12), a ordem de serviço para início a última fase da obra de contenção do avanço do mar em Pau Amarelo. De acordo com a Prefeitura do Paulista, o investimento é de R$ 10 milhões, recursos oriundos de um convênio com o Ministério da Integração Nacional. Contudo, no mês de dezembro, a Prefeitura havia divulgado um investimento de R$ 14 milhões para a obra. 

Segundo o secretário de Infraestrutura do Paulista, Tiago Magalhães, o valor total é de R$ 14 milhões, porém a quantia foi depositada em parcelas. No primeiro momento, foram recebidos R$ 4,3 milhões e, por conta de uma demora no encaminhamento das parcelas seguintes, a obra atrasou. “Após ficarmos 120 dias em espera, agora recebemos de uma vez a segunda e a terceira parcelas. As obras foram reiniciadas hoje (quarta-feira)”, garantiu o secretário. 

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As intervenções consistem na inclusão da técnica de bagwell, método de utilização de blocos com concreto ou argamassa para dissipação de energia (sem impedir movimento natural das ondas nem direcionar erosão para áreas adjacentes). A etapa final da obra em Pau Amarelo contempla um trecho de 1.300 metros afetados pela erosão costeira. 

Todo o trabalho engloba uma extensão de 2 km de proteção, já que na primeira parte o serviço foi executado ao longo de 700 metros. Segundo a Prefeitura, a área beneficiada vai da Rua Nossa Senhora Aparecida, em Pau Amarelo, até a Rua Malta, em Nossa Senhora do Ó. Segundo Tiago Magalhães, o prazo para conclusão das obras é junho.

Obras no Janga – A mesma técnica está sendo utilizada na orla do Janga. “Em Pau Amarelo, as obras são consideradas emergenciais, por isso o prazo de quatro meses. Para o Janga há outro convênio com o Ministério da Integração, também de R$ 14 milhões, e as obras estão previstas para serem entregas em dezembro de 2014”, disse Magalhães. O secretário informou que duas das quatro parcelas previstas já foram depositadas nas contas do município.

Intervenções também em Ipojuca – Mais um município pode aderir à técnica implantada já implantada em Paulista e Jaboatão dos Guararapes. A Prefeitura de Ipojuca visitou as obras em Pau Amarelo, nesta quarta (12), e mostrou interesse em pôr a experiência em prática na orla do município. Segundo a secretária de Infraestrutura de Ipojuca, Erika Luna, a gestão já tem um estudo de impacto ambiental na área e a maior preocupação é com o trecho do Pontal de Maracaípe. 

Iniciada no dia 2 de dezembro, a primeira parte da obra de contenção do mar na orla do Janga, em Paulista, deve ficar pronta até a quarta-feira (18), segundo a Secretaria de Infraestrutura do município. O trecho é o primeiro de quatro a receber a técnica bagwall, método de utilização de blocos com concreto ou argamassa para dissipação de energia (sem impedir movimento natural das ondas nem direcionar erosão para áreas adjacentes). 

A estrutura se assemelha a uma barreira de cimento com degraus (cinco expostos e cinco sob a areia). De acordo com a prefeitura, os trabalhos de combate à erosão marinha receberam um total de R$ 14 milhões do Ministério da Integração Nacional. Paulista se junta a Jaboatão dos Guararapes como únicos municípios de Pernambuco contemplados com recursos da Integração Nacional para combate à degradação da costa. Em Jaboatão, o investimento foi de R$ 41 milhões. 

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“Os quatro trechos de obras no Janga devem estar completamente prontos em março do próximo ano. A obra seguirá até Pau Amarelo, com inclusão do bagwall, além de trabalhos de reorganização de pedras na orla das duas praias”, informou o secretário de Infraestrutura do Paulista, Tiago Magalhães. Além das intervenções para contenção do avanço marítimo, serão feitos reparos de urbanização nas vias, como a pintura de meios-fios e sinalização nas calçadas. 

 

Nesta segunda-feira (2), foram iniciadas as obras de contenção do avanço do mar no Janga, em Paulista. O bagwall é uma técnica de engenharia que consistem em dissipar a energia das ondas, sem interferir na dinâmica do oceano. Ao todo, cinco pontos são considerados críticos na orla do bairro.

