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Nove vítimas do incêndio que atingiu uma academia e um prédio residencial na República, centro de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (8), permaneciam internadas em hospitais da capital paulista nesta tarde. Uma criança e um idoso estão em estado grave. A academia e o prédio estavam com alvarás vencidos, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Das vítimas, cinco estão internadas na Santa Casa de Misericórdia da capital. Com quadro estável, quatro estão em observação. Um homem de 70 anos está em estado grave após ter 15% do rosto queimado, além de sofrer ferimentos nas mãos. Segundo a assessoria da Santa Casa de Misericórdia, o Corpo de Bombeiros teve dificuldade em resgatá-lo. Ele está entubado.

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No Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), estão dois adultos, com quadro estável, e uma criança, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O HC não soube informar a idade nem o sexo do menor. Outros três menores foram encaminhados para a unidade, mas já tiveram alta.

A outra vítima ainda internada está no Hospital do Servidor Público Municipal. O quadro de saúde é estável. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em conjunto com os bombeiros, montou um posto médico avançado próximo do local do incêndio. Pelo menos 46 pessoas foram atendidas no local ou encaminhadas para hospitais.

A Defesa Civil de São Paulo prevê que os 6º, 7º e 8º andares do edifício que pegou fogo na madrugada desta sexta-feira, 08, no centro de São Paulo, devem ficar interditados ainda por mais alguns dias. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Jair Paca de Lima, não foi constatado risco de desabamento do prédio, mas parte das instalações elétricas e dos elevadores foi afetada.

O fogo no prédio de 25 andares, localizado no cruzamento da Avenida Ipiranga com a Avenida Rio Branco, começou à 1h, na academia de ginástica Smart Fit, que fica no térreo de um edifício ao lado, de 18 andares, localizado na esquina da Ipiranga com a Rua Boticário. Os 405 moradores tiveram que deixar o local. Segundo Paca de Lima, o edifício é ocupado por estrangeiros, entre eles chineses e bolivianos, o que dificultou o trabalho de resgate.

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Além dos moradores do prédio afetado, vizinhos em outros edifícios também inalaram fumaça. Trinta pessoas foram hospitalizadas, segundo o Corpo de Bombeiros. Dessas, seis foram para o Hospital das Clínicas (HC) e oito para a Santa Casa, onde uma vítima, não identificada, estava em estado grave, com 15% do rosto queimado. Os demais foram encaminhados para o Hospital do Servidor Público Municipal, mas a secretaria de Saúde não soube informar o estado clínico dos pacientes. Mais de cinquenta pessoas foram atendidas e liberadas no local do acidente.

Uma vistoria deve ser realizada no edifício após o rescaldo para apurar a origem das chamas. De acordo com os bombeiros, o fato de as portas corta-fogo da academia terem sido encontradas trancadas dificultou o acesso. Elas tiveram que ser arrombadas e paredes foram quebradas para abrir caminho.

A Prefeitura apura se os edifícios estavam com a documentação em dia. A academia Smart Fit foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

O trânsito continua complicado e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda aos motoristas evitar a região. Trinta linhas de ônibus também foram desviadas.

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