Um monge tibetano morreu depois de atear fogo ao corpo na China, na sequência de várias imolações realizadas para denunciar o poder central chinês, anunciaram várias ONGs este domingo.
A ONG Radio Free Asia, com sede nos Estados Unidos, informou que Lobsang Thokmey se imolou no sábado no mosteiro de Kirti por ocasião do aniversário da repressão que as autoridades chinesas realizaram no ano 2008 no Tibete.
Saiu envolto em chamas de seu quarto no mosteiro, levando uma bandeira de oração budista tibetana e morreu antes de chegar ao hospital.
A ONG londrina Free Tibet também informou a morte do monge de 28 anos neste mosteiro, centro histórico de ensino do budismo tibetano, situado na prefeitura de Aba, na província de Sichuan (sudoeste de China).
Desde 2009, ao menos 101 tibetanos se suicidaram ou tentaram fazê-lo ateando fogo ao próprio corpo para protestar contra a tutela e a repressão de Pequim.
Muitos tibetanos não suportam mais o que consideram como uma dominação crescente dos Han, etnia majoritária na China, e a repressão de sua religião e de sua cultura.
No entanto, a China rejeita o desafio à sua autoridade e afirma ter "libertado pacificamente" o Tibete e melhorado a sorte de sua população financiando o desenvolvimento econômico desta região pobre e isolada.