Com este trabalho, 500 metros da faixa de areia serão protegidos e isso irá colaborar com a obra de recuperação dos trechos do calçadão da Avenida Beira-Mar. Esta etapa será executada após a construção do dissipador de energia, que já obtêm êxito na praia de Pau Amarelo.  

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Manutenção da orla - Um trecho de 2,2 km da orla, que já possui a técnica de enrocamento aderente, na contenção do avanço do mar. O segundo serviço tem início na Rua Aureliano Arthur Soares Quintas, ainda no Janga, e segue até a Rua Nossa Senhora Aparecida, em Pau Amarelo. 

O Ministro de Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho, esteve neste sábado (15),no município de Paulista, para anunciar a liberação de R$ 14,3 milhões para as obras de contenção do avanço do mar, na praia de Pau Amarelo. O recurso ainda será utilizado para recuperação de trechos degradados pela erosão marinha na orla de Paulista.

Acompanhado pelo prefeito da cidade de Paulista, Júnior Matuto, o Ministro iniciou sua agenda pública com vistorias em dois canais de obras, Canal do Araxá, no bairro da conceição e Canal da Avenida S, em Maranguape II. O Ministro Fernando e o prefeito, Júnior Matuto, ainda fizeram um sobrevoo de helicóptero pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Drenagem, que totalizam R$ 74 milhões em recursos federais e R$ 3 milhões do governo municipal.

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Após vistoria dos canais, Fernando Bezerra Coelho e sua comitiva se deslocaram para o Forte de Pau Amarelo, que é uma das áreas mais críticas devido à erosão causada pelo avanço do mar. O trecho tem uma extensão de 2 km, e será utilizada uma técnica conhecida como “Big wall” para conter as pancadas das ondas. Essa técnica consiste em levantar uma parede com sacos de cimento.

O Ministro garantiu que voltará a Pau Amarelo no próximo ano para entregar a orla restaurada. Ele também afirmou que as obras do PAC estão muito avançadas e com relação a obras do avanço do mar, os serviços começarão em 30 dias.

Com informações da assessoria

O evento que vai marcar o começo das obras de contenção do avanço do mar na cidade Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, foi antecipado. Ação que seria às 10h, passou para às 9h desta segunda-feira (4), nas imediações da Curva do S, no bairro de Piedade, entre restaurantes Guaiamum Sertanejo e Quebra Mar. A antecipação ocorreu por causa da agenda do ministro de integração nacional, Fernando Bezerra Coelho, que vai participar do evento. O prefeito do município, Elias Gomes, também participará da ação.

O Governo Federal e a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes investirão R$ 40 milhões na obra, que tem o objetivo de reestabelecer a faixa de areia das praias de Barra de Jangada, Candeias e Piedade. A medida deixará as praias com uma média de 30 a 45 metros em uma extensão de 5,8 quilômetros, onde estão localizados os pontos críticos. De acordo com a Prefeitura, em alguns locais, a força do mar já chega a prédios e locais públicos.

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A obra ficará sob a responsabilidade da empresa OAS Engenharia. Para reestabelecer as praias, quase um milhão de metros cúbicos de areia serão movimentados, o que corresponde a 80 mil caminhões do tipo caçamba cheios. Segundo a Prefeitura da Cidade, a areia será retirada de uma jazida.

A empresa que executará a obra é a OAS Engenharia. Para devolver a faixa de areia às praias de Piedade, Candeias e Barra de Jangada, serão movimentados quase um milhão de metros cúbicos de areia, o que equivale a 80 mil caminhões do tipo caçamba cheios. A areia será retirada de uma jazida localizada na costa do Cabo de Santo Agostinho, a cerca de 14 km de distância do litoral.

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes realizou juntos aos comerciantes, donos de hotéis e moradores diretamente ligados à orla do município, um encontro para tirar dúvidas sobre o processo de contenção do avanço do mar. 

A reunião foi na noite desta segunda-feira (14), quando foi anunciado pela Secretaria de Desenvolvimento de Jaboatão que a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), havia emitido a licença prévia para o início das obras de recuperação da orla. Segundo a prefeitura, o órgão do Estado informou que deverá enviar até o dia 16 de janeiro, a licença de instalação sendo em seguida assinada a ordem de serviço para começar as atividades. 

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A previsão é que, após assinatura da ordem de serviço, seja criado um “Comitê Municipal de Monitoramento e Mitigação dos efeitos do avanço do mar”, formado por doze membros- seis representantes do poder público municipal e seis da sociedade civil organizada. O objetivo é discutir e acompanhar todo o processo que será realizado na orla.    

