Tópicos | autoimolação

Um monge tibetano morreu depois de atear fogo ao corpo na China, na sequência de várias imolações realizadas para denunciar o poder central chinês, anunciaram várias ONGs este domingo.

A ONG Radio Free Asia, com sede nos Estados Unidos, informou que Lobsang Thokmey se imolou no sábado no mosteiro de Kirti por ocasião do aniversário da repressão que as autoridades chinesas realizaram no ano 2008 no Tibete.

Saiu envolto em chamas de seu quarto no mosteiro, levando uma bandeira de oração budista tibetana e morreu antes de chegar ao hospital.

A ONG londrina Free Tibet também informou a morte do monge de 28 anos neste mosteiro, centro histórico de ensino do budismo tibetano, situado na prefeitura de Aba, na província de Sichuan (sudoeste de China).

Desde 2009, ao menos 101 tibetanos se suicidaram ou tentaram fazê-lo ateando fogo ao próprio corpo para protestar contra a tutela e a repressão de Pequim.

Muitos tibetanos não suportam mais o que consideram como uma dominação crescente dos Han, etnia majoritária na China, e a repressão de sua religião e de sua cultura.

No entanto, a China rejeita o desafio à sua autoridade e afirma ter "libertado pacificamente" o Tibete e melhorado a sorte de sua população financiando o desenvolvimento econômico desta região pobre e isolada.

Um homem ateou fogo ao próprio corpo no centro de Túnis nesta terça-feira, segundo um repórter da agência France Presse, horas antes de o Legislativo do país votar a formação de um novo governo, cuja missão será retirar a Tunísia de uma profunda crise política.

"Este é um jovem que vende cigarros por causa do desemprego", gritou o homem antes de se autoimolar na avenida Habib Bourguiba, em frente a um prédio municipal, segundo a testemunha.

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"Allahu Akbar! (Deus é o maior!)", gritou o homem, ainda consciente, ao ser levado para o hospital Ben Arous.

Pessoas que estavam próximas correram para apagar as chamas, mas não antes de o homem, que aparenta estar na casa dos 20 anos, ter sofrido sérias queimaduras. Um funcionário do hospital disse que ele "está em estado grave e que apenas seus pés não foram queimados". "Daremos a ele um anestésico por causa das dores", disse a fonte.

A avenida Habib Bourguiba, no centro da capital Túnis, foi o palco da revolução de 2011, que derrubou o ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali. Muitos tunisianos ganham a vida vendendo cigarros nas calçadas da avenida.

O número de pessoas que cometem ou tentam cometer suicídio se multiplicou na Tunísia desde que um jovem vendedor ambulante ateou fogo ao próprio corpo em 17 de dezembro de 2010, um ato drástico de protesto contra o assédio policial.

A morte de Mohamed Bouazizi, na cidade de Sidi Bouzid, deu início a um levante popular que derrubou Ben Ali após um mês e desencadeou a Primavera Árabe.

Dificuldades econômicas e sociais foram os fatores chave que levaram à queda do regime de Ben Ali, mas dois anos após sua saída do governo o desemprego e a pobreza continuam a afetar o país do norte da África.

O crescente descontentamento nos últimos meses resultou em greves e protestos que geralmente se tornam violentos. Em novembro, cerca de 300 pessoas ficaram feridas numa semana de confrontos com a polícia no noroeste do país.

A Tunísia também luta para sair de uma crise política, intensificada pelo assassinato de Chokri Belaid, um líder opositor, em 6 de fevereiro.

Ainda nesta terça-feira, o primeiro-ministro interino Ali Larayedh vai tentar a aprovação de um voto de confiança para seu novo gabinete dos parlamentares. As informações são da Dow Jones.

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