O nível do mar subiu cerca de 130 metros desde o auge da última idade do gelo há 18 mil anos. É de conhecimento de boa parte da população que o mar tem aumentado seu nível gradativamente nos últimos anos e grande prova disso está na diminuição das areias das praias. Infelizmente, o derretimento das regiões polares e glaciares é uma realidade e alguns especialistas estimam que o nível dos oceanos pode subir 59 centímetros até 2100. Isso significa que inúmeras ilhas e cidades litorâneas podem simplesmente desaparecer. 

De fato, há muitos fatores que são responsáveis pelo volume do oceano. A temperatura é uma das principais causas para o aumento desse volume, visto que as geleiras que predominam nos polos, dependem dela para manter sua integridade. Faz-se preciso explicar que águas quentes ocupam mais espaço do que a água fria e isso também faz subir o nível dos oceanos. Se a previsão dos especialistas torna-se realidade, paraísos como Veneza, Ilhas Maldivas e arquipélago de Seicheles simplesmente não existiriam mais e com o Brasil não seria diferente.

A romântica Veneza, na Itália, sofreu as consequências dessas mudanças na última semana. Cerca de 70% da superfície da cidade ficou inundada pelas águas que atingiram 1,5 metros acima do nível do mar. Não podemos negar que as mudanças climáticas, como vento e chuvas fortes, também influenciaram no fenômeno.

Miami é outra cidade em risco. Com apenas 30 centímetros a mais de água, a cidade estaria sujeita a alagamentos durante a maré alta. Se o nível aumentar 90 cm a cidade estaria arruinada. Já é confirmado que a Antártica, o maior reservatório de água doce do planeta, está derretendo constantemente. São muitos  trilhões de litros de água que escorrem para o mar, contribuindo para subir o nível dos oceanos.

Voltando ao Brasil, o assunto tem rendido estudos para identificar onde os problemas acontecerão primeiro. De acordo com os especialistas, 40% da população brasileira vivem no litoral e o grande problema está no Nordeste, onde as marés são mais extremas pela proximidade com o Equador e onde não existe a proteção de um metro e meio das marés, como acontece da Bahia para o sul do país.

Nosso país tem grandes problemas estruturais e não suportaria as mudanças no nível do oceano. Caso o nível do mar aumente entre 1 metro e 1,5 metros, portos, hidrelétricas e fontes de água doce de todo o país seriam danificadas. Bilhões de investimentos em infraestrutura teriam sido inúteis.

Alguns podem até pensar que ainda falta muito para que isso de fato aconteça, mas é preciso estruturar todo o país para que tragédias sejam evitadas. Cidades como o Recife, cercada de rios por toda sua extensão podem simplesmente desaparecer. Trabalhos como esse demandam tempo e custos elevados, não podem ser feitos sem estudos especializados e de qualquer forma.

O programa Opinião Brasil 59 fala sobre Praias da Região Metropolitana do Recife e recebe, no estúdio, Josenildo Sinésio, Primeiro Secretário do Parlamento Metropolitano, Luiz Siqueira, Assessor Executivo da Secretaria de Serviços Públicos do Recife, e Jorge Carreiro, Secretário de Infraestrutura do Paulista.

O Programa Opinião Brasil é uma produção do núcleo de comunicação da Faculdade Maurício de Nassau em parceria com a TV LeiaJá e tem a apresentação do jornalista Aldo Vilela.

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Foi instalado no arquipélago de Fernando de Noronha, nesta sexta-feira (4), um marégrafo. O equipamento é capaz de investigar os efeitos das mudanças do clima no avanço do nível do mar. Através desta instalação também será possível permitir o desenvolvimento de prognósticos capazes de identificar o comportamento futuro do nível do mar.

A iniciativa do projeto é do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe), em parceria com o a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

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De acordo com Francis Lacerda, coordenadora do Lamepe, os dados coletados pelo equipamento servirão para identificar a evolução do nível do mar para os próximos anos. O processo é realizado através da análise da liberação de gás carbônico na atmosfera.

Segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a densidade populacional da costa pernambucana é a maior do Brasil, com 913 hab\Km2, superando inclusive, o estado do Rio de Janeiro, com 806 hab\KM2.

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